domingo, 5 de maio de 2019

Será que vou ser aniquilado? Vou deixar de existir? não terei conciencia da minha existência?

 Não concordo com o aniquilismo, ou seja, que dizem que os ímpios deixarão de existir e, se deixarão de existir não terão consciência de si mesmos, ora isso é extremamente diabólico, porque digo isto? A bíblia nos ensina que os ímpios sofreram eternamente, ou seja, não a verá uma interrupção do sofrimento dos ímpios, isto está Claro nas escrituras sagradas!!!

O que a doutrina do aniquilacionismo faz de Deus?

(A)Primeiramente essa doutrina reduz a Deus no mesmo nível de homens genocidas que tinham prazer de matar as pessoas, ora, o aniquilacionismo faz de Deus um genocida, pois se ele deixou as pessoas viverem fazendo mal para outras e não resolveu o problema do mal na humanidade, mas nós fez fantoches e marionetes em suas mãos só para nos matar e nos ressuscitar (B) e, Depois nos julgar e nos condenar para sofrermos num lago de fogo, (C) só para Depois nos aniquilar, isto fere a justiça de Deus, pois Deus não é imparcial com a sua criação no processo de seu julgamento, pois ele nos criou para sermos eternos e por tanto passaremos a eternidade com ele ou sem ele. Nós temos dois caminhos diante de nós: (a)o caminho da perdição eterna (b) e o caminho da vida eterna com Jesus Cristo. Quem deve escolher um destes caminhos é você, e não Deus, aliás quem criou esse caminho de perdição não foi Deus, mas o homem juntamente com os anjos que si rebelaram contra o seu Deus, mas o senhor é tão bom que nos Deu o seu único filho para nós tirar desse caminho que foi criado pelas suas criaturas rebeldes os anjos e os homens.

VAMOS descrever o que a doutrina do aniquilacionismo causa nas pessoas e suas consequências aqui e agora e, na eternidade ...

1. Aniquilamento da bondade para com outras pessoas, pois si vou ser aniquilado não preciso ser bom, pois deixarei de existir.

2. Aniquila a eternidade nos homens, pois se os homens não foram criados para serem eternos, então, não podem sofrerem eternamente no lago de fogo.

3. Aniquila a necessidade de arrependimento, pois pra que se arrepender si VAMOS ser aniquilados.

4. Aniquila todos os textos que são  Claros nas escrituras canônicas, que nos diz: que todos os ímpios sofreram eternamente.

Os aniquilistas não conseguem entender o "mix" de algumas palavras que está no contexto específico e geral das escrituras sagradas sobre a condenação eterna dos ímpios...um exemplo disto é a palavra "destruição eterna" sabemos que ao destruirmos alguma coisa não significa necessariamente a inexistência desta coisa, porque não? Por que algo que foi destruído passa a existir em outra forma e, essa outra forma é uma destruição condicionada a eternidade. Vou explicar melhor essa Verdade...Quando Jesus voltar ele vai destruir os ímpios, isso equivale a destruição dos corpos dos ímpios temporariamente e, ESTES corpos serão ressuscitados para serem julgados no juízo final e, condenados ao sofrimento eterno no lago de fogo. Ora, sabemos que alguma coisa quando destruída não deixa de existir, mas passa a existir em outra forma. Para me o aniquilismo é uma teoria furada...por que digo isso? Você já ouviu a história do cara formado que foi visitar um parente no interior, e quando chegou lá no interior tinha que atravessar um lago, o parente do cara formado entrou em sua canoa para atravessar o lago. No percurso o parente formado fez várias perguntas ao seu parente leigo, ele não respondeu nem uma das perguntas que  o parente formado fez. Em cada pergunta feita ele dizia: então você perdeu um pouco da sua vida...foi nessa hora que o leigo perguntou ao formado, você sabe nadar? Ele respondeu eu não!!!!pois é meu caro, a canoa furou e, eu só perdir metade da minha vida e, com essa metade vou ganhar a outra, mas você vai perder a vida toda. Resumindo será muito triste para as pessoas que ensinou errado e viveu uma vida errada diante de Deus, pois aniquilaram as coisas simples e claras das escrituras sagradas. Sabem tanto, mas não sabem nadarem nos contextos da "bíblia sagrada."

5. Aniquila o real valor pela vida, pois si seremos aniquilados, não faz diferença tirar uma vida, pois ela será aniquilada no lago de fogo.

6. Aniquila a sensibilidade e a compaixão pelas pessoas que estão sofrendo, reduzindo as pessoas ao nível dos animais irracionais , pois porque razão terei compaixão de pessoas que vão ser aniquiladas como "eu serei."

7. Aniquila a fé em Deus, pois pra que ter fé em Deus? se eu posso escolher o meu destino em vida, pois se vou ser aniquilado por Deus, não me resta outra alternativa, pois não tenho e nem terei vida eterna, então não preciso de Deus e muito menos das suas ordens Morais, se eu posso escolher ser ou não eterno aqui e agora, mas sabemos que não podemos escolher ser ou não eternos, isto já está determinado por Deus, queira você aceitar ou não! Você só tem um caminho e um destino chamado eternidade que se divide em dois caminhos eternos...

1. Eternidade com Deus...
2. Eternidade sem Deus...

Deus nos deu e nos criou para a eternidade e está eternidade envoca um julgamento para a eternidade.

Aniquila hoje mesmo o aniquilacionismo que aniquilam as Verdades absolutas do julgamento e do sofrimento eterno no lado de fogo.


Por

Carlos Ribeiro 

TBS-Teologia_Biblica_Sadia 

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Os antagonicos da igreja de Jesus Cristo.

A bíblia não ensina que temos que viver sem uma liderança(heb 13.7,17,20,24; Ef 4.11-; Atos 20.28-35), se a bíblia sagrada não nos ensina a vivermos sem os nossos líderes (Tito 1.5-8), então, é extremamente errado viver e ensinar ao contrário, pois Deus não nos quer sem uma liderança, será porque? Quais as consequências sobre as pessoas que ensinam e vivem sem uma liderança "espiritual" estabelecida por Deus? E qual é os efeitos físicos, "Morais" e "espirituais" sobre os que seguem Taís líderes que a si mesmos si fizeram?

Vamos analisar algumas razões incoerentes e infundadas em ideias isolacionista e extremamente nociva para a fé cristã bíblica, dos antagonistas da igreja de Cristo.

A maioria das pessoas que se afastaram do convívio dá igreja como instituição e da igreja como "corpo local" e, até mesmo da "igreja universal", dizem que a igreja está cheia de erros e por isso saíram da igreja local, mais as mesmas estão cheias de erros como os outros também. Estes esqueceram das bênçãos de Deus que receberam através dos irmãos errados e cheios de defeitos. É claro! Que não VAMOS encontrar uma igreja local "perfeita" e muito menos uma "instituição impecável", e isto é visto nas cartas do apóstolo Paulo em especial na igreja de "Corinto," pois os irmãos dessa igreja andavam praticando muitos pecados  Aberantes que levariam a todos para a condenação eterna. É claro! que alguns saíram da igreja, ou seja, do convívio dos irmãos, mas nem um irmão... e também seus líderes não ensinavam os irmãos a saírem da igreja local como instituição organizada, pois a existência do corpo envoca uma centralidade geográfica específica e, também universal. As consequências Sobre as pessoas que ensinam que não precisamos de pastores e nem de uma igreja local e vista em vários árias das suas vidas...na vida espiritual: os Taís pecam e confessam para si mesmos e disciplinam a si mesmos, e reconcilhao a si mesmos, para entendermos melhor essa Verdade vou usar uma ilustração... quando alguém anda sozinho  e caí dentro de um buraco fundo, essa pessoa não não consegue sair sozinha do buraco, se alguém quer está fora do buraco não aparecer, a tal pessoa morrera de fome e sede dentro do buraco, mas para piorar a situação da pessoa que está dentro do buraco, ela ainda recusa a ajuda de quem está fora do buraco, por  achar que pode sair sozinha de tal buraco, é claro que não pode sair! Por que não? Você se lembra da história do pecado de Davi? Claro que si lembra! É,  pois é...ele pecou e caí dentro do buraco, mas não conseguiu sair sozinho do buraco... ele si debateu, rolou, chorou, gritou, mentiu, enganou, matou, mas não saiu do buraco sem que primeiro reconhecesse a queles que estavam fora do buraco, nesse caso o profeta  Natã usado por Deus exorta o rei Davi, o rei reconhece que precisava da ajuda de Deus e de seus servos os profetas. Leia o salmo 51 e tire as suas próprias conclusões desta verdade. Imagine se Davi não fosse exortado pelo profeta...ele  estaria fadado a viver uma vida de fracassos em todas as areias da sua vida. Eu creio que você entendeu está história...se entendeu! É, claro! Que não vai ficar dentro do buraco de suas ideias isolacionista e nem contra a igreja local e nem contra os seus líderes. Não estou ensinando você a ser escravo do sistema e das instituições religiosas ou de seus líderes, mas o que eu estou ensinando a vós outros... é ensinando pelos apóstolos de nosso senhor Jesus Cristo em todas as suas epístolas. Paulo e os demais apóstolos sempre ensinavam os irmãos a viverem em comunhão uns com os outros, através da palavra de Jesus Cristo e, fazendo a sim eles se fortaleceam na fé para combater os falsos obreiros que eram verdadeiros, mas si desviaram dos ensinamentos Claros dos apóstolos de Jesus Cristo. O que eu quero dizer é que os verdadeiros membros de Cristo nunca deixaram a sua igreja local e a comunhão com a igreja para obedecer algum falso obreiro, porque que estou dizendo que é só alguns, claro! Que nem todos são falsos obreiros, então, só nos resta ficar com os verdadeiros, pois os verdadeiros excluíram os falsos, mas sair da igreja cristã biblica por causa de falsos mestres jamais, quem tem que sair são os Taís que não gostam das igrejas locais e de seus líderes sinseros que apessar das suas falhas estão mostrando e demostrando o cuidado que tem pela igreja de Jesus Cristo... amando, ensinando a verdadeira doutrina das escrituras sagradas, com amor e carinho e, respeito pela verdade simples ensinada por Jesus Cristo e seus santos apostolos.

Os que negam a igreja local e a comunhão com os irmãos e renegam os Seus líderes...

👉Sofrem sozinhos nas suas dificuldades financeiras, pois não pode cobrar ajuda da comunidade sendo que os mesmos são contra a instituição.

👉São traumatizados na sua maioria com a instituição religiosa por lhes faltar maturidade nos relacionamentos pessoal e interpessoal.

👉São perturbados por justificar o injustificável e, os tais na sua maioria usam os seus sentimentos em vezes da razão, para construir uma teologia que fere as Verdades simples e claras das escrituras sagradas.

👉São nocivos para fé cristã biblica. O que eu quero dizer com a "expressão fé cristã biblica". Vou dá um exemplo para  elucidar essa verdade... Se eu digo a você que sou de Cristão e não obedeço as palavras simples de Cristo que está registrado nos evangelhos, então não estou sendo bíblico e, se não estou sendo bíblico, estou contra Cristo e sua palavra, se Jesus nos ensinou que temos que ter líderes (João 10.1-; Ef 4.11-; heb 13.7,17,20,24;) não podemos viver ortopraticamente e nem ortodoxamente contra as Verdades cristã bíblica.

👉São revoltados e incontroláveis quando as suas mentiras são desmascaradas.

👉Não gostam dos ensinamentos simples das escrituras sagradas Sobre obediência.

👉São amantes de textos fora do contexto biblico geral.

👉São cegos e surdos não conseguem vê o óbvio da fé cristã na igreja local e, das milhares de almas libertas pela comunhão dos irmãos com os Seus verdadeiros obreiros que foram escolhidos por Cristo Jesus para pregar o evangelho.

👉São pobres espirituais.

👉São nocivos para o crescimento espiritual dos novos convertidos ao evangelho Jesus Cristo, pois os mesmos precisam da comunhão da igreja local para serem discípulados ortopratica-mente e formalmente na ortodoxia das escrituras canônicas.

Algumas pessoas usam o modelo da igreja primitiva para excluir a igreja   institucional, mas o modelo da igreja primitiva deve ser usado com muita cautela, pois o contexto político e religioso era bem diferente dos nossos dias, nos tempos apostólicos a igreja vivia sobe uma liderança de imperadores romanos e, eram extremamente contra o cristianismo, e para completar a dose, a igreja era peseguida pelos judeus e seus líderes religiosos, e esses dois contextos ... "O político e religioso" fossavam os irmãos primitivos a si esconderem e a congregar em suas casas e em outros lugares, mas a estrutura ministerial é válida e independente de contextos políticos e religiosos, pois os Taís não são excluídos nem por Cristo Jesus que os deu para a igreja como dom (Ef 4.11-), e a própria existência dos dons ministeriais emplica uma estrutura e uma organização (Tito 1.5-) estrutural fundada em contextos diferentes, sem mudar ou abolir os seus líderes. É preciso analisar as estruturas se são benéficas para a fé Bíblica cristã, pois as vezes estruturas e modelos litúrgicos impede o crescimento espiritual da IGREJA e cria Barreiras que impede a salvação das almas perdidas, é justamente nesse fator que temos que sermos cautelosos, para não impedir o crescimento espiritual da IGREJA, sabemos que muitas igrejas institucional tem ganhado milhares de almas para Jesus Cristo, é claro! Que tem algumas que são um pouco relaxadas com a doutrina, mas obedecem às doutrinas fundamentais da fé cristã bíblica. Se analisarmos os movimentos que são antagônicos ao modelo institucional vamos chegar a conclusão que na maioria são nocivos a fé cristã bíblica, pois os tais excluíram o ministério que Jesus deu para a igreja e, não somente excluíram o ministério, mais também excluíram os ensinamentos Claros e simples das escrituras sagradas...por exemplo: Jesus nos diz: no evangelho segundo escreveu João no capítulo 10. Que todos que entra por ele é o pastor das ovelhas, então, todos os ensinamentos que não respeitam este e outros textos das escrituras sagradas são extremamente diabólico.

O meu conselho final para todos vocês é bem simples...ame os ensinamentos da bíblia sagrada, mostrando e demostrando respeito a Jesus Cristo é sua palavra.
E como você pode fazer isso?

Moisés nos dá a receita que está em Deuteronômio 13 e versículo 4...

👉Andareis após o Senhor,
vosso Deus, (você está seguindo quem?);

👉e a ele temereis; (você está temendo quem?);

👉guardareis os seus mandamentos, (você guarda os mandamentos do senhor?);

👉 ouvireis a sua voz, (qual você você está ouvindo?);

👉a ele servireis (a quem você está servindo?);

👉e a ele vos achegareis. ( Você é chegado de Deus?).

Está é a receita contra os falsos mestres.

Autor: Carlos Ribeiro

quarta-feira, 1 de maio de 2019

#tbs114_"Por que devo acreditar em Deus?"

A crença em Deus é a mais básica de todas as considerações humanas. Reconhecer o próprio Criador é fundamental para aprender mais sobre Ele. Sem acreditar em Deus, é impossível agradá-lo ou se aproximar dEle (Hebreus 11:6). As pessoas estão cercadas com prova da existência de Deus, e é somente através do endurecimento do pecado que os homens rejeitam essa prova (Romanos 1:18-23). É insensatez não acreditar em Deus (Salmo 14:1).

Há duas escolhas na vida. Primeiro, temos a escolha de confiar na razão limitada do homem. A razão do homem tem produzido várias filosofias, as muitas religiões e "ismos" mundiais, diferentes seitas e outras ideias e cosmovisões. Uma das principais características da razão do homem é que não dura, pois o próprio homem não é duradouro. Também é limitada pelo conhecimento finito do homem; não somos tão sábios como pensamos que somos (1 Coríntios 1:20). A razão do homem começa e termina consigo mesmo. O homem vive sem saída na caixa do tempo. O homem nasce, cresce até a maturidade, faz seu impacto no mundo e, eventualmente, morre. Isso é tudo pra ele, naturalmente falando. A escolha de viver pela razão deixa a balança desequilibrada e muito na vida em falta. Se uma pessoa pensa objetivamente sobre esse estilo de vida, isso deve levá-la a considerar a segunda escolha.

A segunda escolha que temos é aceitar a revelação de Deus na Bíblia. "... e não te estribes no teu próprio entendimento" (Provérbios 3:5). Claro que para aceitar que a Bíblia é de Deus, é preciso reconhecer a Deus. A crença no Deus da Bíblia não nega o uso da razão. Em vez disso, é quando buscamos Deus que Ele abre nossos olhos (Salmo 119:18), ilumina nosso entendimento (Efésios 1:18) e nos concede sabedoria (Provérbios 8).

A crença em Deus é reforçada pela evidência prontamente disponível da existência de Deus. Toda a criação silenciosamente dá testemunho do fato de um Criador (Salmo 19:1-4). O livro de Deus, a Bíblia, estabelece sua própria validade e precisão histórica. Por exemplo, considere uma profecia do Antigo Testamento sobre a primeira vinda de Cristo. Miqueias 5:2 afirma que Cristo nasceria em Belém da Judeia. Miqueias deu sua profecia ao redor de 700 aC. Onde Cristo nasceu sete séculos depois? Ele nasceu em Belém da Judeia, assim como Miqueias havia previsto (Lucas 2:1-20, Mateus 2:1-12).

Peter Stoner, em Science Speaks (p. 100-107), mostrou que a coincidência nas Escrituras proféticas é descartada pela ciência da probabilidade. Ao usar as leis da probabilidade em referência a oito profecias relativas a Cristo, Stoner descobriu que a chance de que qualquer homem cumprisse todas as oito profecias é 1 em 10 para o 17º poder. Essa seria 1 chance em 100.000.000.000.000.000. E isso só está considerando oito profecias; Jesus cumpriu muitas mais. Não há dúvida de que a precisão e a confiabilidade da Bíblia são fundamentadas pela profecia.

Ao ler a Bíblia, descobrimos que Deus é eterno, santo, pessoal, gracioso e amoroso. Deus abriu a caixa do tempo através da encarnação de Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. A ação amorosa de Deus não afeta a razão do homem, mas fornece esclarecimentos para essa razão a fim de que o homem possa começar a entender que precisa de perdão e vida eterna através do Filho de Deus.

Claro, pode-se rejeitar o Deus da Bíblia, e muitos o fazem. Os homens podem rejeitar o que Jesus Cristo fez por eles. Rejeitar Cristo é rejeitar a Deus (João 10:30). Qual será a sua escolha? Você viverá pela razão limitada e defeituosa do homem? Ou você vai reconhecer o seu Criador e aceitar a revelação de Deus na Bíblia? "Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal; será isto saúde para o teu corpo e refrigério, para os teus ossos" (Provérbios 3:7-8).

Gotq

#tbs113_"Por que há tantos ateus?"

 Antes de podermos discutir o ateísmo, precisamos defini-lo. De acordo com um site oficial de ateísmo, os ateus se definem desta forma: "O ateísmo não é uma descrença nos deuses ou uma negação de deuses; é uma falta de crença nos deuses". Aqueles que se identificam como ateus preferem enfatizar sua falta de crença e não a recusa de acreditar. Eles consideram o ateísmo como intelectualmente superior à fé em Deus. No entanto, esta definição discorda da cosmovisão bíblica, que afirma: "Diz o insensato no seu coração: Não há Deus…" (Salmo 14:1; 53:1). Como os ateus podem concordar com pessoas de fé que todo ser humano tem a liberdade de escolher o que pensa ou em que acredita, definiremos o ateísmo aqui como a escolha de não acreditar em qualquer tipo de Ser Supremo ao qual a humanidade tem que prestar contas.

As estatísticas mostram que o ateísmo está em ascensão em países que historicamente tiveram uma forte influência cristã. Essas estatísticas incluem as pessoas criadas em casas irreligiosas, mas também mostram um aumento alarmante entre aqueles que chegaram a adotar alguma forma de fé religiosa. Quando ouvimos falar de uma figura proeminente no Cristianismo renunciando à fé que antes costumava reivindicar, nos perguntamos: "Por quê?" Por que tantas pessoas deixaram de acreditar em Deus quando a obra dEle está em todos os lugares (Salmo 19:1; 97:6; Romanos 1:20)?" Toda cultura na Terra reconhece alguma forma de deidade, então por que tantas pessoas afirmam que não acreditam em nenhum deus?

Há várias razões pelas quais as pessoas podem se definir como ateias. A primeira é a ignorância. Devido à falta de informações corretas, uma pessoa pode concluir que nada existe além desse universo e da experiência do homem. Já que ainda tem muita coisa que não sabemos, a ignorância muitas vezes inventa ideias para preencher os espaços em branco. Isso geralmente resulta em falsas religiões ou no ateísmo. A informação incompleta sobre Deus é muitas vezes manchada pela mitologia ou superstição religiosa na medida em que algo sobrenatural soa como um conto de fadas. Expostas a uma mistura de reivindicações confusas, algumas pessoas decidem que não há nenhuma verdade e descartam toda religiosidade.

A desilusão é um outro motivo pelo qual algumas pessoas se tornam ateias. Devido a experiências negativas, como uma oração sem resposta ou comportamentos hipócritas em outros, uma pessoa pode concluir que Deus não existe. Esta resposta é muitas vezes alimentada pela raiva ou ferida. Essas pessoas argumentam que, se Deus existisse, Ele se comportaria de maneiras que pudessem entender ou concordar. Como não respondeu do jeito que queriam, concluem então que Ele não deve existir. Elas podem tropeçar sobre conceitos complicados como o inferno, o genocídio do Antigo Testamento ou a eternidade, e concluir que o Deus da Bíblia é muito confuso para ser real. A desilusão propicia as pessoas a encontrarem conforto no que é visto e conhecido, em vez de em uma divindade invisível. Para evitar a possibilidade de mais decepção, abandonam qualquer tentativa de fé e acham uma medida de conforto ao decidirem que Deus simplesmente não existe.

Estreitamente ligados aos desiludidos são aqueles que se autodenominam "ateus" quando, de fato, são anti-Deus. O ateísmo é um rótulo por trás do qual alguns se escondem para ocultar um ódio profundo por Deus. Muitas vezes devido a trauma ou abuso infantil em nome da religião, essas pessoas são consumidas por uma antipatia em relação a todas as religiões. A única maneira de retaliar contra um deus que consideram cruel é negá-lo com veemência. Os acontecimentos do passado deixaram feridas tão profundas que é mais fácil negar a realidade de Deus do que admitir que o odeiam. Os ateus verdadeiros não incluiriam esse grupo em seus números, pois reconhecem que estar com raiva de Deus é reconhecer a Sua existência. Entretanto, muitas pessoas, de fato, se chamam ateias, ao mesmo tempo expressando indignação em relação a um deus cuja existência negam.

Já outros rejeitam a ideia de Deus porque querem que Ele seja mais fácil de encontrar. Quando o famoso ateu Richard Dawkins escutou a seguinte pergunta: "O que você diria se enfrentasse Deus depois da morte?". Ele respondeu: "Eu diria: 'Por que você se esforçou tanto para se esconder?'" Algumas pessoas não gostam do fato de que Deus é Espírito, invisível e encontrado somente pela fé (Hebreus 11:6, Jeremias 29:13). Eles adotam a atitude de que o Criador do universo lhes deve evidência de Sua existência além do que já deu generosamente (Salmo 19:1; 102:25; Romanos 1:20). Jesus lidou com essa mentalidade quando andou pela terra. Em Marcos 8, Jesus tinha acabado de alimentar quatro mil pessoas com sete pães e alguns pequenos peixes, mas as elites intelectuais vieram a Ele exigindo que fizesse um sinal para "provar" que era o Messias (versículo 11). Jesus ilustrou essa dureza de coração em Sua parábola sobre o homem rico no inferno que ansiava avisar seus irmãos sobre o que os esperava após a morte (Lucas 16:19-31). Do céu, Abraão respondeu: "Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos" (Lucas 16:31).

A explicação mais provável para o aumento contínuo do ateísmo não mudou desde o Jardim do Éden (Gênesis 3:6, Romanos 3:23). A própria essência de todo pecado é a autodeterminação. Ao negar a existência de um Criador, os ateus podem fazer o que quiserem sem se preocuparem com o julgamento futuro ou com consequências eternas (Mateus 12:36; Romanos 14:12; 1 Pedro 4:5; Hebreus 4:13). No século XXI, a auto-adoração tornou-se culturalmente aceitável. O ateísmo apela a uma geração criada na teoria evolutiva e no relativismo moral. João 3:19 diz: "... a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más." Se os seres humanos são autocriados, autodeterminados e egocêntricos, então não há lei moral ou legislador a quem devam se submeter. Não há absolutos e ninguém a quem devam prestar contas. Ao adotar essa mentalidade, os ateus podem se concentrar em buscar prazer nesta vida apenas.

Enquanto os cientistas, professores e filósofos venderem seus pontos de vista ateístas como verdade e sabedoria, as pessoas continuarão a comprá-lo porque a ideia de autodeterminação apela a nossa natureza rebelde. A atitude não é novidade, mas a mudança das normas culturais torna-se mais abertamente aceitável. Romanos 1:18-31 detalha os resultados dessa rejeição da autoridade de Deus. O versículo 28 diz: "E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes." Nosso mundo está vendo os resultados dessa depravação. O que os ateus chamam de "iluminação", Deus chama de tolice. Romanos 1:22 diz: "Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos". Como o "temor do SENHOR é o princípio da sabedoria" (Salmos 111:10, Provérbios 1:7; 9:10), então a negação do Senhor (ateísmo) é o começo da tolice.

Gotq

#tbs112_"Por que o ceticismo da religião é tão prevalente hoje?"

 O ceticismo religioso não deve ser confundido com o completo ateísmo ou irreligião, embora os ateístas possam ser considerados um tipo de cético religioso. O cético religioso pode simplesmente ser alguém que tenha dúvidas sérias ou que não seja comprometido com a religião. Na verdade, o ceticismo religioso não é novidade. Os famosos céticos Natanael (João 1:45-47) e Tomé (João 20:25) eram discípulos de Jesus que tinham dúvidas. No entanto, parece hoje que o ceticismo religioso está crescendo mais prevalente.

Muitas coisas têm contribuído para o surgimento do ceticismo religioso. Uma é a cultura em geral. Por mais de um milênio, o etos da cultura ocidental era "cristão"; isto é, a cosmovisão judeu-cristã era respeitada e ensinada, mesmo que nem sempre fosse vivida. Isso começou a mudar durante o Iluminismo (também conhecido como a Era da Razão) no início dos anos 1700 e continuou durante a Era Industrial, uma época em que o homem não conhecia obstáculos. A mudança cultural acelerou-se na idade moderna e agora pós-moderna devido, em parte, ao afluxo de muitas culturas e modos de pensar diferentes.

David Kinnaman, presidente do Grupo Barna, escreve em seu livro Descrentes: o que a nova geração realmente pensa sobre o cristianismo. . . e por que isso é importante: "muitos jovens americanos dizem que a vida parece complicada — que é difícil saber como viver com um ataque de informações, cosmovisões e opções que enfrentam todos os dias. Uma das críticas específicas que os jovens adultos frequentemente fazem sobre o Cristianismo é que ele não oferece respostas profundas, pensativas ou desafiadoras para a vida em uma cultura complexa". Em outras palavras, eles veem as respostas da Bíblia a questões culturais como muito simplistas. A sociedade é muito "sofisticada" para prestar atenção aos costumes "antiquados" da Bíblia. Eles rejeitam respostas básicas como "porque a Bíblia diz isso", e não conseguem ver — talvez nunca tenham sido ensinados – que há razões mais profundas subjacentes aos mandatos da Bíblia.

Outra razão para o ceticismo religioso de hoje tem a ver com os praticantes da religião. Infelizmente, algumas pessoas religiosas são imorais, desonestas ou simplesmente vis. Alguns céticos tiveram experiências ruins com a religião no passado. De acordo com o Grupo Barna, a maior razão pela qual o ceticismo religioso cresceu entre os milenários (os que nasceram entre 1985 e 2002) nos Estados Unidos depende de interações pessoais com "cristãos" que não eram verdadeiramente cristãos. A hipocrisia religiosa deixou muitos desiludidos e desvinculados da fé que uma vez solidificou o mundo ocidental.

Qualquer falta de atitudes e ações como as de Cristo entre os crentes professos aponta para a falta de transformação pessoal. Somos chamados a ser como Cristo. No entanto, muitos cristãos se concentram mais na injustiça na cultura do que na autojustiça em seus próprios corações. Não enxergam a lição de Gálatas 2:20: "Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim..." A vida crucificada contraria a hipocrisia.

Outro fator que contribui para o ceticismo religioso hoje é uma dependência excessiva do empirismo. As pessoas que querem que tudo seja "comprovado" sem qualquer dúvida serão naturalmente céticas de verdades espirituais, as quais não podem ser quantificadas, dissecadas ou testadas em laboratório. Ironicamente, muitos céticos religiosos aceitam como verdade incontestável a teoria da evolução naturalista, que nunca foi comprovada, ao mesmo tempo rejeitando os relatos de testemunhas oculares dos milagres de Jesus nos Evangelhos.

O ceticismo religioso também pode ser causado pelo desejo de dar a devida atenção a todas as crenças religiosas — e ficando perplexo com as crenças conflitantes que os diferentes sistemas religiosos defendem. Um grupo diz uma coisa sobre Jesus, e outro grupo diz o contrário. Outros grupos se livram totalmente de Jesus em favor de um guru hipnótico ou de uma filosofia cerebral ou de uma pedra de formato estranho. Isso é o suficiente para fazer qualquer pessoa um pouco cética. Adicione a esta confusão a ampla aceitação do relativismo pós-moderno, e não é de surpreender que haja tantos céticos religiosos hoje.

O ceticismo religioso de base intelectual, por si só, não é ruim. De fato, o ceticismo saudável é uma coisa boa — devemos ser cautelosos com o ensino falso, e recebemos a seguinte instrução: "... provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora" (1 João 4:1). Uma fé saudável e duradoura incorpora permissão para questionar e buscar respostas. Deus pode resistir ao nosso escrutínio, e a dúvida não tem que equiparar a descrença. Deus nos convida: "Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR" (Isaías 1:18).

Colossenses 4:5 diz: "Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades. ..." (ver também 1 Tessalonicenses 4:12 e 1 Timóteo 3:7). Podemos envolver os céticos no diálogo que conduz à verdade. O apóstolo Pedro diz: "... antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós" (1 Pedro 3:15). Ele segue imediatamente esse comando com instruções sobre como envolver o questionador: "fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo" (1 Pedro 3:16). A humildade e o respeito são cruciais para lidar com céticos em nossa era pós-moderna.

Gotq

#tbs111_"Como posso aprender a distinguir o certo do errado?"

Todo ser humano é criado à imagem de Deus (Gênesis 1:27, Tiago 3:9). Parte do que significa ser à imagem de Deus é que temos uma consciência que reconhece instintivamente o bem e o mal e diz o certo do errado. Toda cultura civilizada no mundo tem adotado padrões semelhantes para suas pessoas com base nesta compreensão inerente do bem e do mal. O assassinato, o roubo e o engano são universalmente entendidos como errados. Às vezes, a depravação anula esse conhecimento, e um grupo de pessoas escolhe valorizar o mal ao invés de proibi-lo, como no caso do infanticídio praticado pelas nações pagãs que cercam Israel (Levítico 18:21; 2 Reis 23:10).

Devido à nossa natureza pecadora, tendemos a desculpar o mal em nós mesmos (Romanos 5:12; Jeremias 2:35). Um padrão contínuo de desculpar o mal leva a um endurecimento da consciência. Romanos 1:28 dá a resposta de Deus aos que persistem no mal: "E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes." Há um ponto em que Deus abandona. Aqueles que insistem em manter o seu pecado agora podem pecar corajosamente e não mais sofrem dores de consciência. Eles acreditam que transcenderam a consciência e são mais espertos que Deus. No entanto, o seu julgamento virá quando estiverem diante de Cristo (Hebreus 9:27, Malaquias 3:5).

Como a escuridão é definida pela ausência de luz, o pecado é definido pela ausência da bondade (Tiago 4:17). Como Deus é a própria encarnação do bem (Salmo 86:5; 119:68), qualquer coisa contrária à sua natureza é má (Romanos 3:23). Aprendemos a distinguir o bem do mal ao conhecer Deus. A Sua Palavra é o alicerce para compreendê-Lo (Salmos 1:1-2, 119:160, João 17:17). Quanto mais nos aproximamos da santidade de Deus, o pior o pecado parece (Isaías 6:1, 5). Uma camisa pode parecer branca contra uma parede preta. Entretanto, quando você coloca essa camisa na neve recentemente caída, parece bastante suja. Da mesma forma, nossas tentativas de bondade parecem bastante sujas quando colocadas ao lado da santidade de Deus. Ao entrarmos em Sua presença, começamos a notar como os nossos pensamentos e ações são autocentrados. Vemos nossa própria ganância, cobiça, luxúria e engano mais nitidamente pelos males que realmente são. É somente na luz de Deus que começamos a nos ver claramente.

Também aprendemos a distinguir entre o certo e o errado ao conhecer a Palavra. É a Bíblia, antes de tudo, que delineia o que é pecado e o que não é. O autor de Hebreus fala daqueles que são imaturos na sua fé, que só podem digerir o "leite" espiritual — os princípios mais básicos da Palavra de Deus (Hebreus 5:13). Os espiritualmente maduros estão em contraste com os "bebês" em Cristo: "... aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal" (Hebreus 5:14). Note que os sentidos espirituais de um cristão são fortalecidos "pela prática" da Palavra. A capacidade de discernir o certo do errado, de distinguir entre a doutrina de Cristo e a do homem, vem quando estudamos e aplicamos a Palavra de Deus.

A Palavra de Deus está cheia de exemplos daqueles que fizeram certo e de quem fez errado. Esses exemplos estão lá para que possamos aprender como Deus é e o que deseja de nós (1 Coríntios 10:11). Miqueias 6:8 dá um breve resumo do desejo de Deus para cada pessoa: "Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus." Malaquias 3:18 torna ainda mais claro. Deus diz: "Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve." Aqui, o Senhor está equiparando a justiça com o serviço a Ele. Se o bem é definido como servindo a Deus, então o mal se trata de rejeitar Deus e se recusar a servi-lo. Independentemente de quão filantrópica uma pessoa pareça ser aos outros, suas boas obras são insignificantes se forem feitas por razões egoístas. Se tivermos o objetivo de buscar a Deus e honrá-lo em tudo o que fizermos (1 Coríntios 10:31), entenderemos o certo e o errado e saberemos que nossas escolhas de vida lhe agradam (Jeremias 29:13; 1 Pedro 3:12; Salmo 106:3).

Gotq

#tbs110_"O que é a Aposta de Pascal?"

A Aposta de Pascal recebe o seu nome em honra do filósofo e matemático francês do século XVII, Blaise Pascal. Uma das obras mais famosas de Pascal foi o Pensées ("Pensamentos"), publicada postumamente em 1670. É neste trabalho que encontramos o que é conhecido como a Aposta de Pascal.

A essência da Aposta é que, de acordo com Pascal, não se pode chegar ao conhecimento da existência de Deus apenas pela razão, então a coisa sábia a fazer é viver sua vida como se Deus existisse porque essa vida tem tudo a ganhar e nada a perder. Se vivermos como se Deus existisse, e Ele realmente existe, ganhamos o céu. Se Ele não existe, não perdemos nada. Se, por outro lado, vivemos como se Deus não existisse e Ele realmente existe, ganhamos o inferno e castigo e perdemos o céu e a felicidade. Se alguém pesa as opções, claramente a escolha racional de viver como se Deus existisse é a melhor das possíveis escolhas. Pascal até sugeriu que alguns talvez não possam, em dado momento, ter a capacidade de acreditar em Deus. Nesse caso, deve-se viver como se tivesse fé mesmo assim. Talvez viver como se tivesse fé possa levar alguém a realmente chegar à fé.

Agora tem havido críticas ao longo dos anos em vários campos. Por exemplo, existe o argumento de revelações inconsistentes. Este argumento critica a Aposta de Pascal com base em que não há razão para limitar as escolhas ao Deus cristão. Como tem havido muitas religiões ao longo da história humana, pode haver muitos deuses potenciais. Outra crítica vem dos círculos ateus. Richard Dawkins postulou a possibilidade de um deus que possa recompensar a descrença honesta e punir a fé cega ou fingida.

Seja como for, o que deveria nos preocupar é se a Aposta de Pascal pode ou não se alinhar com a Escritura. A Aposta falha em várias contas. Em primeiro lugar, não leva em conta o argumento do apóstolo Paulo em Romanos 1 de que o conhecimento de Deus é evidente para todos, de modo que estamos sem desculpas (Romanos 1:19-20). A razão sozinha pode nos levar ao conhecimento da existência de Deus. Será um conhecimento incompleto de Deus, mas conhecimento de Deus mesmo assim. Além disso, o conhecimento de Deus é suficiente para nos tornar todos sem desculpas diante do julgamento de Deus. Todos estamos sob a ira de Deus por suprimir a verdade de Deus em injustiça.

Em segundo lugar, não há menção ao custo envolvido em seguir Jesus. No evangelho de Lucas, Jesus nos adverte duas vezes a contar os custos de se tornar seu discípulo (Lucas 9:57-62; 14:25-33). Há um custo para seguir Jesus, e não é um preço fácil de pagar. Jesus disse aos discípulos que teriam que perder suas vidas a fim de salvá-las (Mateus 10:39). Seguir Jesus traz consigo o ódio do mundo (João 15:19). A Aposta de Pascal não menciona nada disso. Como tal, reduz a fé em Cristo à mera credulidade.

Em terceiro lugar, ela deturpa completamente a depravação da natureza humana. O homem natural – aquele que não nasceu de novo pelo Espírito Santo (João 3:3) — não pode ser persuadido a uma fé salvadora em Jesus Cristo por uma análise de custo-benefício, como a Aposta de Pascal sugere. A fé é o resultado de nascer de novo e essa é uma obra divina do Espírito Santo. Isto não quer dizer que não se possa concordar com os fatos do evangelho ou mesmo ser obediente externamente à lei de Deus. Um dos pontos da parábola de Jesus dos tipos de solo (Mateus 13) é que falsas conversões serão um fato da vida até o tempo em que Cristo retornar. No entanto, o sinal da verdadeira fé salvadora é o fruto que ela produz (Mateus 7:16-20). Paulo faz o argumento de que o homem natural não pode entender as coisas de Deus (1 Coríntios 2:14). Por quê? Porque são espiritualmente discernidos. A Aposta de Pascal não menciona o necessário trabalho preliminar do Espírito para chegar ao conhecimento da fé salvadora.

Em quarto lugar e, finalmente, como uma ferramenta apologética/de evangelismo (que é a intenção original da Aposta), ela parece ser focada em uma perspectiva de risco/recompensa, o que não é consistente com uma verdadeira relação da fé salvadora em Cristo. Jesus colocou a obediência aos Seus mandamentos como prova do amor para Cristo (João 14:23). De acordo com a Aposta de Pascal, alguém está escolhendo acreditar e obedecer a Deus com base no recebimento do céu como recompensa. Isso não é para diminuir o fato de que o céu é uma recompensa e é algo que devamos antecipar e desejar. No entanto, se a nossa obediência for motivada unicamente, ou principalmente, por querer entrar no céu e evitar o inferno, a fé e a obediência se tornam um meio de alcançar o que queremos e não o resultado de um coração que renasceu em Cristo e expressa fé e obediência por amor de Cristo.

Em conclusão, a Aposta de Pascal, embora um pensamento filosófico interessante, não deve ocupar qualquer lugar no repertório evangelístico e apologético de um cristão. Os cristãos devem compartilhar e proclamar o evangelho de Jesus Cristo, que é o único "poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê..." (Romanos 1:16).

Gotq

#tbs109_"É a religião o ópio do povo?"

 Rotular o Cristianismo (e/ou outras religiões) como o "ópio do povo" ou o "opiáceo das massas" é uma tática bastante comum usada por aqueles que desdenham a religião. Usar frases como essa é uma maneira de se desfazer da religião sem tentar enfrentá-la ou discuti-la. Karl Marx não foi o primeiro a usar essa frase, mas é nele que a maioria das pessoas pensam quando usam esse ataque. O argumento de Marx era que a religião confere às pessoas felicidades artificiais e ilusórias — como o ópio para um viciado em drogas — e libertá-las daquela ilusão irreal fazia parte da construção de uma sociedade melhor.

Começando principalmente com Marx, a acusação de "ópio do povo" é frequentemente usada por ateus. Porque rejeitam a existência de Deus, eles de alguma forma devem explicar a existência contínua da religião. Eles não veem necessidade de religião, então não entendem quando outros necessitam dela. Marx não estava especificando o Cristianismo em sua rejeição da religião. Em vez disso, estava denunciando a religião em geral ao usar "povo" com um sentido rebaixante para significar o pobre, ignorante e facilmente enganado. O argumento essencial do dizer "ópio do povo" é que a religião é para pessoas de mentalidade fraca e emocionalmente perturbadas que precisam de uma muleta para passar pela vida. Os ateus hoje fazem reivindicações semelhantes, como a ideia de que "Deus é um amigo imaginário para adultos".

Então, será que a religião é senão "ópio do povo"? A religião realiza algo além de fornecer uma muleta emocional para pessoas de mentalidade fraca? Alguns fatos simples responderão à pergunta com um rotundo "não". (1) Existem fortes argumentos lógicos, científicos e filosóficos para a existência de Deus. (2) O fato de que a humanidade está danificada e precisa de redenção/salvação (a principal mensagem da religião) é claramente visto em todo o mundo. (3) Na história da humanidade, a grande maioria dos escritores e pensadores mais intelectualmente brilhantes tem sido teístas. Alguns usam a religião como uma muleta? Sim. Isso significa que as reivindicações religiosas sejam inválidas? Não. A religião é a resposta natural à evidência da existência de Deus e ao reconhecimento de que estamos danificados e precisamos de reparação.

Ao mesmo tempo, devemos diferenciar a falsa religião que dá falsa segurança — assim como o ópio dá uma falsa sensação de bem-estar — e o Cristianismo, que é a única verdadeira religião e a única esperança verdadeira para a humanidade. A falsa religião baseia-se na ideia de que o homem, através de algum tipo de esforço de sua parte (obras), pode tornar-se aceitável para Deus. Somente o Cristianismo reconhece que o homem é "morto em transgressões e pecados" e incapaz de fazer qualquer coisa digna da eternidade no céu. Somente o Cristianismo oferece uma solução para a total incapacidade do homem — a morte substitutiva de Jesus Cristo na cruz.

Gotq

#tbs108_"Existe algo como um mal necessário?"

Dietrich Bonhoeffer escreveu uma vez: "O que é pior do que fazer o mal é ser malvado". Essas palavras foram usadas para defender suas ações em uma trama para assassinar Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Um assassinato é algo maligno, mas alguns, incluindo Bonhoeffer, o chamariam de um mal necessário, à luz do maior mal do Holocausto. O conceito do "mal necessário" é apoiado nas Escrituras?

Provavelmente devemos primeiro definir a palavra mal. Dois diferentes usos da palavra são encontrados na Escritura: desastres naturais e comportamento moralmente deficiente (mau). Em Isaías 45:7, há uma referência a Deus criando o mal: "Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas". A palavra mal nesta passagem significa "desastre" ou "catástrofe". O paralelismo antitético da poesia coloca o mal em contraste direto com a paz. O sentido é que Deus traz momentos de paz e tempos difíceis.

O outro tipo de maldade que denota algo ruim ou moralmente errado é mencionado em Mateus 12:35, onde um homem "bom" é contrastado com um homem "mau". Veja também Juízes 3:12, Provérbios 8:13 e 3 João 1:11.

Ambas as definições devem ser examinadas em relação à questão do "mal necessário". Jonas foi um profeta chamado por Deus para declarar o julgamento sobre a cidade de Nínive (Jonas 1:2). Em vez de obedecer, Jonas tentou fugir em um navio. Deus enviou uma terrível e furiosa tempestade contra o navio, e as pessoas a bordo temiam por suas vidas. Como resultado, Jonas concordou em ser jogado do navio, e quando bateu na água, Deus tinha um peixe grande esperando para engoli-lo e mantê-lo por três dias. A tempestade e o tempo dentro da barriga de um peixe foram "maus" (no sentido de "catastróficos") para Jonas, mas eram males "necessários" para afastar Jonas de sua desobediência. Jonas não só foi restaurado, mas toda a cidade de Nínive foi salva (Jonas 3:10).

Há pessoas na história bíblica que fizeram o que sabiam ser errado a fim de causar um "bem" percebido. Um exemplo é o rei Saul, que por si mesmo resolveu oferecer um sacrifício a Deus em vez de esperar por Samuel. Saul sabia que era errado oferecer o sacrifício, mas argumentou que oferecê-lo (em honra de Deus) era melhor do que não oferecê-lo. Deus não viu assim. O resultado da desobediência de Saul foi a eventual perda de seu reino (1 Samuel 13:8-14).

Raramente alguém argumentaria que mentir não seja um mal moral. No entanto, em duas instâncias no Antigo Testamento, a mentira é seguida por um resultado positivo. As parteiras hebraicas parecem receber a bênção de Deus depois de mentirem para Faraó (Êxodo 1:15-21), e suas ações provavelmente salvaram a vida de muitos meninos hebreus. A prostituta Raabe mentiu ao rei de Jericó para proteger os espiões hebreus escondidos em seu telhado (Josué 2:5). Mais tarde, Deus salvou Raabe e sua família quando Israel destruiu Jericó. Essas mentiras eram "um mal necessário"? É importante ressaltar que a Bíblia não desculpa nenhuma das duas falsidades. As parteiras hebraicas optaram por obedecer ao mandamento de Deus ao invés do de Faraó. Deus não as abençoou pela mentira, mas pela obediência a Ele. Raabe foi poupada não porque mentiu, mas porque, em fé, acolheu bem os espiões (Josué 6:17, Hebreus 11:31). É verdade que a mentira dela fez parte do seu plano para escondê-los. Se não tivesse mentido, é concebível que os espiões teriam sido mortos — a menos que Deus interviesse de outra maneira. Um argumento semelhante poderia ser feito para a situação das parteiras. Em qualquer caso, as duas mentiras podem ser vistas como o menor de dois possíveis males.

Foi o mal das parteiras algo necessário? Foi o mal de Raabe algo necessário? "Necessário" é um exagero, embora os resultados finais tenham sido positivos. Mesmo que as mentiras aparentemente beneficiaram alguém, o que as parteiras e Raabe fizeram era pecaminoso, e esses pecados foram carregados por Jesus na cruz (Isaías 53:6).

Raramente, se é que alguma vez, alguém enfrentará uma situação em que dois males são as únicas opções disponíveis. Pode haver coisas que somos forçados a fazer que são desagradáveis para nós ou que vão contra o nosso melhor julgamento. No entanto, dado o fato de que Deus deseja santidade em Seu povo (1 Pedro 1:15), não parece provável que seja sempre "necessário" que pequemos.

Gotq

#tbs107_ "Qual é o argumento moral para a existência de Deus?"

Pergunta: "Qual é o argumento moral para a existência de Deus?"

Resposta: O argumento moral começa com o fato de que todas as pessoas reconhecem algum código moral (que algumas coisas são corretas e algumas coisas são erradas). Toda vez que argumentamos sobre o certo e o errado, apelamos para uma lei superior da qual, assim supõe-se, todos estão conscientes, à qual aderem e não são livres para mudar arbitrariamente. O certo e o errado implicam um padrão ou lei mais elevado, e a lei exige um legislador. Porque a lei moral transcende a humanidade, essa lei universal exige um legislador universal. Isto, argumenta-se, é Deus.

Em apoio ao argumento moral, vemos que até mesmo as tribos mais remotas que foram cortadas do resto da civilização observam um código moral semelhante ao de todos os outros. Embora as diferenças realmente existam em questões civis, virtudes como bravura e lealdade e libertinagens como a ganância e a covardia são universais. Se o homem fosse responsável por esse código, ele diferiria tanto quanto qualquer outra coisa que o homem inventou. Além disso, não é simplesmente um registro do que a humanidade faz — raramente as pessoas sempre estão à altura de seu próprio código moral. Onde, então, conseguimos essas ideias sobre o que deve ser feito? Romanos 2:14-15 diz que a lei moral (ou consciência) vem do supremo legislador acima do homem. Se isso for verdade, então seria de esperar encontrar exatamente o que observamos. Este legislador é Deus.

Observando o lado negativo, o ateísmo não fornece base para moralidade, nenhuma esperança e nenhum sentido para a vida. Embora isso não refute o ateísmo por si só, se o desenvolvimento lógico de um sistema de crença deixa de explicar o que instintivamente sabemos ser verdade, então deve ser descartado. Sem Deus, não haveria base objetiva para a moralidade, nem para a vida, nem para a razão de viver. No entanto, todas essas coisas existem, e também Deus. Isso resume o argumento moral para a existência de Deus.

Gotq

#tbs106_"Existe a misoginia na Bíblia? O que é um misógino?"

Um misógino é uma pessoa que odeia ou despreza as mulheres. O termo misoginia geralmente se refere a atitudes e comportamentos que degradam, insultam ou abusam das mulheres com base em seu gênero. Alguns exemplos de misoginia seriam tratar mulheres como moralmente ou intelectualmente inferiores aos homens, permitir o abuso feminino ou referir-se a mulheres usando linguagem odiosa ou abusiva. Os críticos do Cristianismo às vezes afirmam que há misoginia na Bíblia, mas tais afirmações são contraditórias tanto pelas Escrituras quanto pela história.

Infelizmente, aqueles que procuram expor a misoginia na Bíblia costumam usar a mesma abordagem equivocada que aqueles que procuram justificar a misoginia com a Bíblia. Ou seja, eles retiram versículos de seu contexto imediato, forçam convenções culturais modernas em culturas antigas e negligenciam a mensagem geral que está sendo apresentada. Pior, ignoram o efeito profundamente positivo que o Cristianismo bíblico tem tido para as mulheres em todo o mundo.

Uma simples consideração do contexto elimina a maioria das alegações de misoginia na Bíblia. Um exemplo perfeito disso é Efésios 5:22-24, que diz que as esposas devem submeter-se aos seus maridos "como ao Senhor". Os críticos e os misóginos preferem citar essas palavras — fora do contexto — para sustentar a afirmação de que a Bíblia ensina que as mulheres devem ser subjugadas aos homens. No entanto, as próximas palavras ordenam os maridos a amarem suas esposas "como também Cristo amou a igreja" (Efésios 5:25) e amá-las "como ao próprio corpo", provendo e cuidando delas como Cristo faz por sua igreja (Efésios 5:28-30). Considerando que Cristo atuou como servo de seus discípulos (João 13:5) e nos ordenou que fizéssemos o mesmo (João 13:13-16) — até mesmo sacrificando a sua vida a favor deles (João 15:12-14) — é impossível justificar uma interpretação misógina de Efésios 5.

A misoginia é diametralmente oposta ao ensino da Bíblia. De acordo com a Escritura, todas as pessoas são absolutamente iguais aos olhos de Deus, independentemente do gênero, raça e habilidade (Gálatas 3:28). Além disso, as mulheres foram tratadas como pessoas valorizadas e respeitadas tanto por Cristo quanto pela igreja primitiva. Jesus resgatou uma mulher culpada de seus acusadores (João 8:9-11), foi referido como "mestre" por Maria e Marta (João 11:28), e ensinou abertamente a mulher no poço (João 4:9-10) ), desafiando as pressões sociais. A igreja primitiva não só atraiu mulheres seguidoras (Atos 8:12; 17:12), mas muitas delas foram instrumentais na proclamação do evangelho (Filipenses 4:3).

De muitas maneiras, a Bíblia contrariava o tratamento verdadeiramente misógino das mulheres na antiguidade, e os efeitos desta cosmovisão radical se refletem na história. Aqueles que criticam a Bíblia por sua atitude em relação às mulheres devem considerar o status das mulheres nas culturas pagãs do Antigo Testamento, do Novo Testamento e das eras da igreja primitiva. Mesmo em nossa era moderna, basta apenas contrastar o status das mulheres que vivem em nações com uma herança cristã com as que vivem nas nações sem ela. Do mesmo modo, deve-se considerar a horrível misoginia das indústrias como a pornografia e o comércio sexual, que existem em oposição direta aos comandos bíblicos.

Tal como acontece com muitas outras questões sociais, o Cristianismo bíblico estabelece uma base que inevitavelmente incide em ideias como valor, igualdade e liberdade para as mulheres. A ética enraizada em uma cosmovisão cristã tem resultado em níveis de igualdade e oportunidade feminina que as culturas não-cristãs ou nunca têm oferecido ou têm apenas considerado devido à pressão de culturas de origem cristã.

Também é importante notar a diferença entre a misoginia descrita e a misoginia endossada. Livros de história podem detalhar os horrores do Holocausto e da praga negra, mas não vemos isso como a editora aprovando Hitler ou a doença epidêmica. Certamente, há descrições de misoginia na Bíblia, mas esses atos são condenados. Um exemplo é o estupro e assassinato da concubina em Juízes 19:25-29, um ato tão assustador que provocou uma guerra civil. Os críticos da Bíblia apontam ansiosamente para tais incidentes sem mencionar que o ato em questão é descrito e condenado, não encorajado.

Da mesma forma, as questões sobre a misoginia na Bíblia precisam ser separadas de se os homens têm ou não tentado sequestrar as Escrituras para justificar o seu preconceito. Os homens também têm, às vezes, reforçado a misoginia usando a ciência, a história e até mesmo as leis nacionais, mesmo quando tais interpretações são ridículas. Nem os israelitas, Jesus ou a igreja cristã primitiva demonstraram misoginia, e o quadro ético da Bíblia não deixa espaço para isso. Desta forma, a Bíblia não pode ser culpada por misoginia ou usada para justificá-la. Seja como for, a necessidade de rasgar a Escritura do seu contexto e torcer o seu significado mostra o contrário: a fim de reivindicar a misoginia na Bíblia, é preciso separar as passagens do resto do texto e do próprio Cristianismo.

Gotq

#tbs105_"A Bíblia exerce controle mental?"

Algumas pessoas acusam os cristãos de usarem a Bíblia como uma ferramenta de controle mental. A única maneira de construir uma igreja e reter membros, dizem eles, é usar táticas de lavagem cerebral para coagir as pessoas em mudanças de estilo de vida e atitudes. A acusação é infundada, mas aqueles que não conhecem o poder do Espírito Santo precisam de alguma maneira explicar a mudança na vida das pessoas.

Embora seja verdade que algumas seitas, muitas das quais afirmam ser cristãs, praticam formas de controle mental, o Cristianismo verdadeiro não é coercivo de nenhuma maneira. Os pastores que amam o Senhor desejam nutrir, edificar e proteger suas congregações (João 21:15-19). Os líderes da igreja devem servir de forma altruísta e humilde, sem pensar no ganho pessoal (1 Pedro 5:2-3). Então, não, a Bíblia não é um controle mental, e não defende o controle mental no sentido de lavagem cerebral ou programação psicológica.

No entanto, a Bíblia fala de controlar a mente. O arrependimento envolve uma mudança de mentalidade. Os cristãos são renovados "no espírito do vosso entendimento" (Efésios 4:23). Eles devem se unir de modo a evitar brigas (Filipenses 2:2). Eles receberam a mente de Cristo (1 Coríntios 2:16). O resultado é uma nova atitude e um novo comportamento – de fato, uma nova criação por completo (2 Coríntios 5:17). A mudança não se deve ao plano tortuoso de um guru ou a um ambiente cuidadosamente controlado. A mudança é interna, espiritual e real. É devida ao trabalho do Espírito Santo, não a um agente humano (Tito 3:5).

O homem tem uma natureza pecaminosa herdada de Adão (Romanos 5:12). Essa natureza exerce controle sobre as pessoas e faz com que diversos pecados sejam manifestos (Gálatas 5:17-21; Efésios 5:17-19). Controlado por essa natureza pecaminosa, o homem não pode de modo algum conhecer ou agradar a Deus. Na verdade, ele é um inimigo de Deus (Romanos 5:10; 8:5-7). A Bíblia diz que o pecador, controlado por sua natureza pecaminosa, precisa de uma nova natureza e libertação do poder do pecado. A pessoa que aceita Jesus Cristo como Salvador pessoal recebe essa nova natureza (2 Pedro 1:4) e é habitada pelo Espírito Santo, o qual confere ao crente o poder de dizer "não" ao pecado e "sim" à justiça de Deus (Gálatas 5:16; Romanos 6:12-23). O crente em Cristo tem sido liberto (João 8:32). Ele não é mais obrigado a obedecer aos ditames da natureza do pecado, pois tem a liberdade em Cristo de fazer o que Deus quer e de glorificá-lo com sua vida.

A Bíblia não é um controle mental. Em vez disso, a Bíblia oferece uma alternativa a uma vida controlada pelo pecado. A Bíblia nos mostra como podemos ser controlados pelo Espírito. Sim, um crente terá uma mudança de mente, pois ele rejeita as mentiras em que já acreditou e adota a verdade em Cristo. O crente cheio do Espírito terá uma vida de aventura com Deus — uma vida livre para servir a Deus com entusiasmo, realização eterna e esperança.

Gotq

#tbs105_"A Bíblia exerce controle mental?"

Algumas pessoas acusam os cristãos de usarem a Bíblia como uma ferramenta de controle mental. A única maneira de construir uma igreja e reter membros, dizem eles, é usar táticas de lavagem cerebral para coagir as pessoas em mudanças de estilo de vida e atitudes. A acusação é infundada, mas aqueles que não conhecem o poder do Espírito Santo precisam de alguma maneira explicar a mudança na vida das pessoas.

Embora seja verdade que algumas seitas, muitas das quais afirmam ser cristãs, praticam formas de controle mental, o Cristianismo verdadeiro não é coercivo de nenhuma maneira. Os pastores que amam o Senhor desejam nutrir, edificar e proteger suas congregações (João 21:15-19). Os líderes da igreja devem servir de forma altruísta e humilde, sem pensar no ganho pessoal (1 Pedro 5:2-3). Então, não, a Bíblia não é um controle mental, e não defende o controle mental no sentido de lavagem cerebral ou programação psicológica.

No entanto, a Bíblia fala de controlar a mente. O arrependimento envolve uma mudança de mentalidade. Os cristãos são renovados "no espírito do vosso entendimento" (Efésios 4:23). Eles devem se unir de modo a evitar brigas (Filipenses 2:2). Eles receberam a mente de Cristo (1 Coríntios 2:16). O resultado é uma nova atitude e um novo comportamento – de fato, uma nova criação por completo (2 Coríntios 5:17). A mudança não se deve ao plano tortuoso de um guru ou a um ambiente cuidadosamente controlado. A mudança é interna, espiritual e real. É devida ao trabalho do Espírito Santo, não a um agente humano (Tito 3:5).

O homem tem uma natureza pecaminosa herdada de Adão (Romanos 5:12). Essa natureza exerce controle sobre as pessoas e faz com que diversos pecados sejam manifestos (Gálatas 5:17-21; Efésios 5:17-19). Controlado por essa natureza pecaminosa, o homem não pode de modo algum conhecer ou agradar a Deus. Na verdade, ele é um inimigo de Deus (Romanos 5:10; 8:5-7). A Bíblia diz que o pecador, controlado por sua natureza pecaminosa, precisa de uma nova natureza e libertação do poder do pecado. A pessoa que aceita Jesus Cristo como Salvador pessoal recebe essa nova natureza (2 Pedro 1:4) e é habitada pelo Espírito Santo, o qual confere ao crente o poder de dizer "não" ao pecado e "sim" à justiça de Deus (Gálatas 5:16; Romanos 6:12-23). O crente em Cristo tem sido liberto (João 8:32). Ele não é mais obrigado a obedecer aos ditames da natureza do pecado, pois tem a liberdade em Cristo de fazer o que Deus quer e de glorificá-lo com sua vida.

A Bíblia não é um controle mental. Em vez disso, a Bíblia oferece uma alternativa a uma vida controlada pelo pecado. A Bíblia nos mostra como podemos ser controlados pelo Espírito. Sim, um crente terá uma mudança de mente, pois ele rejeita as mentiras em que já acreditou e adota a verdade em Cristo. O crente cheio do Espírito terá uma vida de aventura com Deus — uma vida livre para servir a Deus com entusiasmo, realização eterna e esperança.

Gotq

#tbs104_"Por que os cristãos se opõem à igualdade matrimonial?"

A "igualdade matrimonial" é uma frase-chave usada no debate do casamento gay/casamento homossexual em alguns países. O termo "igualdade matrimonial" é uma tentativa de reformular a conversa e atribuir um certo nível de irracionalidade àqueles que se opõem ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Opor-se ao reconhecimento das uniões homossexuais como casamentos é uma coisa. Entretanto, é muito mais difícil se opor à "igualdade" nos direitos matrimoniais. No entanto, anexar um novo rótulo à causa não altera os principais problemas no debate. Se "igualdade matrimonial" significa "casamento gay", os cristãos devem se opor à causa.

Por que os cristãos se opõem à igualdade matrimonial? A pergunta em si é enganosa. Nem todos os cristãos se opõem à igualdade matrimonial, ao casamento gay ou a qualquer nome que a causa receba. Muitos cristãos defendem que as uniões homossexuais sejam legalmente reconhecidas como casamentos. Tais cristãos geralmente afirmam que a moralidade sexual não deveria ser legislada e que, numa sociedade livre, as pessoas deveriam se casar com quem quiserem. Biblicamente falando, este é um erro trágico.

A Bíblia é bastante clara que a homossexualidade é um pecado antinatural (Levítico 18:22; Romanos 1:26-27; 1 Coríntios 6:9). A Bíblia apresenta o casamento como uma invenção de Deus, e Deus o definiu como uma aliança entre um homem e uma mulher por toda a vida (Gênesis 2:24; 1 Coríntios 7:2-16; Efésios 5:23-33). Biblicamente falando, uma união homossexual não é um casamento. Não importa se o governo legisla uma nova definição de casamento. Não importa se a sociedade for esmagadoramente a favor do casamento do mesmo sexo. Uma união homossexual sempre foi, e sempre será, uma perversão da criação de Deus.

Nas sociedades modernas que são cada vez mais seculares e não-cristãs, o debate da igualdade matrimonial será eventualmente vencido pelo movimento de direitos dos homossexuais. Salvo o arrependimento nacional e a renovação da fé cristã, as uniões homossexuais serão oficialmente reconhecidas como casamentos válidos, com todos os direitos e privilégios. No entanto, independentemente da sociedade, não se pode mudar o fato de que os seguidores de Cristo devem se alinhar e se submeter a Sua Palavra. E a Sua Palavra declara inequivocamente que o casamento é entre um homem e uma mulher. Como cristãos, aceitamos o fato de que vivemos em nações seculares e ímpias, mas estimamos a imutável Palavra de Deus sobre os costumes moduladores da sociedade. "... Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem..." (Romanos 3:4).

Os cristãos não precisam lutar contra os casais homossexuais sendo concedidos uniões civis e os benefícios governamentais que essas uniões proporcionam. Os incentivos fiscais, os direitos de herança, os direitos de visitação hospitalar, etc., não são abordados na Bíblia. No entanto, quando se trata da definição de casamento, os cristãos devem permanecer firmes. Deus criou o casamento. Nenhum ser humano tem o direito ou autoridade para redefini-lo. Não importa o que os governos e as sociedades sancionem, as uniões homossexuais nunca terão verdadeira igualdade com casamentos heterossexuais.

Gotq

#tbs103_"A verdade é relativa?"

Quando alguém diz que a verdade é relativa, o que geralmente se quer dizer é que não há verdade absoluta. Algumas coisas podem parecer verdadeiras para você, mas não são verdadeiras para mim. Se você acredita, é verdade para você. Se eu não acredito, não é verdade para mim. Quando as pessoas dizem coisas como "tudo bem se Deus existe para você, mas Ele não existe para mim", elas estão expressando a crença popular de que a verdade é relativa.

Esse conceito da "verdade relativa" parece tolerante e de mente aberta. No entanto, após uma análise mais próxima, não é uma mente aberta. Em essência, dizer que "Deus existe para você, mas não para mim" é dizer e julgar que o conceito que a outra pessoa tem de Deus é errado. Entretanto, ninguém realmente acredita que toda verdade seja relativa. Nenhuma pessoa sensata diz: "A gravidade funciona para você, mas não para mim", e procede a saltar de edifícios altos, acreditando que nenhum dano irá seguir.

A afirmação "a verdade é relativa" é, de fato, uma declaração auto-refutadora. Ao dizer: "A verdade é relativa", alguém está afirmando uma suposta verdade. Entretanto, se toda verdade for relativa, então essa declaração em si é relativa também — o que significa que não podemos confiar que seja sempre verdadeira.

Certamente, existem algumas declarações que são relativas. Por exemplo, "o Ford Mustang é o carro mais legal já fabricado" é uma declaração relativa. Um entusiasta de carros pode pensar que isso é verdade, mas não há um padrão absoluto para medir quão "legal". É simplesmente a opinião ou crença de alguém. No entanto, a afirmação "há um Ford Mustang vermelho estacionado na frente de casa, e pertence a mim" não é relativa. Ou é verdadeira ou falsa, com base na realidade objetiva. Se o Mustang na frente de casa for azul (não vermelho), a declaração é falsa. Se o Mustang vermelho na frente de casa pertence a outra pessoa, a declaração é falsa — não corresponde à realidade.

De um modo geral, as opiniões são relativas. Muitas pessoas relegam qualquer questão de Deus ou religião para o domínio da opinião. "Você prefere Jesus – tudo bem se isso funciona para você". O que os cristãos dizem (e a Bíblia ensina) é que a verdade não é relativa, independentemente do assunto. Existe uma realidade espiritual objetiva, assim como existe uma realidade física objetiva. Deus é imutável (Malaquias 3:6); Jesus comparou seus ensinamentos a uma rocha sólida e imutável (Mateus 7:24). Jesus é o único meio de salvação, e isso é absolutamente verdade para toda pessoa em todos os momentos (João 14:6). Assim como as pessoas precisam respirar para viver, as pessoas precisam nascer de novo através da fé em Cristo para experimentar a vida espiritual (João 3:3).

Gotq

#tbs102_"Deus está morto?"

 O termo técnico para o ensino de que "Deus está morto" é a teotanatologia, um composto de três partes do grego: theos (deus) + thanatos (morte) + logia (palavra).

O poeta e filósofo alemão Friedrich Nietzsche é mais famoso por fazer a declaração "Deus está morto" no século XIX. Nietzsche, influenciado pela filosofia grega e pela teoria da evolução, escreveu: "Deus está morto. Deus continua morto! E nós o matamos! Como nos consolar, a nós, assassinos entre os assassinos?... A grandeza desse ato não é demasiado grande para nós? Não deveríamos nós mesmos nos tornar deuses, para ao menos parecer dignos dele?" (Nietzsche, A Gaia Ciência, 125).

Nietzsche tinha o propósito de abolir a moralidade "tradicional" — o Cristianismo, em particular — porque, em sua mente, representava uma tentativa de líderes religiosos egoístas para controlar as massas fracas e irrefletidas. Nietzsche acreditava que a "ideia" de Deus não era mais necessária; de fato, Deus era irrelevante porque o homem estava evoluindo ao ponto de poder criar uma "grande moralidade" mais profunda e satisfatória.

A filosofia de que "Deus está morto" de Nietzsche tem sido utilizada para avançar as teorias do existencialismo, niilismo e socialismo. Teólogos radicais como Thomas J. J. Altizer e Paul van Buren defenderam a ideia de que "Deus está morto" nos anos 60 e 70.

A crença de que Deus está morto e que a religião é irrelevante leva naturalmente às seguintes ideias:

1) Se Deus está morto, não há valores absolutos morais e nenhum padrão universal ao qual todos os homens devam se conformar.

2) Se Deus está morto, não há propósito ou ordem racional na vida.

3) Se Deus está morto, qualquer designencontrado no universo é enxergado por homens que estão desesperados para encontrar o significado na vida.

4) Se Deus está morto, o homem é independente e totalmente livre para criar seus próprios valores.

5) Se Deus está morto, o mundo "real" (ao contrário de um céu e um inferno) é a única preocupação do homem.

A ideia de que "Deus está morto" é essencialmente um desafio à autoridade de Deus sobre nossas vidas. A noção de que podemos criar com segurança nossas próprias regras foi a mentira que a serpente disse a Eva: "... vocês serão como deuses" (Gênesis 3:5). Pedro nos adverte que "... também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição" (2 Pedro 2:1).

O argumento "Deus está morto" geralmente é apresentado como uma filosofia racional e capacitadora para artistas e intelectuais. No entanto, a Escritura o chama de tolo. "Diz o insensato no seu coração: Não há Deus…" (Salmo 14:1). Ironicamente, aqueles que se apegam à filosofia "Deus está morto" descobrirão o erro fatal nessa filosofia quando eles mesmos estiverem mortos.

Gotq

#tbs101_"É a liberdade de religião um conceito bíblico?"

Sob a Lei Mosaica, Israel operava como uma teocracia. O sucesso ou fracasso da nação dependia do seu grau de obediência a Deus. A "liberdade religiosa" não fazia parte do sistema do Antigo Testamento porque Deus governava Israel diretamente. É claro que a teocracia de Israel não foi criada para ser um modelo de governo para o resto do mundo. Nações que impuseram uma teocracia autodenominada, como a Espanha medieval, têm produzido pesadelos totalitários. A intolerância religiosa da Inquisição não foi um produto da verdadeira teocracia. Ao invés, foi o resultado de homens pecadores e com fome de poder.

No Novo Testamento, temos uma imagem mais clara do papel que Deus ordenou para o governo. Romanos 13:3-4 delineia as responsabilidades do governo, as quais são, simplesmente, punir as más ações, recompensar boas ações e retribuir justiça. Sendo assim, Deus tem dado ao governo determinados deveres, mas a imposição de um determinado sistema de culto não está entre eles.

Não há conflito entre os princípios bíblicos e o princípio cívico da liberdade religiosa. Na verdade, apenas os governos enraizados nos valores judaico-cristãos permitem tal liberdade. Os governos islâmico, hindu e budista não permitem a liberdade religiosa; portanto, países como o Paquistão, a Índia e o Tibete são, como um todo, intolerantes a outras religiões. Os governos ateístas, como a ex-União Soviética, também provaram ser antagônicos em relação à livre expressão religiosa.

O conceito da liberdade de religião é bíblico por várias razões. Primeiro, o próprio Deus estende uma "liberdade de religião" para as pessoas, e a Bíblia tem vários exemplos. Em Mateus 19:16-23, o jovem governante rico vem a Jesus. Depois de uma breve conversa, o jovem "retirou-se triste", optando por não seguir a Cristo. O ponto saliente aqui é que Jesus o deixou ir. Deus não "força" a crença nele. A fé é comandada, mas nunca coagida. Em Mateus 23:37, Jesus expressa o desejo de reunir os filhos de Jerusalém para si, mas "vós não o quisestes". Se Deus dá aos homens a liberdade de escolher ou rejeitá-lo, então também devemos.

Em segundo lugar, a liberdade de religião respeita a imagem de Deus no homem (Gênesis 1:26). Parte da semelhança de Deus é a vontade do homem, ou seja, o homem tem a capacidade de escolher. Deus respeita nossas escolhas na medida em que Ele nos dá liberdade para tomar decisões em relação ao nosso futuro (Gênesis 13:8-12; Josué 24:15), mesmo que tomemos decisões erradas. Novamente, se Deus nos permite escolher, devemos permitir que outros escolham.

Em terceiro lugar, a liberdade de religião reconhece que é o Espírito Santo que transforma corações, e não o governo (João 6:63). Somente Jesus salva. Tirar a liberdade de religião é intimar que o governo humano, com seus governantes falíveis, tenha o poder de determinar qual religião é correta. No entanto, o reino de Cristo não é deste mundo (João 18:36), e ninguém se torna cristão pelo decreto de um governo. Somos feitos cristãos pela graça de Deus através da fé em Cristo (Efésios 2:8-9). O que o governo faz ou não faz não tem relação com o novo nascimento (João 1:12-13; 3:5-8).

Em quarto lugar, a liberdade de religião admite que, em última análise, não se trata de religião; trata-se de relacionamento. Deus não deseja uma forma externa de adoração, mas um relacionamento pessoal com os seus filhos (Mateus 15:7-8). Nenhuma quantidade de controle governamental pode produzir tal relacionamento.

Gotq

#tbs100_"Pode realmente existir um ex-cristão?"

 Esta é uma questão para a qual definitivamente existe uma resposta bíblica clara e explícita. 1 João 2:19 declara: "Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos." Esta Escritura deixa bem claro — não é possível ser um ex-cristão. Se uma pessoa verdadeiramente for cristã, ela nunca se afastará da fé: "porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco". Se uma pessoa que afirmou ser cristã nega a fé, ele/ela não era um verdadeiro cristão. "Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos". Não, não é possível ser um ex-cristão.

É importante distinguir entre um cristão verdadeiro e um cristão "somente em nome". Um verdadeiro cristão é uma pessoa que tem confiado plenamente em Jesus Cristo, e só nEle, para a salvação. Um verdadeiro cristão é uma pessoa que entende o que a Bíblia diz sobre o pecado, a penalidade do pecado, quem é Jesus, o que Jesus fez por nós e como isso provê o perdão do pecado. Um verdadeiro cristão é uma pessoa que recebeu Jesus Cristo como Salvador pessoal, tornou-se uma nova criação (2 Coríntios 5:17) e está sendo transformado progressivamente na imagem de Cristo. Um verdadeiro cristão é uma pessoa que permanece cristã pelo poder do Espírito Santo (Efésios 4:13, 30; 2 Coríntios 1:22). Este verdadeiro cristão nunca pode se tornar um ex-cristão. Ninguém que tenha confiado verdadeiramente e plenamente em Cristo como Salvador poderia negar a Ele. Ninguém que verdadeiramente compreende o mal do pecado, o terror das consequências do pecado, o amor de Cristo e a graça e a misericórdia de Deus pode se voltar contra a fé cristã.

Há muitos neste mundo que afirmam ser cristãos, mas não o são. Ser cristão não significa ser uma certa nacionalidade ou ter uma determinada cor de pele. Ser cristão não significa reconhecer que Jesus foi um grande mestre, e nem apenas buscar seguir os seus ensinamentos. Ser cristão significa ser um representante de Cristo e um seguidor/servo de Cristo. Há pessoas que tiveram alguma conexão com uma igreja "cristã" e depois renunciaram a essa conexão. Há pessoas que "provaram" e "experimentaram" Jesus Cristo, sem nunca o receberem como Salvador. No entanto, não existe um verdadeiro ex-cristão. Um verdadeiro cristão nunca irá, e nunca poderia, renunciar à fé. Qualquer pessoa que afirmou ser cristã, mas depois rejeita a fé cristã, nunca foi realmente um cristão.

Gotq

#tbs99_"É verdade que tudo acontece por um motivo?"

Tudo acontece por algum motivo? A resposta curta é "sim"! Porque Deus é soberano, não há acontecimentos aleatórios e fora do seu controle. Os propósitos de Deus podem estar escondidos de nós, mas podemos ter certeza de que cada evento tem uma razão para acontecer.

Havia uma razão para a cegueira do homem em João 9, embora os discípulos a identificaram erroneamente (João 9:1-3). Havia uma razão para o maltrato de José, embora o propósito de seus irmãos no que fizeram com ele fosse muito diferente do propósito de Deus ao permitir o acontecido (Gênesis 50:20). Havia uma razão para a morte de Jesus — as autoridades em Jerusalém tinham suas razões, baseadas em intenções malignas, mas Deus possuía as suas, baseadas na justiça. A soberania de Deus se estende até às criaturas mais humildes: "E nenhum deles (pardal) cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai" (Mateus 10:29).

Vários fatores nos ajudam a saber que tudo acontece por uma razão: a lei da causa e efeito, a doutrina do pecado original e a providência de Deus. Tudo isso demonstra que tudo acontece por um motivo, não apenas por casualidade ou por chance aleatória.

Primeiro, existe a lei natural da causa e efeito, também conhecida como a lei da semeadura e da colheita. Paulo diz: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna" (Gálatas 6:7-8). Isso significa que em todas as ações que tomamos ou palavras que pronunciamos, sejam boas ou más, existem certos resultados inevitáveis que se seguem (Colossenses 3:23-25). Alguém pode perguntar: "Por que estou preso? Existe uma razão para isso?" E a resposta pode ser: "Porque você roubou a casa do seu vizinho e foi pego". Isso é causa e efeito.

Tudo o que fazemos ou é um investimento na carne ou um investimento no Espírito. Vamos colher tudo o que semeamos, e vamos colher em proporção à forma como semeamos. "E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará" (2 Coríntios 9:6). O crente que caminha no Espírito e "semeia" no Espírito vai colher uma colheita espiritual. Se a semeadura foi generosa, a colheita será generosa, se não nesta vida, certamente na vida por vir. Por outro lado, aqueles que "semeiam" com a carne vão colher uma vida sem as bênçãos completas de Deus, tanto nesta vida quanto na vida futura (Jeremias 18:10; 2 Pedro 2:10-12).

A razão pela qual algumas coisas acontecem pode ser rastreada até o pecado original no Jardim do Éden. A Bíblia é clara que o mundo está sob uma maldição (Gênesis 3:17) que tem resultado em enfermidades, doenças, desastres naturais e morte. Todas essas coisas, embora sob o controle final de Deus, às vezes são usadas por Satanás para infligir misérias às pessoas (ver Jó 1-2; Lucas 9:37-42; 13:16). Alguém pode perguntar: "Por que contraí essa doença? Existe uma razão para isso?" E a resposta pode ser uma ou mais das seguintes: 1) "Porque você vive em um mundo caído, e todos estamos sujeitos a doenças"; 2) "Porque Deus está testando você e fortalecendo sua fé"; ou 3) "Porque, em amor, Deus está disciplinando você de acordo com Hebreus 12:7-13 e 1 Coríntios 11:29-30".

Então temos o que é chamado de providência de Deus. A doutrina da providência sustenta que Deus trabalha discretamente e invisivelmente através do mundo natural para gerir eventos. Deus, em sua providência, desenvolve seus propósitos através de processos naturais no universo físico e social. Todo efeito pode ser rastreado até uma causa natural, e não há nenhuma sugestão do milagroso. O melhor que o homem possa fazer para explicar a razão pela qual as coisas acontecem no decorrer de eventos naturais é apontar para a "coincidência".

Os crentes proclamam que Deus organiza as coincidências. O incrédulo ridiculariza tais ideias porque acredita que causas naturais possam explicar completamente cada evento sem referência a Deus. Contudo, os seguidores de Cristo estão plenamente seguros dessa verdade profunda: "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28).

O livro de Ester mostra a providência divina trabalhando. O banimento de Vasti, a seleção de Ester, a conspiração dos assassinos, o orgulho de Hamã, a coragem de Mordecai, a insônia do rei, a sede de sangue de Zeres e a leitura do pergaminho — tudo no livro acontece para causar a libertação do povo de Deus. Embora Deus nunca seja mencionado em Ester, a sua providência, trabalhando através da "coincidência", é fácil de ver.

Deus está sempre trabalhando na vida de seu povo, e em sua bondade os trará a um bom fim (ver Filipenses 1:6). Os eventos que definem nossas vidas não são simplesmente produtos de causas naturais ou chance aleatória. Eles são ordenados por Deus e são destinados ao nosso bem. Muitas vezes, não conseguimos sentir a orientação ou a proteção oculta de Deus à medida que os eventos em nossas vidas se desenrolam. No entanto, quando olhamos para trás nos eventos passados, podemos ver a sua mão com mais clareza, mesmo em tempos de tragédia.

Gotq

#tbs98_ "O que é o dilema de Eutífron?"

A famosa questão de Platão sobre a natureza da bondade pergunta se uma coisa é boa porque Deus diz ser boa, ou se Deus diz que é boa porque é boa. Isso é conhecido como o dilema de Eutífron (nomeado em honra do personagem Eutífron no "diálogo socrático" de Platão sobre o assunto da bondade).

O problema que essa questão levanta para o cristão é duplo. Primeiro, se uma coisa é boa simplesmente porque Deus diz que é, então parece que Deus poderia declarar qualquer coisa como sendo boa e então seria. Isso pode incluir coisas que, instintivamente, sabemos ser malignas, como o estupro ou assassinato. Entretanto, não queremos uma moral baseada nas declarações arbitrárias de Deus, por isso parece que essa escolha é pobre para o crente. No entanto, se Deus simplesmente estiver relatando a bondade de uma coisa, então Ele não é mais o padrão para a bondade e parece estar à mercê de algum padrão externo. No entanto, nós não queremos que haja um padrão acima de Deus para o qual Ele deva se curvar, então essa resposta também não parece atraente. Daí o dilema.

No entanto, existe uma terceira opção. Como cristãos, devemos afirmar a soberania de Deus e a sua bondade não derivada. Assim, não queremos um padrão arbitrário ou que exista fora ou acima de Deus. Felizmente, Deus é supremamente soberano e bom. Portanto, a própria natureza de Deus pode servir como o padrão da bondade, e Deus pode basear suas declarações sobre a bondade em Si mesmo. A natureza de Deus é imutável e totalmente boa. Assim, a vontade dele não é arbitrária, e suas declarações são sempre verdadeiras. Isso resolve ambos os problemas.

Como Deus é o padrão do bem? Porque Ele é o criador. A bondade de uma coisa é determinada pelo seu propósito. Uma faca cega não é uma boa faca porque o propósito de uma faca é cortar. A agudeza é ruim para um sapato, no entanto, porque um bom sapato é confortável e apoia o pé bem. Deus, como o Criador, é o determinante de todos os propósitos de sua criação. O que Ele faz é feito propositadamente, e qualquer coisa que atrapalhe essa finalidade é ruim. O estupro é perverso porque não é o que o sexo foi criado para ser. O assassinato é perverso porque os seres humanos não foram criados para arbitrariamente decidirem quando as pessoas devam morrer. (Note que isso não necessariamente vilipendia todas as mortes causadas pelos seres humanos, como a pena de morte ou a guerra. Se Deus tem afirmado diretrizes para essas ações, então não é mais uma vontade humana arbitrária sendo realizada).

Em conclusão, uma coisa é boa na medida em que cumpre os seus propósitos. Porque Deus é o criador de todas as coisas, de acordo com a sua própria natureza boa, Ele é, portanto, o padrão e o declarante da bondade.

Gotq

#tbs97_"Quais são alguns exemplos inegáveis da intervenção divina?"

A intervenção divina é simplesmente quando Deus intervém nos assuntos do mundo. A intervenção divina pode ser Deus fazendo com que algo aconteça ou evitando que algo aconteça. Os ateus, os agnósticos e os deístas podem encontrar explicações alternativas até mesmo para os eventos mais milagrosos. Alguns crentes veem exemplos de intervenção divina em todos os lugares, interpretando eventos aparentemente aleatórios como instruções claras de Deus para seguir uma direção em vez de outra. Então, Deus intervém nos assuntos do mundo? Em caso afirmativo, existem exemplos inegáveis dessa intervenção divina? Deus deixou alguma impressão digital em Sua obra?

O crente pode apontar muitos exemplos da intervenção de Deus. Tudo, desde a derrota da armada espanhola até a existência do moderno Israel, é citado como prova de que Deus interveio na história. Claro, também há os milagres da Bíblia, registrados pelas testemunhas oculares dos eventos, e a própria criação — "os céus declaram", como disse Haydn.

No entanto, para os ateus, agnósticos e deístas, há uma explicação alternativa para tudo. Houve recentemente um programa de televisão exibido nos Estados Unidos que tentou explicar os milagres da Bíblia. Um episódio foi dedicado ao cruzamento do Mar Vermelho (ver capítulo 14 do Êxodo). Os cientistas apresentaram várias teorias, incluindo pontes terrestres temporárias causadas pela atividade vulcânica subaquática ou um terremoto subaquático que causou um tsunami, o que resultou na profundidade da água sendo temporariamente baixa na localização onde Moisés e os israelitas cruzaram o Mar Vermelho. Embora as teorias fossem cientificamente possíveis, não havia explicação de como o evento ocorreu precisamente no momento certo para os israelitas cruzarem, mas os egípcios foram destruídos quando tentaram seguir. Mesmo que o próprio evento possa ser explicado naturalmente, negar o tempo sobrenatural do evento é de esticar a credulidade. No entanto, novamente, para a pessoa que nega a existência e/ou a atividade de Deus no mundo, qualquer milagre pode ser explicado ao atribuí-lo à coincidência, histeria ou ilusão. Se você procura por razões para não acreditar, certamente encontrará algumas. 

No extremo oposto do espectro estão os crentes que veem praticamente tudo como um exemplo de intervenção divina. Um bom preço na feira semanal é claramente um milagre de Deus. Uma súbita rajada de vento ou o encontro casual de um amigo é claramente um sinal de Deus para seguirmos uma direção diferente. Embora esta mentalidade seja mais bíblica do que a abordagem que um deísta possa assumir, ela levanta sérios problemas. Interpretar praticamente tudo como intervenção divina pode levar a conclusões muito subjetivas. Isso nos leva a ter a tendência de ver o que queremos ver. É tentador estudar o formato das nuvens no céu a fim de encontrarmos "prova" para o que queremos que a vontade de Deus seja em vez de realmente procurar a vontade de Deus de uma maneira bíblica (Romanos 12:1-2).

Biblicamente falando, Deus definitivamente intervém nos assuntos do mundo (veja Gênesis até Apocalipse). Deus é soberano (Salmos 93:1, 95:3, Jeremias 23:20, Romanos 9). Não acontece nada que Deus não ordene, cause ou permita. Estamos constantemente envolvidos com a intervenção divina, mesmo quando a ignoramos ou não a enxerguemos. Nunca saberemos de todas as vezes e todas as formas em que Deus intervém em nossas vidas. A intervenção divina pode vir na forma de um milagre, como uma cura ou sinal sobrenatural. A intervenção divina também pode vir na forma de um evento aparentemente aleatório que nos direciona na forma como Deus quer que sigamos.

No entanto, a Bíblia não nos ensina a buscar significados espirituais escondidos nos eventos da vida cotidiana. Embora devamos estar cientes de que Deus intervém, não devemos passar cada minuto de vigília tentando decodificar mensagens secretas de cima. Os crentes procuram direção na Palavra de Deus (2 Timóteo 3:16-17) e são liderados pelo Espírito Santo (Efésios 5:18). Devemos obedecer a única fonte na qual sabemos que Deus realmente falou — a Sua Palavra (Hebreus 4:12).

Gotq