quarta-feira, 19 de março de 2014

Houve comunicação com os mortos na transfiguração de Jesus? 

Às páginas 9 e 10 do estudo CRISTIANISMO X ESPIRITISMO falo sobre o assunto, como a seguir. Para que Jesus falasse com os mortos Ele transfigurou-se, mudou de figura; Jesus, Moisés e Elias se manifestaram como se estivessem na glória, no céu. Não houve manifestação mediúnica como acontece nas sessões espíritas. Não houve nesse evento comunicação entre vivos e mortos (Lucas 9.28-36): 1) Não aconteceu ali nenhuma sessão espírita. Jesus, Pedro, João e Tiago não incorporaram espíritos;2) Aprouve a Deus, na sua infinita sabedoria, promover aquele evento e oferecer àqueles apóstolos a feliz oportunidade de verem com seus olhos carnais o Senhor Jesus na sua glória, a glória que sempre teve;3) Também serviu para dar um alento a Jesus, haja vista a proximidade do seu sacrifício: “Os quais apareceram com glória e falavam da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém” (Lucas 9.31);4) Jesus não falou com Moisés e Elias na condição de homem, ou seja, em corpo humano. Antes, seu corpo foi transfigurado, transformado num corpo glorioso, celestial, espiritual. Com igual corpo estavam Moisés e Elias. 5) Pedro, João e Tiago não conversaram com Moisés e Elias. Estes falaram com Jesus. 6) Somente após a saída de Moisés e Elias, referidos apóstolos falaram a Jesus (Mateus 17.3; Marcos 9.4).7) Demorou pouco tempo a visão que os apóstolos tiveram da transfiguração de Jesus e da sua conversa com Elias e Moisés: “E Pedro e os que estavam com ele estavam ‘carregados de sono’ e quando despertaram viram a Sua glória e aqueles dois varões que estavam com Ele” (Lucas 9.32). 8) Deus preparou aquele momento para que os apóstolos não tivessem nenhuma dúvida da eternidade de Jesus na condição de Deus Filho. Daí haver o apóstolo João escrito com tamanha convicção e inspirado pelo Espírito Santo: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. A proibição e a comunicaçãoÉ comum a argumentação de que se Deus proibiu a comunicação com os mortos é porque ela existia. Em Deuteronômio 18, Deus proíbe a necromancia, a consulta a espírito adivinhante, a feiticeiro e, mais claramente, a consulta aos mortos. E diz que essas práticas são abomináveis, isto é, detestáveis, repreensíveis, execráveis; e “todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor”. Em Isaías 8.19, lê-se: “Não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos”? Desde a formação do homem no Éden Deus estabeleceu o princípio da obediência. Se Deus proíbe qualquer prática ou ato que tenha por objetivo entrar em comunicação/comunhão com espíritos de pessoas mortas, devemos obedecer. Obedecer sem murmurações, sem levantarmos dúvidas quanto à validade da proibição. Deus proíbe a tentativa de comunicação, o ato de se tentar obter, através de adivinhos e necromantes, certas informações dos espíritos, ou até mesmo alívio para os males do corpo e da alma. Deus, na sua infinita sabedoria, sabe dos perigos envolvidos em tais práticas, porque conhece as artimanhas do inimigo. Se a invocação dos espíritos dos mortos fosse uma prática boa para os homens, Deus a aprovaria. Allan Kardec declarou que “Deus só se comunica com os homens através dos bons espíritos” (E.S.E. Introdução, VI). Ora, se isto fosse verdade Deus não proibiria essa comunicação.

sábado, 15 de março de 2014

Todas as coisas são lícitas?

Quatro vezes em dois versículos diferentes, Paulo disse que "todas as coisas são lícitas" (1 Coríntios 6:12; 10:23). Estas afirmações são um prato cheio para as pessoas que querem justificar coisas que não são aprovadas por Deus. Se alguém levantar objeção, a pessoa replica: "Mas, todas as coisas são lícitas" e pronto! Não precisa provar mais nada! O problema com essa abordagem é que o contexto de 1 Coríntios dá outro sentido às palavras de Paulo. Quando ele respondeu às perguntas dos coríntios, usou ironia para chamar atenção dos leitores e para destacar as idéias absurdas deles. Vejamos alguns outros exemplos do mesmo livro antes de voltar para esses dois versículos. Falando sobre a autoridade apostólica, ele disse em 4:9: "...parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar" . Mas Paulo e os coríntios  sabiam que não era bem assim. Em 12:28, o mesmo autor disse: "A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos...." Tratando de problemas relacionados ao amor e a liberdade, ele disse em 8:1 "reconhecemos que todos somos senhores do saber". Será que somos mesmo? É claro que não. Paulo chamou atenção dos leitores imitando a arrogância deles. No próximo versículo ele nega essa afirmação, dizendo: "Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber". Em 8:7, ele disse: "...não há esse conheci-mento em todos..."  Todos nós somos senhores do saber? Absolutamente não! Paulo usa a mesma ironia em 6:12 quando diz: "Todas as coisas me são lícitas...." Será que não há limite na vida do cristão? É claro que há. Ele acabou de dizer, em 6:9-10, que as pessoas que praticam pecado não herdarão o reino de Deus. Acrescenta em 6:18 que devemos fugir da imoralidade, pois é pecado. Todas as coisas são lícitas? Absolutamente não! (veja 6:15). Em 10:23, falando sobre carne sacrificada aos ídolos, ele diz de novo: "Todas as coisas são lícitas". Algumas pessoas pervertem o sentido desse versículo para anular a proibição absoluta de Atos 15:20 e 29, onde o Espírito Santo proibiu o comer carne sacrificada aos ídolos e o comer sangue. Mas, em 1 Coríntios 10:20-22, Paulo afirma que a pessoa que come carne sacrificada aos ídolos está em comunhão com demônios, e não com Cristo! Em Apocalipse 2:14 e 20, Jesus condenou cristãos que praticaram esse pecado. Todas as coisas são lícitas? Absolutamente não! Continuemos debaixo da lei de Cristo (1 Coríntios 9:21).

Carnes dos Ídolos: Ame a Deus

Ao escrever sobre as carnes sacrificadas aos ídolos Paulo tinha dois pontos a defender. Ele apresentou o primeiro no capítulo 8 (abstenha-se de carne por amor a teu irmão) e,então, deu duas ilustrações no capítulo 9 (eu renunciei ao meu direito ao sustento financeiro e a ser eu mesmo por amor do evangelho). Ele começou o segundo ponto com ilustrações (o atleta, 9:24-27 e os israelitas, 10:1-13) e, então, fez sua exortação (foge da idolatria 10:14-22). Exemplos (9:24 - 10:13): Os atletas olímpicos são esforçados, disciplinados e concentrados. Eles forçam seus músculos até o limite e renunciam a prazeres normais em sua busca por uma coroa corruptível, a qual era, naquela época, feita de aipo seco. Não devem os cristãos serem mais esforçados, disciplinados e concentrados em sua busca pela coroa incorruptível no céu? Os israelitas, no deserto, foram todos abençoados por Deus. Ele guiou a todos, batizou todos no Mar Vermelho e deu a todos alimento e bebida espirituais. Contudo, "a maioria" caiu no deserto. "A maioria" era 603.548 dos 603.550 homens. Todos, menos dois. Por que caíram? Eles festejaram em volta de um bezerro de ouro, cometeram imoralidade sexual associada com idolatria, etc. E por que Deus registrou estes acontecimentos? Não para aqueles que caíram (era muito tarde para eles), mas para nós, de modo que aceitando a advertência possamos evitar o julgamento que eles tiveram. Fugindo da idolatria (10:14-22): Este é o ponto crucial do argumento de Paulo. Participar da ceia do Senhor une os cristãos a Cristo e aos outros cristãos. Participar do altar une os judeus ao altar e à adoração do Velho Testamento. Portanto, participar de festas idólatras também tem conseqüências. Paulo não estava ensinando que comer carne oferecida a ídolo une os cristãos a um "deus" imaginário, mas aos demônios que promoviam a idolatria. Não se pode participar da mesa do Senhor e ao mesmo tempo da mesa do ídolo. Conclusões (10:23—11:1): Paulo finalizou a discussão considerando assuntos práticos. Algumas vezes sobras de carne de ídolo seriam vendidas no atacado ao açougueiro, que as revenderiam como qualquer outra carne. Uma vez que essa carne não foi fisicamente alterada pela cerimônia no templo, um cristão poderia comprá-la sem investigar a sua origem. Ele também poderia partilhar de uma refeição na casa de um vizinho pagão. Mas se fosse chamada a atenção para a carne como tendo vindo de um templo de ídolo, então ele deveria abster-se de comê-la por causa da consciência de outras pessoas. Tudo precisa ser avaliado por dois princípios: A glória de Deus (10:31) e o bem-estar de outros (10:32).

Perguntas para estudo pessoal:

●Paulo ressalta quais aspectos do atleta?

●Que paralelos você vê entre os pecados dos israelitas e os cometidos pelos irmãos que assistiam a festas de ídolos?

●Qual é a razão principal pela qual Paulo condenou a participação em festas de ídolos?

●Por quais dois princípios deve ser julgada toda a conduta cristã?

Respeito entre Irmãos (Romanos 14:1-23)

Respeito entre Irmãos (Romanos 14:1-23) Neste capítulo, Paulo aplica o amor fraternal à convivência de irmãos, quando surgem diferenças. Acolher os fracos (1-12) Os que se julgam fortes devem acolher os fracos, mas não para discutir opiniões (1). As questões que Paulo trata aqui envolvem a consciência de irmãos que ainda não reconhecem determinadas liberdades em Cristo. Não são diver-gências sobre doutrinas reveladas por Deus. Não devemos usar este texto para justificar a cumplicidade no pecado, mas devemos ceder em questões de opinião para não ferir a consciência de um irmão mais fraco na fé. A primeira aplicação: comer carne (2-4). Deus não proibia que o cristão comesse carne (embora proíba comer carne oferecida aos ídolos – Apocalipse 2:14), mas alguns tiveram dificuldade em aceitar esta liberdade. A decisão de comer carne ou não era uma questão particular. A segunda aplicação: fazer distinção entre dias (5-6). É bem possível que alguns cristãos judeus ainda acharam melhor descansarem no sábado, ou talvez ainda comemoraram alguns dias de festas, possivelmente como feriados nacionais. Paulo ensinou os irmãos a tolerarem tais diferenças de consciência. Nas instruções sobre tolerância, Paulo diz que devemos:

1. Aceitar o débil (fraco), mas não para discutir opiniões (1). Devemos ensinar as doutrinas bíblicas, mas não devemos insistir em defender alguma liberdade não-essencial. 

2. Em questões onde Deus não definiu uma única maneira de agir, respeitar as decisões dos outros (3). 

3. Lembrar que o nosso irmão é, primeiramente, um servo de Deus e, como tal, será julgado por Deus (4,10-12). 4.Respeitar a nossa própria consciência e, acima de tudo, a vontade de Deus, porque pertencemos ao Senhor na vida e na morte (5-9,12). Devemos evitar abusos desse trecho, tais como:

1. Irmãos teimosos recusarem estudar questões difíceis, alegando serem fracos na fé.

2. Aplicar esses princípios (onde há diversas opções lícitas) para tolerar doutrinas ou práticas que vão além da permissão de Deus.

3. Não tolerar diferenças em questões de liberdade pessoal.

4.Insistir em fazer as coisas “do nosso jeito” quando existem outras opções bíblicas.

5. Julgar os outros com base nas nossas opiniões. Consciência e Fé (13-23) Aqui, Paulo leva os mesmos princípios adiante, mostrando o perigo de agir de uma maneira que prejudique um irmão. Não devemos julgar os irmãos, nem devemos fazer com que um deles tropece (13). Mesmo em casos de coisas lícitas, devemos evitar ferir a consciência do irmão. Se insistir em usar todas as nossas liberdades, o nosso bem pode ser desprezado (14-16). A ênfase no reino de Deus não é a liberdade de comer ou beber alguma coisa, e sim a de participar da justiça e alegria no Espírito Santo (17). Quando servimos a Deus, agradamos ao Senhor e aos homens (18). Desta maneira, promo-vemos a paz e a edificação (19). Se insistir-rmos em usar as nossas liberdades, sem considerar a consciência do irmão, estaría-mos destruindo a obra de Deus (20-21). É melhor abrir mão de algum privilégio do que fazer um irmão tropeçar. É importantíssimo mantermos a nossa consciência limpa diante de Deus, nada fazendo na dúvida (22-23).

Carnes dos Ídolos: Ame a Teu Irmão

Os irmãos no primeiro século debatiam fortemente a questão de comer carne que tinha sido sacrificada aos ídolos. Uma vez que as festas dos ídolos eram ocasiões sociais importantes, a família e os amigos pressionavam os cristãos para assisti-las. Todos sabiam que um servo de Deus não poderia adorar ídolos, mas assistir a um festival de ídolo era outra questão e alguns dos coríntios acreditavam que era correto fazer isso. Paulo dedicou três capítulos a essa questão crucial. Ele começou mostrando como visitar templos de ídolos poderia "ferir" os demais discípulos e, portanto, ser contrário ao princípio de amar uns aos outros. Respondendo aos argumentos deles (8:1-13): Paulo citou e refutou argumentos dos coríntios que favoreciam o comer carnes dos ídolos. í "Sabemos que todos temos conhecimento" (8:1 NVI). Os coríntios se orgulhavam do conhecimento e sabedoria que possuíam (capítulos 1-4). Paulo respon-deu que o amor supera o conhecimento, porque enquanto este ensoberbece, o amor edifica. Para visualizar a diferença, pense numa bolha e num edifício. í "Sabemos que o ídolo não significa nada no mundo" (8:4 NVI). O ponto crucial do argumento deles era que não fazia mal assistir a festas de ídolos porque estes não existem. Paulo respondeu dizendo que os ex-idólatras honravam, em seu coração, o ídolo, en-quanto assistiam. í Finalmente, eles diziam que a comida era indiferente para Deus (8:8). Eles estavam insistindo no seu direito de comer o que lhes agradasse, mas Paulo afirmou que o amor, e não a liberdade, deve guiar nossa conduta. O perigo era que o irmão "fraco", induzido pelo exemplo do cristão "forte", entrasse no templo e realmente adorasse o ídolo. Desta forma, este abuso dos "direitos" por parte do irmão forte era capaz de levar o irmão a pecar. Ser culpado de destruir o irmão por quem Cristo morreu é um assunto bem sério. O exemplo de Paulo (9:1-23): Paulo observou como ele tinha renunciado aos seus "direitos" a favor do evangelho. Ele tinha pleno direito de receber sustento financeiro pela sua pregação, mas se recusava a receber isso deles. Uma vez que ele tinha renunciado ao seu direito de exigir um salário para aliviar a carga deles, certamente eles poderiam renunciar a alguma carne por amor à alma de um irmão fraco. Mais ainda, Paulo renunciou ao seu direito de ser ele mesmo, tornando-se todas as coisas para todos os homens, a fim de que ele pudesse ser mais eficiente no ganhá-los para Cristo. O exemplo de Paulo mostra que nenhuma quantidade de sacrifício próprio é demais. Os coríntios, portanto, deveriam deixar de comer a carne sacrificada aos ídolos por amor aos seus irmãos.

Perguntas para estudo pessoal:

● O que o Novo Testamento ensina sobre comer carne sacrificada aos ídolos (Atos 15:19-29; Apocalipse 2:14-20)?

●No capítulo 8, qual é o critério principal para determinar o que um cristão deve fazer nas situações delicadas?

●Quais argumentos Paulo apresenta para ensinar que os pregadores têm direito a sustento financeiro?

● No contexto, qual é o propósito de Paulo ao insistir tão enfaticamente que um pregador tem direito de receber sustento?

O Que Significam as Palavras “Herege”, “Heresia” e “Seita”?

As palavras “herege”, “heresia” e “seita” vêm de palavras gregas usadas no Novo Testamento, derivadas da mesma raiz. A idéia fundamental atrás destas palavras é “escolher” ou “escolha”. Assim a forma de verbo é usada quando Deus diz que escolheu seu servo (Mateus 12:18).Outras vezes na Bíblia e no uso atual destas palavras, ainda podemos ver um elemento de escolha. Quando homens decidem seguir suas próprias opiniões, criando novas doutrinas e facções religiosas, estas palavras se aplicam. É neste sentido que lemos no Novo Testamento sobre seitas como dos saduceus (Atos 5:17) e fariseus (Atos 15:5), grupos que escolheram defender falsas doutrinas e tradições humanas.Os apóstolos condenaram o espírito faccioso (Gálatas 5:20), alertaram sobre heresias destruidoras (2 Pedro 2:1) e ensinaram os cristãos a admoestarem e depois rejeitarem os hereges, ou homens facciosos (Tito 3:10). Escolher seguir qualquer doutrina que não vem de Deus é uma infração gravíssima da vontade do Senhor.Às vezes, estas palavras são corretamente usadas para identificar doutrinas erradas e seus defensores, e é assim que devem ser empregadas.Mas as palavras certas usadas pelas pessoas erradas podem se tornar armas maliciosas. Já no primeiro século, estas mesmas palavras foram usadas pelos adversários do Senhor para difamar seus servos fiéis. Tértulo, o orador que representou os judeus no processo contra Paulo, descreveu o apóstolo como “o principal agitador daseita dos nazarenos” (Atos 24:5). Paulo respondeu a esta distorção da palavra: “Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas” (Atos 24:14). Mais de dois anos depois, quando Paulo chegou a Roma, os judeus queriam ouvir “a respeito desta seita que, por toda parte, é ela impugnada” (Atos 28:22).Desde aquela época, os poderes religiosos têm usado estas palavras para identificar ideias ou pessoas que discordam da posição oficial de uma igreja ou das correntes principais de movimentos populares. Homens bons podem ser chamados de hereges, e homens maus podem ser vistos como servos “ungidos por Deus”.O critério de avaliação não deve ser a posição oficial de líderes eclesiásticos, e sim a palavra de Deus. No final das contas, não importa o que os homens dizem, pois são as palavras de Cristo que nos julgarão (João 12:48; Gálatas 1:10). Nunca devemos escolher uma direção que contrarie a vontade de Deus!

sexta-feira, 14 de março de 2014

Quem são os "guias" de Hebreus 13?

Quem são os "guias" de Hebreus 13? Hebreus 13 menciona, três vezes, os "guias" (versículos 7,17,24, RA2). A palavra usada aqui (gr., hegéomai) descreve pessoas que conduzem os cristãos. Algumas traduções trazem "líderes" (veja, por exemplo, BLH e NVI). A mesma palavra grega é usada em outros lugares para descrever governadores (Mateus 2:6 e Atos 7:10). Quem são estes guias ou líderes entre os discípulos de Jesus, e que tipo de liderança é praticada por eles? Hebreus 13:7 fala de guias que já haviam falecido. Este versículo pode incluir os apóstolos, que guiaram a igreja nos primeiros anos (veja Hebreus 2:3; Filipenses 3:17 e os primeiros capítulos de Atos). Hebreus 13:17 e 24 falam de guias ou líderes vivos, e assim inclui os presbíteros ou bispos, que foram escolhidos para pastorear as igrejas locais (veja Atos 14:23; 15:6,22; 20:17,28; Filipenses 1:1; 1 Timóteo 3:1-7; 5:17-19; Tito 1:5-9 e 1 Pedro 5:1-3). São as únicas pessoas na igreja hoje que têm alguma função de governar (1 Timóteo 3:4-5). No mundo religioso atual, há muitos abusos nesta área de "liderança" nas igrejas. Algumas pessoas vão ao extremo de negar que "líderes" existem. Mas, como já observamos, os guias são um tipo de governador ou líder. O problema não está na palavra, mas nas idéias erradas sobre o papel destes pastores ou guias. Algumas observações podem nos ajudar:

●Os líderes no reino de Cristo são servos, não dominadores (Lucas 22:26; 1 Pedro 5:3).

●Os pastores alimentam o rebanho pelo ensinamento da palavra de Deus. O homem que não sabe ensinar não pode ser presbítero (1 Timóteo 3:2; Tito 1:9-11).

●Estes guias lideram pelo exemplo de uma vida reta, e somente na congregação local (Hebreus 13:7; 1 Pedro 5:3).

●O relacionamento dos pastores com as ovelhas é comparado ao de pai e filhos (1 Timóteo 3:4-5). Assim entendemos que os bispos vigiam (Hebreus 13:17) e dis-ciplinam (1 Timóteo 3:4), e que os outros cristãos lhes dão honra, respeito e sub-missão (1 Timóteo 5:17; Hebreus 13:17). A responsabilidade de ser "submissos" em Hebreus 13:17 descreve a disposição do cristão a ser convencido pelo ensinamento dos guias. Não devemos seguí-los cegamente, mas também não devemos mostrar uma atitude de rebeldia em relação aos nossos presbíteros. Homens que pastoream bem são bênçãos de Deus, encarregados com uma enorme responsabilidade (Efésios 4:11-16).

A Lei do Antigo Testamento é Boa?

É fácil se confundir lendo as epístolas de Paulo. O apóstolo Pedro comentou sobre esse fato, mas ainda recomendou os escritos de Paulo como escrituras (2 Pedro 3:15-16). Como ele avisou, supostas contradições bíblicas têm sido a desculpa para muitas pessoas rejeitarem a fé em Jesus e na palavra revelada na Bíblia. Consideremos um exemplo: o ensinamento de Paulo sobre a lei do Antigo Testamento. Por um lado, Paulo descreve a lei dada aos israelitas no Antigo Testamento como “ministério da morte” e “ministério da condenação” e diz que é a letra que mata (2 Coríntios 3:6-9). Ele falou desta lei como “escrito de dívida que era contra nós..., o qual nos era prejudicial” (Colossenses 2:14). Em outra carta, ele afirmou: “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição” (Gálatas 3:10). Por outro lado, o mesmo apóstolo disse: “a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom.... Porque bem sabemos que a lei é espiritual” (Romanos 7:12,14). Um dos trechos que mais ajuda na busca de um entendimento desse assunto é 1 Timóteo 1:8-10, onde Paulo escreveu: “Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo, tendo em vista que não se promulga lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes, irreverentes e pecadores, ímpios e profanos, parricidas e matricidas, homicidas, impuros, sodomitas, raptores de homens, mentirosos, perjuros e para tudo quanto se opõe à sã doutrina”. Observamos alguns fatos importantes: A lei é para transgressores. A lei trouxe conhecimento do pecado (Romanos 3:20; Gálatas 3:22). O homem se condenou por sua falta de amor (o princípio que apoia qualquer lei divina - Mateus 22:37-40), e a lei mostrou sua condição. Este foi um serviço necessário (ministério da morte e da condenação), porque sem o diagnóstico do problema, o homem não aceitaria a cura em Jesus (Gálatas 3:23-24). Os justos (justificados em Cristo) não vivem sob a lei. Não “permanecem subordinados” (Gálatas 3:25) porque foram “libertados da lei” (Romanos 7:6). A lei ainda serve e deve ser usada de modo legítimo. Não serve para nos governar nem para guiar a igreja no seu trabalho, louvor, etc., mas serve para nos ajudar a entender o perigo do pecado (1 Coríntios 10:6-11; Hebreus 2:1-3), a importância da fé obediente (Hebreus 11) e a confiabilidade absoluta de Deus, que cumpre suas promessas (Romanos 15:4). Por tais motivos, estudamos e aprendemos de toda a Escritura (2 Timóteo 3:16-17), e erramos se negligenciar o estudo do Antigo Testamento.

Jesus Revogou a Lei do Antigo Testamento?

Uma leitura superficial de alguns versículos apresenta uma dificuldade, até dando a impressão de uma contradição nas Escrituras. Alguns religiosos aproveitam esta suposta contradição para negar claras afirmações sobre o anulamento da Lei dada aos israelitas no monte Sinai.   Em Mateus 5:17-18, Jesus disse: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas, não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo, até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.” Alguns citam esta afirmação para tentar obrigar as pessoas de hoje a guardarem o sábado e outros mandamentos da Antiga Aliança.   Para compreender este comentário de Jesus, precisamos prestar atenção especial a três palavras que ele usou. A palavra revogar vem de uma palavra grega que significa derrubar, subverter ou destruir. Jesus não veio para subverter a Lei, ele veio para cumprir. A palavra traduzida cumprir significa completar, levar até o fim, realizar ou obedecer. Jesus não pretendia subverter a lei, ele pretendia cumpri-la, assim a levando até o seu determinado fim. A terceira palavra importante é a preposição até. Os céus e a terra poderiam passar, mas a lei não passaria até ser cumprida. Esta palavra (traduzida até, até que, ou enquanto) significa algo que chega até um certo ponto e termina. Deus falou para José ficar no Egito até que ele fosse avisado (Mateus 2:13). José não “conheceu” Maria “enquanto ela não deu à luz um filho” (Mateus 1:25). Na morte de Jesus, houve trevas até à hora nona (Lucas 23:44). A Lei não perdeu sua força até ser cumprida por Jesus.   O autor de Hebreus usou uma palavra diferente, embora traduzida em algumas Bíblias pela mesma palavra portuguesa, quando disse: “Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus” (Hebreus 7:18-19). Revogar, neste trecho, significa anular, abolir, ou remover. No mesmo capítulo, ele falou da mudança (ou remoção) da lei (Hebreus 7:12).   Os cristãos não estão “subordinados” à Lei (Gálatas 3:24-25). Mesmo os cristãos judeus, que estavam sujeitos à lei, foram libertados dela (Romanos 7:6). O escrito da dívida foi removido inteiramente na cruz, pois Jesus cumpriu aquela Lei (Colossenses 2:14). Após a morte do Testador, a Nova Aliança tomou seu lugar (Hebreus 8:6-13; 9:15-17).  Jesus não subverteu a Lei do Antigo Testamento; ele cumpriu e removeu aquela e nos deu a Nova Aliança.

Era a Intenção de Deus que as Leis do Velho Testamento Vigorassem em Nossos Dias?

Sem dúvida as leis reveladas no Velho Testamento foram decretadas pelo próprio Deus. Do mesmo modo, ele tem o direito de aplicar essas leis somente a certas pessoas e fazer com que essas leis cessem de vigorar no devido tempo em que ele resolver, como nos exemplos já estudados. O que a Bíblia diz de sua intenção a respeito destas leis do Velho Testamento? A intenção de Deus era que as leis dadas por meio de Moisés vigorassem somente para a nação de Israel. Os Dez Mandamentos foram dados somente a Israel. Deuteronômio 4:1 - Ao dar os Dez Mandamentos, Moisés disse que foram dados para Israel obedecê-los. Deuteronômio 4:44,45 - Eram leis, estatutos, etc, que Moisés dispôs diante dos filhos de Israel, depois que eles saíram do Egito. Deuteronômio 5:1,6 - Moisés falou ao povo de Israel e lhe deu os Dez Mandamentos para que ele os obedecesse. Deus o tirou da terra do Egito. Êxodo 34:27,28 - O senhor fez uma aliança com o povo de Israel, escrevendo nas tábuas as palavras da aliança, os Dez Mandamentos. 1 Reis 8:9,21 - As duas tábuas de pedra contêm a aliança que o Senhor fez com os filhos de Israel, quando eles saíram da terra do Egito. Deuteronômio 4:7-13 - Nenhuma outra nação teve tão grande lei como os Dez Mandamentos. O sábado foi dado somente a Israel. Deuteronômio 5:15 - O povo de Israel (v. 1) era escravo na terra do Egito, Deus tirou-o de lá e ordenou que guardasse o sábado. Êxodo 31:13,16,17 - O sábado era o sinal entre Deus e Israel, tão certo como a circuncisão também o era (Gênesis 17; Romanos 4:11). Como poderia ser um sinal entre Deus e Israel se ele tivesse dado o mesmo mandamento a outras nações também? Se um homem desse anéis de noivado a várias mulheres, poderia um anel ser o sinal de seu especial relacionamento com sua esposa? (Veja Oséias 2:11, 1:10; Ezequiel 20:10-12). Hoje em dia o povo em geral não precisa guardar os mandamentos revelados através de Moisés, incluindo os Dez Mandamentos e o sábado, pela mesma razão que não precisamos construir arcas, como Noé, ou sacrificar os filhos, como Abraão. Deus não dirigiu esses mandamentos a nós. Deus removeu as leis do Velho Testamento porque elas já cumpriram o seu propósito. Estas leis vigoraram através das gerações de Israel. Deus disse que todas as seguintes práticas deveriam durar através das gerações de Israel. • Gênesis 17:9,10 - Circuncisão • Êxodo 12:14; Levítico 23:21,31, 41 - Dias festivos santificados • Êxodo 29:42; 30:10 - Sacrifício de animais • Êxodo 30:8 - Incenso • Êxodo 30:31 - Óleo para santa unção • Êxodo 31:13-17 - Observação do sábado • Êxodo 40:15; Números 18:23 - Sacerdotes levitas servindo no ta-bernáculo. Todas estas práticas dura-riam o mesmo tempo: através das gerações de Israel. Se algumas delas cessaram, então todas elas têm que ter cessado, desde que todas elas deveriam ter a mesma duração. Mas já provamos que muitas delas já cessaram, então todas devem ter cessado. Todas estas leis continuaram enquanto o relacionamento especial de Israel com Deus continuou e todas terminaram quando este relacionamento especial terminou. Ele terminou quando o evangelho entrou em vigor. Não há mais judeu ou gentio, no plano de Deus (Gálatas 3:28; Efésios 2:11-18; Atos 10:34,35; 15:7-11). Hebreus, capítulos 7-10 7:11-14,18 - Como foi mostrado antes, a lei permitia somente sacerdotes da tribo de Levi. Ela, porém, predisse que Cristo seria um sacerdote, da tribo de Judá. Isto exigiu que a lei fosse mudada (v. 12) e revogada (v. 18). A própria lei indicava que isto iria acontecer. 8:6-13 - Estes versículos citam Jeremias 31:31-34, que predisseram que Deus haveria de fazer uma nova aliança, diferente da que fez com Israel, quando os conduziu para fora do Egito. Cristo fez uma nova aliança; com isso a primeira envelheceu e desapareceu (v. 13). Novamente, isto cumpre a palavra de Deus no Velho Testamento e não a contradiz. 10:1-18 - Os sacrifícios de animais oferecidos sob a primeira aliança não poderiam remover o pecado completamente. A morte de Jesus é o sacrifício da nova aliança e ela pode perdoar completamente. Assim, Cristo removeu o primeiro testamento e estabeleceu o segundo. Isto foi feito em harmonia com a vontade de Deus e não contra ela (v. 9,10). Isto explica o sentido pelo qual a lei era fraca e inútil: ela dizia aos homens que eles eram pecadores, mas não podia permanentemente perdoá-los (7:11-18; 8:6,7). Isto não significa que Deus se enganou ao dar a lei. Ela tinha um propósito, mas esse propósito era temporário. Quando veio a nova lei, a velha tinha cumprido seu propósito e não era mais necessária, por isso foi removida. Observe: o que foi removido foi a própria velha aliança, e não somente a condenação que ela trazia. O que foi removido foi a aliança e não somente as tradições humanas a respeito dela. 2 Coríntios 3:6-11 Como em Hebreus, a Velha Aliança (v. 14) é confrontada com a Nova (v. 6). A Velha era um ministério da morte, porque ela provava que o homem merecia a morte. Ainda assim, ela veio com glória. A Nova Aliança é um ministério de justiça e é mais gloriosa (v. 9). NOTE v. 11 - A que tinha glória (a Velha Aliança - v. 7) foi removida, de modo que a que tem mais glória (a Nova Aliança) possa permanecer. Note que o que foi removido não foi só a glória, mas o que era glorioso, o próprio Velho Testamento. Gálatas, capítulos 3-5 Como em Hebreus, o resultado da lei foi que o homem ficou sob uma maldição, porque mostrava que os homens eram pecadores, porém ela não podia remover completamente a culpa (3:10; 2:16). Isto é confrontado com a salvação pela fé em Cristo, sob o evangelho (1:11,12; 3:26-28). 3:24,25 - A lei foi um aio (tutor) para nos conduzir a Cristo. Mas, agora que a fé em Cristo chegou, não estamos mais debaixo do aio. Estar "debaixo" de uma lei significa estar sujeito a ela ou sob a obrigação de obedecê-la. Note 4:4,21 (veja I Coríntios 9:20,21; Mateus 8:9; Romanos 3:19). Não estamos só libertados da condenação da lei, mas estamos livres da própria lei, que foi o aio (veja 3:16,19). 5:1-6 - Desde que não estamos mais sob a lei (5:18), a circuncisão não importa mais. Aqueles que seguem a velha lei estão submetidos a um jugo de escravidão, Cristo não lhes aproveita em nada e não é de nenhum efeito para eles. Eles estão decaídos da graça. Romanos 7:1-6 Novamente, em Romanos, Paulo está confrontando o evangelho com o Velho Testamento. A lei mostrou aos homens que eles eram culpados do pecado (3:20,23). A lei trouxe condenação à morte (5:12; 6:23), mas não podia remover, permanentemente, a culpa. Não obstante, Deus não queria que todos os homens se perdessem, então Ele ofereceu o evangelho (1:16). 7:2,3 - Ilustração: uma mulher está ligada ao seu esposo enquanto ele vive, e se ela casa com outro homem, ela é adúltera. Ela poderia se casar novamente, só quando seu esposo morrer. 7:4-6 - Do mesmo modo, estamos mortos para a lei e libertados dela, bem como a mulher estava livre da lei do primeiro esposo (v. 2). Note que não estamos só livres da condenação da lei ou das tradições a respeito dela, mas estamos livres da própria lei (veja 6:14). E da mesma forma como a mulher poderia ligar-se a um segundo homem, estamos agora unidos a Cristo. Note que não devemos seguir ambos, o Velho Testamento e a lei de Cristo. Temos um segundo e novo testamento, exatamente como a mulher tem um segundo e novo marido. Tentar seguir ambas as leis, ao mesmo tempo, seria como a mulher ter dois esposos de uma só vez. Seria adultério espiritual! Efésios 2:12-16 Antigamente, os gentios eram separados do relacionamento da aliança, gozado pelos israelitas. Por meio de sua morte, Jesus fez a paz entre os judeus e os gentios. Mas, para fazer isto, Jesus teve que abolir a lei dos mandamentos, que era uma parede da separação entre judeu e gentio. Ela tinha sido dada só aos judeus e, assim, representava sua posição favorecida. Para conceder favor aos homens de todas as nações, Deus teve que remover a lei (veja Gálatas 3:28; Atos 10:34,35; Mateus 28:19; etc.). Se colocarmos o Velho Testamento, hoje, em vigor novamente, estaremos construindo de novo a parede da separação, para cuja destruição Jesus morreu. Estaremos tentando derrotar a morte de Cristo! Colossenses 2:13-17 Eis um paralelo com Efésios 2. Paulo diz aos gentios incircuncisos (v. 13) que não permitam que as pessoas os condenem por não guardarem a Velha Lei (v. 16). A razão é que Cristo cancelou o escrito de ordenanças e removeu-o inteiramente, encravando-o em Sua cruz. As leis do velho testamento, em geral, não estão mais em vigor hoje pela mesma razão que o sacrifício de animais, a circuncisão, etc. não vigoram mais. Deus as deu para cumprir um propósito. Elas cumpriram esse propósito, por isso Deus as revogou.

Qual Lei Deveríamos Submeter-nos Hoje em Dia?

Algumas pessoas perguntam: "Se os Dez Mandamentos foram removidos, isso não tornaria correto roubar, mentir, assassinar, etc.?" Então, considere o que a Bíblia diz sobre a lei que hoje devemos seguir. Hoje devemos obedecer aos Mandamentos do Novo Testamento. Jesus não somente removeu o Velho Testamento, ele substituiu pelo Novo Testamento. A razão pela qual a velha aliança não é necessária agora é que uma lei diferente tomou o seu lugar. Hebreus 10:9,10 - Jesus removeu o primeiro testamento para que ele pudesse estabelecer o segundo (veja Hebreus 8:6-9; 7:22; 2 Coríntios 3:6). Romanos 7:4 - Fomos libertados da lei para que pudéssemos nos unir a Cristo. Gálatas 3:24-27 - Não estamos debaixo do aio (a velha lei), porque a fé do evangelho chegou. Uma ilustração: Brasil esteve, antigamente, sujeito às Ordenações do Reino de Portugal; depois da Independência, estivemos sob a Constituição do Império, e agora estamos sob a Constituição Republicana. Do mesmo modo, Deus providenciou para o homem, primeiro o regulamento patriarcal, depois as leis do Sinai e, agora, o Evangelho, ou Novo Testamento. Não estamos mais sujeitos nem às leis do Império, nem às do Velho Testamento. Esta mudança ocorreu como resultado da morte de Jesus. Colossenses 2:14 - Ele cancelou as primeiras ordenanças, encravando-as em sua cruz. Efésios 2:13-16 - Ele aboliu a velha lei através do seu sangue, derramado na cruz (v. 13,16). Hebreus 9:16,17 - Como no caso de qualquer testamento, Jesus tinha que morrer para que seu testamento tivesse força. A velha lei esteve em vigor até que Jesus morresse, então ela foi substituída pela Nova Aliança (veja Gálatas 3:13; Romanos 7:4). Este Novo Testamento também contém mandamentos e leis que temos de obedecer. Mateus 28:18-20 - Jesus possui toda a autoridade, então devemos obedecer a todos os seus mandamentos. 1 Coríntios 14:3 - 7 - Os mandamentos escritos no Novo Testamento são os mandamentos do Senhor. 1 Coríntios 9:20,21 - Paulo não estava debaixo da lei dos judeus, mas sob a lei de Cristo. Tiago 1:18,25O evangelho é a lei perfeita da liberdade, pela qual seremos julgados (João 12:48; 1 Pedro 1:22-25; Romanos 6:17,18; Atos 3:20-23; Isaías 2:1-4). Deus não removeu a velha lei para que pudéssemos ficar sem lei, mas para que pudéssemos servi-lo nas condições do Novo Testamento. Há mandamentos para obedecermos, mas estes são os mandamentos do Novo Testamento e não aqueles do Velho Testamento. O Novo Testamento jamais será substituído por qualquer outra lei na terra. Aprendemos que, durante todo o tempo em que o Velho Testamento esteve em vigor, Deus tinha planos para substituí-lo, finalmente. Será o Novo Testamento, do mesmo modo, substituído por outro sistema de mandamentos para os homens, na terra? 2 Coríntios 3:6-11 - A primeira aliança desapareceu para que pudesse ser trocada por aquela que permanece (não desvanece). Hebreus 12:27,28 (veja v. 18-29) - A lei dada no Sinai foi abalada (removida) para que ela pudesse ser substituída por outra (o Novo Testamento) que jamais será abalada, mas permanecerá. A razão pela qual o Velho Testamento teve que ser substituído foi que ele tinha sacrifícios que não podiam retirar a culpa permanentemente. Estes sacrifícios foram oferecidos por sacerdotes que, eles próprios, eram pecadores. O Novo Testamento tem o sacrifício de Jesus, que pode tirar todos os pecados, de modo que não sejam mais lembrados. Este sacrifício foi oferecido pelo Sumo Sacerdote, eterno e sem pecado, o próprio Jesus Cristo (Hebreus 10:1-18; 7:11-28; 8:6-9; 9:11-28; Romanos 1:16; Marcos 16:15,16). Judas 3 - A fé do evangelho foi entregue aos santos uma vez por todas. "Uma vez" é a mesma palavra usada para a morte de Jesus, em contraste com o sacrifício de animais (Hebreus 10:10-14; 7:27; 9:12,25-28). Os animais tinham de ser oferecidos repetidamente, porque eles não tiravam a culpa permanentemente. Jesus ofereceu o sacrifício perfeito, que não precisa ser substituído por qualquer outra coisa. Do mesmo modo, o evangelho é dado aos homens "uma vez". É a última palavra de Deus ao homem. Ele é tão perfeito que jamais será mudado ou substituído por Deus, enquanto o mundo existir (veja Tiago 1:25; 1 Coríntios 13:8-13). Alguns mandamentos do Novo Testamento são semelhantes aos do Velho Testamento, mas outros não são. Nove dos Dez Mandamentos, por exemplo, são repetidos no Novo Testamento 1. Nenhum Deus além de Jeová - 1 Coríntios 8:4; Atos 14:15 2. Nenhuma imagem esculpida - Gálatas 5:19-21; Romanos 1:22,23 3. Não tomar o nome de Deus em vão - Tiago 5:12 4. Lembrar-se do sábado - Este mandamento é o único dos dez que não é repetido em nenhuma parte do Novo Testamento. 5. Honrar seus pais - Efésios 6:2,3 6. Não matar - Romanos 13:8-10 7. Não cometer adultério - Romanos 13:8-10; 1 Coríntios 6:9,10 8. Não roubar - Romanos 13:8-10; Efésios 4:28 9. Não prestar falso testemunho - Apocalipse 21:8; 22:15 10. Não cobiçar - Romanos 13:8-10; Efésios 5:8. Os mandamentos que são repetidos no Novo Testamento obedecemos, não porque estavam no Velho Testamento, mas porque estão no Novo Testamento. Muitas práticas do Novo Testamento diferem das práticas do Velho Testamento.

VT- Sacrifício de animais - NT- Sacrifício de Jesus (Hebreus 10:9-18).

VT- Sumo sacerdote humano - NT- Sacerdócio de Jesus (Hebreus 9:11-14).

VT-  Templo físico - NT- Templo espiritual (1 Coríntios 3:16).

VT- Circuncisão carnal - NT- Corações circuncidados (Romanos 2:28-29).

VT-  Música instrumental - NT- Canto (Efésios 5:19; Colossenses 3:16).

Sábado e dias santos Primeiro dia da semana (Atos 20:7) Compare Romanos 7:2-6 - Uma mulher não está sujeita à autoridade de dois maridos a um só tempo. Se seu primeiro esposo morrer, seu segundo esposo pode ter gostos diferentes dos de seu primeiro esposo, mas em alguns pontos, ambos poderão ter os mesmos gostos. Entretanto, os hábitos do primeiro esposo, agora, não obrigam mais a esposa. Se ela faz coisas semelhantes às que costumava fazer antes, é porque o segundo esposo está de acordo, e não porque era a vontade do primeiro esposo. Da mesma maneira, estamos sob a Nova Aliança e não sob a Velha Aliança (incluindo-se os Dez Mandamentos). As leis são um tanto similares e outro tanto diferentes (veja Hebreus 8:9). Mas nenhuma das exigências da Primeira Aliança tem qualquer poder, hoje. Onde as leis forem diferentes, seguimos a Segunda Aliança, e não a primeira. Onde as leis forem similares, obedecemos, não porque a primeira lei assim dizia, mas porque a Nova Aliança assim ordena. Nosso dia específico para adoração é o primeiro dia da semana e não o sétimo. Muitos acontecimentos importantes no Novo Testamento ocorreram no primeiro dia da semana. • Jesus levantou-se dentre os mortos (Marcos 16:9; Mateus 28:1-6). • As primeiras aparições de Jesus para provar que ele havia ressuscitado (João 20:19; Marcos 16:2,9; Mateus 28:1,6-10). • No dia em que o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos, o evangelho foi pregado como estando em vigor pela primeira vez, as pessoas obedeceram pela primeira vez e a igreja começou; tudo isto estava no Pentecoste, que foi num primeiro dia da semana (Atos 2; Levítico 23:15,16). Todos estes acontecimentos importantes ocorreram no primeiro dia da semana. Qual acontecimento importante no Novo Testamento ocorreu no sétimo dia da semana? Nenhum. Não deveria surpreender-nos, portanto, ver um significado especial para o primeiro dia da semana, na igreja do Novo Testamento. No Novo Testamento, os cristãos faziam a coleta e se encontravam para a Ceia do Senhor no primeiro dia da semana. 1 Coríntios 16:1-2 - Foi ordenada, a igreja, fazer a coleta no primeiro dia da semana. Qual passagem diz para a igreja fazer coletas no sétimo dia? Atos 20:7 - A igreja tinha a Ceia do Senhor regularmente, e eles se reuniam para tomá-la. (Atos 2:42; Hebreus 10:25; 1 Coríntios 11:17,18,20). Quando eles se reuniam para tomá-la? No primeiro dia da semana. A passagem diz no "primeiro dia da semana", e não é possível que isso seja o mesmo que no "sétimo dia da semana". Alguns dizem que "partir o pão" pode se referir a uma refeição comum. Mas é uma expressão comum para a Ceia do Senhor (Mateus 26:26; Marcos 14:22; 1 Coríntios 10:16; 11:23,24; Atos 2:42). Sabemos que Atos 20:7 se refere à Ceia do Senhor porque o trecho mostra, claramente, que esta era uma assembléia de adoração. E Paulo, que pregava nesta ocasião, já havia ensinado que somente a Ceia do Senhor, não as refeições comuns, deveria ser tomada na assembléia de adoração (1 Coríntios 11:17-34). O significado do dia é também mostrado pelo fato que Paulo esperou 7 dias para se encontrar com os discípulos no primeiro dia (v. 6,7). Mas ele estava com pressa (v. 16), tanto que ele partiu ao clarear o dia seguinte, mesmo ele estando acordado toda a noite, com a igreja (v. 11). Note mais ainda que, se a igreja tivesse se reunido no sétimo dia da semana para partir o pão, Paulo poderia ter poupado todo o seu esforço e partido um dia antes. Se o sétimo dia é o dia especial para a adoração cristã, e o primeiro não tem significado, por que o primeiro dia é mencionado e o sétimo não? E por que Paulo se deu a tanto trabalho para se encontrar com a igreja no primeiro dia? O único dia autorizado para a igreja do Novo Testamento tomar a Ceia do Senhor e fazer a coleta é o primeiro dia da semana. Nenhuma passagem em qualquer parte da Bíblia autoriza a igreja a fazer estas coisas no sétimo dia. Alguns afirmam que Jesus e Paulo guardaram o sábado. Jesus viveu sob a velha lei (Gálatas 4:4), então, naturalmente, ele guardou o sábado (Lucas 4:16; etc.) Como já aprendemos, a lei não foi removida até ele morrer. Ele também foi circuncidado (Lucas 2:21), teve animais oferecidos por ele (Lucas 2:22-24), ensinou a outros a oferecerem animais (Mateus 8:4; Marcos 1:44; Lucas 2:22; veja Levítico 14:1-32), observou os dias festivos (Lucas 2:41; Mateus 26:17), e mostrou grande zelo pelo templo físico (João 2:13-17). Ele ensinou outros a observarem todas as coisas ensinadas por aqueles que se assentavam na cadeira de Moisés (Mateus 23:2,4). Todos nós temos que fazer todas estas coisas, hoje em dia, por que ele as fez? Mas não há evidência de que Paulo, ou qualquer outro homem inspirado, observou o sábado como obediência a mandamento divino, depois da morte de Jesus. As passagens usadas para "provar" que ele assim fez são todas referentes a assembléias de judeus não convertidos (Atos 13:14,42 44; 15:20,21; 16:13; 17:1-3; 18:4). Nenhuma destas se refere a uma assembléia de cristãos reunindo-se para observar o sábado religiosamente. Nenhuma passagem diz aos gentios para guardarem o sábado. Mas Atos 20:7 e 1 Coríntios 16:1,2 se referem a atividades de cristãos no primeiro dia. E as passagens dizem que Paulo entrou nas sinagogas com o propósito de ensinar aos judeus que ali congregavam (Atos 13:5,14,16,42 44; 14:1; 17:1-3; 18:4,5). Os judeus guardavam o sábado, como tinham feito por gerações (Atos 15:20,21) porque eles não acreditavam que nada do Velho Testamento tivesse sido removido. Suas assembléias ofereciam ótimas oportunidades para Paulo ensinar. Mas nenhuma passagem diz que ele compareceu com o propósito de observar o sábado. Já citamos vários versículos de Paulo mostrando que a lei, incluindo-se o sábado, não está em vigor. Usar uma oportunidade para ensinar não é o mesmo que observar um dia religioso. Os apóstolos ensinaram outras vezes e em outros lugares também (Atos 5:42; 17:17,22; 19:9; 20:7,31). Deveríamos considerar estes lugares e dias para serem guardados religiosamente, porque eles estiveram lá? Do mesmo modo, se as pessoas que guardam o sábado nos permitirem, iremos alegremente comparecer a suas reuniões do sábado, para ensinar-lhes a verdade, mas não estaríamos fazendo isso para observar o sábado. As pessoas que guardam o sábado, às vezes, desprezam a evidência que dá especial significado ao primeiro dia da semana. Mas, quando alguém observa a "prova" do Novo Testamento, oferecida para a guarda do sétimo dia, ele vê, por comparação, quanto mais evidência há para o primeiro dia. Se as pessoas que guardam o sábado tivessem versículos falando do sétimo dia, como Atos 20:7 e 1 Coríntios 16:1,2 e outras passagens que falam do primeiro dia, pode estar certo de que elas as considerariam provas muito convincentes. Não dizemos que o primeiro dia da semana é o "sábado cristão". Um sábado é um dia de descanso e nenhuma passagem do Novo Testamento diz para descansarmos no primeiro dia, ou outro dia em particular. Não há "sábado cristão". Mas o primeiro dia é um dia especial de adoração, no qual fazemos atos de adoração, que não são autorizados em nenhum outro dia.

Conclusão

A Bíblia ensina que a Lei do Velho Testamento, inteira, foi removida pelo próprio Deus. Nada dela vigora hoje em dia, como lei ou como autorização para qualquer prática religiosa. Isto inclui os Dez Mandamentos e o sábado.Agora, vivemos sob o Novo Testamento. Cada prática, para a igreja, tem que ser autorizada pelo evangelho. Se nenhuma autorização puder ser encontrada no Novo Testamento para uma prática, então ela deverá ser abandonada, sem considerar se ela era ou não praticada no Velho Testamento.A Nova Aliança é um sistema melhor, tendo uma melhor esperança, e construída sobre melhores promessas (Hebreus 7:22; 8:6; 9:23; 7:19). Não se embarasse novamente na servidão da Velha Lei.
O antigo testamento nos serve hoje somente para ensino leia (romanos 15.1-).

Nos Dias Atuais as Pessoas Têm Que Guardar as Leis do Velho Testamento?

No Velho Testamento, encontramos muitos mandamentos que não são achados no Novo Testamento, tais como o sábado do sétimo dia, o sacrifício de animais, o sacerdócio levítico, a circuncisão, os dias santificados especiais, a queima de incenso e a música instrumental, na adoração. Muitas pessoas estão confusas sobre se temos ou não, hoje em dia, que obedecer a estes mandamentos do Velho Testamento. Pessoas que acreditam que deveríamos guardá-los, freqüentemente discordam entre si sobre quais leis devemos guardar. Para agradar a Deus e para sermos unidos religiosamente, temos que determinar se alguma das leis do Velho Testamento, se aplica a nós, atualmente. O propósito deste estudo é entrar nessas questões.Vamos considerar algumas perguntas introdutórias:Deus quer que as pessoas, hoje em dia, obedeçam a todos os mandamentosque ele já deu?As pessoas, às vezes, acreditam (ou argumentam como se crêem), que temos que praticar, hoje em dia, tudo o que Deus já ordenou na Bíblia. Mas considere uns poucos exemplos:A arca de Noé (Gênesis 6:13-7:5) - Deus fez com Noé uma aliança (6:18), que continha mandamentos que Noé deveria obedecer (6:22; 7:5). Depois do dilúvio, Deus prometeu que jamais tornaria a destruir toda a carne por meio de água (9:11-17). As pessoas, hoje em dia, têm que construir arcas?Circuncisão (Gênesis 17:9-14) - A circuncisão foi tanto uma aliança como um mandamento, dado por Deus a Abraão e seus descendentes (veja 21:1-4; Levítico 12:3). Mas este mandamento já não mais se aplica (I Coríntios 7:18-20; Gálatas 5:1-8; 6:12-16).Sacerdócio levítico (Êxodo 40:12-16; 29:1-9) - Sob a aliança feita no Monte Sinai, Deus ordenou que somente Arão e seus descendentes servissem como sacerdotes (Números 3:10; 18:1-7; 16:40). Mas hoje, Jesus é o Sumo Sacerdote, embora ele não tivesse sido um descendente de Arão. Isto prova que houve uma mudança na lei (Hebreus 7:11-18; I Pedro 2:5,9).Sacrifício de animais (Números 15:1-6) - Através de todo o Velho Testamento, Deus ordenou que as pessoas oferecessem sacrifícios de animais (veja Gênesis 4:1-5; Levítico 1-7). Mas hoje, Jesus é o nosso sacrifício perfeito. Os sacrifícios de animais cessaram porque não são mais necessários (Hebreus 10:1-18).Dias santificados (Êxodo 12:1-28; 13:3-10; Levítico 23) - Deus ordenou que Israel guardasse vários dias festivos santificados, mas nós não devemos guardá-los (Colossenses 2:14-17; Gálatas 4:10,11). Note que, quando Deus manda que certo dia seja um dia santo de descanso, ele pode posteriormente mudar a ordem e não mais exigir que os homens o guardem.Não podemos negar que Deus tem dado leis diferentes para diferentes povos, em tempos diferentes. Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre (Hebreus 13:8), mas isto se refere ao caráter e à natureza de Deus, e não às suas leis para os homens. Os trechos das Escrituras examinados provam que o próprio Deus temfeito mudanças nas leis que tem dado ao povo.Por que estes mandamentos não mais obrigam o povo?Há, pelo menos, duas razões possíveis para que não sejamos obrigados a obedecer a um mandamento dado por Deus:

1. Deus deu alguns mandamentos a determinados indivíduos ou grupos, sem nunca querer que se aplicassem a todas as pessoas, em todos os lugares. Exemplos óbvios são: o mandamento para Noé construir a arca, o mandamento a Abraão para sacrificar seu filho e o mandamento a Abraão e seus descendentes para circuncidar todos os ho-mens (Veja Romanos 3:19).Se Deus queria que alguns dos seus mandamentos fossem limitados a certas pessoas, mas tomamos estes mandamentos e os aplicamos a outras pessoas, a quem ele jamais quis que se aplicassem, então não estamos demonstrando fide-lidade a Deus, mas, isto sim, estamos pervertendo sua vontade!2. Deus deu alguns mandamentos para servir a um propósito temporário. Quando eles cumpriram seu propósito, não foram mais necessários, então Deus os retirou. Exemplos disto são o sacerdócio levítico, o sacrifício de animais e a circuncisão. De fato, isto se aplica a todos os exemplos previamente mencionados.Queira notar que não estamos dizendo que as pessoas têm o direito de declarar que uma lei de Deus seja anulada, baseados simplesmente em sua própria autoridade. A questão é: qual a intenção de Deus a respeito de certos mandamentos? Se ele determina que a lei se aplique a nós, somos infiéis se não a obedecemos. Mas somos igualmente infiéis se condenamos as pessoas por não seguirem uma lei quando, de fato, o próprio Deus não tenciona que essas pessoas sigam essa lei.A questão que estamos examinando é: Qual a intenção de Deus a respeito dos mandamentos do Velho Testamento em geral?

Alguma Parte do Velho Testamento Vigora Hoje em Dia?

Algumas pessoas concordam em que muitas leis do Velho Testamento não estão mais em vigor, mas ainda colocam em vigor algumas dessas leis. Alguns, por exemplo, ainda aceitam a autoridade do Velho Testamento para o Sábado, ou para a música instrumental, etc. Consideremos esta abordagem. Consideremos algumas regras possíveis para determinar o que ainda está e o que não está mais em vigor. Aprendemos que a Velha Aliança cessou de vigorar. Isto inclui todas as práticas do Velho Testamento, a não ser que possa ser mostrado pelas Escrituras que Deus teve a intenção de que certas leis continuassem. É impróprio só afirmar, sem prova, que certas leis ainda estão em vigor e outras não estão.

Consideremos algumas regras que as pessoas, às vezes, sugerem para se fazerem tais distinções:

"Lei de Deus" X "Lei de Moisés"; "Lei Moral" X Lei Cerimonial" Alguns dizem que os Dez Mandamentos (incluindo-se o sábado) são a "Lei de Deus", a "Lei Moral" (ou "Lei Espiritual") e que estas ainda estão valendo. Mas os outros mandamentos do Velho Testamento são a "Lei de Moisés", a "Lei Cerimonial", e estas são as que foram retiradas. Contudo: Que prova existe, nas Escrituras, de que estas distinções entre as leis são válidas? Como sabemos se o que foi removido inclui somente a lei de Moisés ou a lei cerimonial, porém não a lei de Deus, etc.? Como sabemos quais leis estão incluídas na Lei de Deus ou na Lei Moral e quais leis não estão? (Note que as expressões "lei moral" e "lei cerimonial" não estão mencionadas em parte alguma da Bíblia). O sábado, por exemplo, foi um dos Dez Mandamentos, então alguns afirmam que ele é parte da Lei Moral de Deus e continua hoje. Porém ele também é repetido em outras partes do Velho Testamento, que não são os Dez Mandamentos (Êxodo 31:13, etc.), e está listado em trechos contendo leis que foram removidas (tais como Levítico 19:3,30; 23:1-44); então, porque isto não prova que o sábado foi removido, como parte da "Lei Cerimonial de Moisés"? E mais ainda, aqueles que continuam a praticar o sábado, usualmente tam-bém praticam o dízimo do Velho Testamento, a música instrumental e até leis dietéticas. Estas últimas não estão nos Dez Mandamentos, nem sua natureza é mais "moral" que outras leis "cerimoniais", que foram abandonadas. Portanto, estas pessoas violam sua própria distinção. Na realidade, a Bíblia mostra que lei de Deus e lei de Moisés são só termos diferentes para a mesma lei, e que a lei de Deus incluía coisas que foram claramente removidas. Por exemplo: Neemias capítulo 8 refere-se a certo "livro da lei", e o chama o livro da lei de Moisés (v. 1) e o livro da lei de Deus (v. 8,18). Deus ordenou-a por Moisés (v. 14), então ambos os termos se referem à mesma lei. Lucas 2:21-24,39 - A mesma lei é chamada a lei de Moisés (v. 22) e a lei do Senhor (v. 23,24,39). E esta lei foi um ritual de purificação, incluindo o sacrifício de animais, que foi claramente abandonado (veja Levítico 12:2-8). Daí, lei do Senhor é a mesma que lei de Moisés, e ela contém coisas que foram abandonadas. Em 2 Crônicas 31:2-4, a lei de Deus incluía o sacrifício de animais, luas novas e dias festivos. Não há distinção entre a lei de Deus e a Lei de Moisés. Era a lei de Deus porque ele a originou, mas era a lei de Moisés porque foi revelada através dele (Neemias 10:29). Do mesmo modo, em nenhum lugar a Bíblia distingue lei moral de lei cerimonial, dizendo que a lei moral continua. Toda essa distinção é uma regra feita pelo homem, que não tem a autorização de Deus (Mateus 15:9; Gálatas 1:8,9; 2 João 9-11). Leis dadas antes do Sinai e leis dadas no Sinai. Alguns dizem que Jesus aboliu as leis dadas no Sinai, mas que as leis dadas antes do Sinai continuam, incluindo-se a do sábado, que eles dizem ter sido dada na criação - Gênesis 2:2,3. De novo, onde diz a Bíblia que as leis dadas antes do Sinai ainda estão em vigor? De fato, há muitos mandamentos que sabemos não estarem mais em vigor, embora tenham sido dados antes do Sinai. Isto inclui o sacrifício de animais (Gênesis 4:4; 8:20; etc.), a circuncisão (Gênesis 17:9-14), a páscoa (Êxodo 12), e os animais imundos (Gênesis 7:2). Mais ainda, não há prova real de que Deus impôs o sábado aos homens desde a criação. Não há passagem mencionando Noé, Abraão ou qualquer outro dos patriarcas guardando o sábado. Ezequiel 20:10-12 diz que Deus deu a Israel o sábado como um sinal entre ele e seu povo, quando ele os guiou para fora do Egito, e Deuteronômio 5:15 diz que foi uma comemoração daquele acontecimento (veja Neemias 9:13,14; Êxodo 31:13-17). Como poderia ser um sinal entre ele e uma nação, se todos, desde a criação, tivessem o mesmo sinal? E como poderia ser uma comemoração de um acontecimento, antes que aquele acontecimento se realizasse? Gênesis 2:3 diz somente que o próprio Deus descansou no sétimo dia, e diz o PORQUÊ ele o abençoou e o santificou. Mas não diz QUANDO ele começou a exigir DOS HOMENS que o guardassem, nem QUEM foi mandado guardá-lo. Recorde-se de que isto foi escrito por Moisés, muitos anos depois que Israel deixou o Egito e lhes foi dado o sábado. Ele mencionou o sábado em ligação com a criação, de modo que os homens veriam o propósito disso, não necessariamente para dizer quando as pessoas começaram a guardá-lo. Leis eternas X outras leis Alguns dizem que o sábado deve ser guardado hoje, porque Êxodo 31:16,17 diz que ele deveria ser guardado "para sempre", "perpétuo". De novo, porém, esta passagem diz que o sábado era um sinal entre Deus e Israel, então por que exigí-lo hoje de outro povo? E esta lei "perpétua" exigia que as pessoas fossem mortas, como punição, por terem-na violado. Se esta lei estiver ainda em vigor hoje, ela tem que ser guardada do modo que ela manda guardá-la. Deixar de fazer assim é admitir que ela não está realmente em vigor nos dias de hoje. Os termos do Velho Testamento "para sempre" e "perpétuo" não significam, necessariamente, que essas leis não têm fim. Há muitas outras práticas que Deus disse serem "para sempre", etc., mas que definitivamente têm cessado. São exemplos: A Páscoa (Êxodo 12:14) O incenso (Êxodo 30:8) Os dias festivos (Levítico 23:14,21,31, 41) O sacrifício de animais (Levítico 16:29-34; 6:19-30; 2 Crônicas 2:4) O sacerdócio levítico (Êxodo 40:15; 29:9,26-28; 28:40-43; Números 25:13; Deuteronômio 18:5) A adoração no Tabernáculo (Êxodo 27:21; 30:8; Levítico 24:5-9) A circuncisão (Gênesis 17:9-14) TODOS os mandamentos e preceitos de Deus (Salmos 111:7; 119:151,152,160). Se estas práticas cessaram, ainda que fossem "para sempre", etc., porque não pode o sábado, do mesmo modo, ter cessado? "Para sempre", nestas passagens, se refere ao que haveria de durar por um período de tempo indefinido: "duração de uma era". O contexto de Êxodo 31:13,16 define melhor isto, para significar "nas gerações de Israel". Esta expressão foi também utilizada para muitas das outras práticas e, anteriormente, já aprendemos que isso prova que essas práticas, incluindo-se o sábado, todas cessaram porque as gerações de Israel, como a nação escolhida por Deus, cessaram. Todos estes esforços para justificar o ato de colocar em vigor as partes do Velho Testamento, vão falhar. Esta conclusão será confirmada no decorrer do nosso estudo. Os versículos que já estudamos provam que toda a lei foi removida, incluindo-se os Dez Mandamentos. Hebreus, capítulos 7-10 Jesus removeu a aliança que Deus fez com Israel quando ele os conduziu para fora do Egito (8:9; 10:9,10). Esta aliança é vista, aqui, como uma aliança, a primeira aliança (8:7,13; 9:1,15,18; 10:9). Não foram duas alianças, uma retirada e outra permanecendo. Mas o que esta primeira aliança incluía? Hebreus 9:18-20 - A primeira aliança era dedicada com sangue e incluía todos os mandamentos falados por Moisés. Êxodo 24:3-8 explica melhor e mostra que isto englobou todas as palavras que o Senhor disse (v. 3,4,7), incluindo-se os Dez Mandamentos, dados em Êxodo 20:3-17. Hebreus 9:1-4 - Esta aliança, que foi removida, incluía as tábuas da lei, que ficavam dentro da arca da aliança. Esta é uma referência clara aos Dez Mandamentos, que foram escritos nas tábuas da aliança - Êxodo 34:27,28; Deuteronômio 4:13; 5:2,22; 9:9,11. 2 Coríntios 3:6-11 A velha aliança iria "desvanecer" (desaparecer), em contraste com a nova aliança, que iria "permanecer". Que aliança era esta que iria desaparecer? Era aquela que foi escrita e gravada nas pedras (v. 7). Mas os versículos citados há pouco mostram que esta era os Dez Mandamentos. E mais, esta é a lei que, quando Moisés a entregou, sua face brilhava tanto que ele teve que usar um véu (v. 7,13). Mas Êxodo 34:27-35 mostra que isto aconteceu quando ele entregou os Dez Mandamentos. Assim, a velha aliança que se encerrou incluía os Dez Mandamentos. Gálatas, capítulos 3-5 A lei trouxe os homens a Cristo, mas não estamos mais debaixo da lei (3:24,25; 5:4). Que lei é esta? 3:17 - Ela é a lei dada 430 anos depois da promessa a Abraão. Êxodo 12:41 mostra que isto se refere ao tempo quando Israel saiu do Egito. Daí, esta é a aliança - uma aliança - dada no Monte Sinai (Gálatas 4:24), que temos visto que inclui os Dez Mandamentos. 3:10 - A lei significa "todas as coisas escritas no livro da lei". Mas acabamos de mostrar, em Hebreus 9:18-20 e Êxodo 24:3-8, que isto incluía os Dez Mandamentos. 5:3 - Se colocarmos em vigor uma parte da lei, seremos obrigados a guardar toda a lei. A lei é um todo. Não podemos tomar uma parte e deixar a outra. Temos que tomar toda ela ou nada. Se a tomarmos, decairemos da graça (5:2,3,4) Romanos 7:1-7 Estamos desobrigados da lei, como uma mulher está liberada de um esposo que morre. É adultério espiritual praticar tanto a velha lei como a lei de Cristo, ao mesmo tempo. Mas, qual é a lei de que ficamos livres? É aquela que ordena "Não cobiçarás" (v. 7). Mas este é um dos Dez Mandamentos. Daí, a lei que foi removida inclui os Dez Mandamentos. Efésios 2:11-18 Jesus aboliu a lei que era uma parede de separação entre o judeu e o gentio. Que lei era essa? Já vimos que ela era a lei dos Dez Mandamentos, que era uma parede entre o judeu e o gentio, desde que Deus a deu aos judeus, por causa da sua condição de favorecidos. Do mesmo modo, o sábado era um sinal da relação especial de Deus com Israel (Êxodo 31:13-17). Se Jesus tivesse deixado os Dez Mandamentos ou o sábado em vigor, ele teria deixado uma barreira entre judeus e gentios. Para atingir seu propósito, ele tinha que remover o sábado e os Dez Mandamentos, tanto quanto toda a lei do Velho Testamento. Colossenses 2:13-17 Cristo cancelou o escrito de ordenanças. A qual lei isto se refere? 2:16 - Uma vez que a lei foi removida, não precisamos guardar leis a respeito de alimentos, de dias santos ou do sábado. Desde que o sábado era um dos Dez Mandamentos, segue-se que todas as leis do Velho Testamento foram retiradas, incluindo-se os Dez Mandamentos e o sábado. Alguns afirmam, aqui, que "sábado" se refere aos dias de festas anuais, não ao sábado do sétimo dia, porque a palavra grega é plural. Embora em todas as passagens seguintes, "sábado" claramente se refira ao sétimo dia, ainda assim é plural no original: Êxodo 31:13; Lucas 4:16; 23:54; Atos 13:14; 16:13; Mateus 24:20; etc. Em Mateus 12:1-14 e Lucas 13:10-17, as formas plural e singular são usadas igualmente, todas se referindo ao sétimo dia. Nos Dez Mandamentos, em Êxodo 20:8 e Deuteronômio 5:12, o plural é usado na tradução grega, como em Colossenses 2:16. O Novo Testamento se refere ao sábado 59 vezes. Em nenhuma destas ocasiões se pode mostrar que ela exclui o sábado do sétimo dia. De fato, Colossenses 2:16 menciona o sábado separadamente das luas novas e dos dias de festa, propositadamente, para especificar o sétimo dia além dos dias de festa. Isto é, exatamente, o mesmo que é feito em versículos do Velho Testamento, tais como 1 Crônicas 23:31; 2 Crônicas 2:4; 8:1; 31:3; Neemias 10:33; Ezequiel 45:17. Colossenses 2:14-16 especificamente, identifica o sábado como uma prática que foi cancelada. Não devemos permitir que pessoas de hoje exijam de nós guardar leis dietéticas, os dias santos, ou o sábado do sétimo dia. Não há prova de que nenhuma parte da lei, como tal, esteja em vigor agora. A lei foi um todo e não poderia ser removida parcialmente. Para removê-la, Jesus teve que removê-la toda. Não podemos buscar autoridade na Velha Lei para nenhuma prática de nossos dias.

A Lei - "Até Que Viesse o Descendente"

É óbvio que não podemos iniciar um tratamento de toda a amplitude da lei num artigo breve como este.  Já que o tema em que este artigo se encaixa é o propósito eterno de Deus, restringiremos os nossos comentários referentes à lei, ao papel que ela desempenha no grande plano de Deus.

1.  Guia.  O Antigo Testamento deixa bem claro que a lei de Moisés foi dada para guiar os filhos de Israel no caminho da justiça.  O Salmo 119 inteiro dedica-se a ensinar essa idéia.  "Bem-aventurados os que guardam as suas prescrições e o buscam de todo o coração; não praticam iniqüidade e andam nos seus caminhos" (Salmo 119:2-3). Nos discursos maravilhosos de Moisés nas planícies de Moabe (registrados em Deuteronômio), ele falou sobre os mandamentos de Deus:  "Guardai-os, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão:  Certamente, este grande povo é gente sábia e inteligente.  Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o Senhor, nosso Deus, todas as vezes que o invocamos?  E que grande nação há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que eu hoje vos proponho?" (Deuteronômio 4:6-8). O objetivo da lei, então, era fazer o bem.  "O Senhor nos ordenou cumpríssemos todos estes estatutos . . . para o nosso pérpetuo bem" (Deuteronômio 6:24).

2.  Entendimento do caráter de Deus.  Sempre foi o desejo de Deus que seus filhos participassem de sua natureza divina (2 Pedro 1:4).  Para isso, entretanto, seus filhos tinham de conhecer o caráter do Pai.  Antes de Jesus vir e manifestar a vida que estava com o Pai (1 João 1:2), Deus manifestou na lei o seu caráter. Deus disse a Israel que, para que Deus fosse seu Deus e Israel fosse o povo de Deus, Israel teria de obedecer aos mandamentos e aos estatutos divinos.  Deus não exigia essa obediência como algo arbitrário; exigia-a porque a obediência de bom grado e com amor de sua lei por parte do povo o tornaria o tipo de povo que poderia ser o seu povo.  Mas a obediência do povo não se concretizava.  A maior parte de Israel não enxergava a lei como um guia para mostrar-lhe o caráter de Deus, o qual eles deviam imitar, e essa é a principal razão de Israel violar a sua aliança com Jeová (Jeremias 11:3-6, 10).

3.  Santidade.  A lei tinha por objetivo ensinar importantes lições ao povo de Deus.  Uma das lições era a santidade de Deus, a qualidade especial de Deus oriunda de seu caráter singular.  Não havia Deus como Jeová. Para que os homens sejam povo de Deus, devem também ser santos.  Em Levítico 18-26, pelo menos 43 vezes Deus diz:  "Faça isso porque eu sou Jeová".  O que queria dizer era:  "Serei santificado [considerado especial] no meio dos filhos de Israel:  Eu sou o Senhor, que vos santifico" (Levítico 22:32).  Enquanto permaneceu essa santidade recíproca, Deus disse:  "Andarei entre vós e serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo" (Levítico 26:12).  Em Levítico, Deus também ensinou a idéia de que a purificação da contaminação acontecia por meio da limpeza, ao passo que a santidade se preservava por estar em harmonia com a vontade de Deus.  O homem é imundo quando viola a lei de Deus.

4.  Perdão.  A lei de Moisés realmente ensinava o perdão e dava condições para que ele existisse (Levítico 4:20, 26, 31, 35; 5:10, 13, 16, 18).  Quando Israel pecava, havia estipulações que tinham de cumprir para alcançarem o perdão.  Aliás, a maior lição ensinada no monte Sinai, na rebelião de Israel, foi que Deus e o homem só podem habitar juntos porque Deus é um Deus de misericórdia e está disposto a perdoar (Êxodo 32:7, 9-10; 32:30-35; 33:3; 34:9). Os sacrifícios de animais, prescritos na lei, não conseguiam, por si só, apagar a culpa do homem (Hebreus 10:4), mas a oferta daqueles sacrifícios era um ato de fé S fé na redenção que Deus prometeu.  Ainda que o Cristo só fosse visto com dificuldade na lei, a promessa de sua chegada já estava firmemente arraigada e continuava a ser mais claramente prenunciada ao longo de todo o período restante do Antigo Testamento.  A fé exercida pelo povo quando este oferecia os sacrifícios exigidos por Deus era basicamente a fé no redentor escolhido por Deus. O povo recebia o perdão quando oferecia os sacrifícios, mas havia uma dívida a ser paga por ter deixado impunes os pecados cometidos anteriormente, pela tolerância de Deus, e foi Jesus quem pagou essa dívida (Romanos 3:25).

5.  Guardião.  A lei servia de professor, na verdade de paidagogos, em geral um escravo que cuidava dos filhos de seu senhor, para contar ao pai qualquer procedimento repreensível que fosse necessário ser tratado pelo pai.  A lei era formulada por causa da transgressão, ou seja, para tratar da transgressão, ou, como afirma Robertson Nicoll:  "Para acabar com o culto aos falsos deuses, com a idolatria, com a blasfêmia, com a violação do sábado, com a desobediência aos pais, com o assassínio, com o adultério, com o roubo, com o falso testemunho, com a inveja". Para os judeus, a lei existia para conscientizá-los do pecado, do que era o pecado e para impedir-lhes de pecar. Os problemas que os judeus tinham com a lei e os problemas que os escritores do Novo Testamento tiveram de tratar não provinham da lei na forma que Deus a deu, mas originava-se na lei distorcida pelo homem, o qual buscava torná-la em algo que jamais foi ensindo por cristo.

quarta-feira, 12 de março de 2014

A Aliança Perpétua do Sábado É para Todos e para Sempre?

Alguns grupos religiosos hoje insistem que os cristãos devem guardar o sábado, o descanso do sétimo dia ordenado por Deus no Antigo Testamento. Frequentemente citam versículos como este para apoiar seus argumentos: “Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre” (Êxodo 31:16-17). Parece simples e claro. O sábado é uma aliança perpétua que deve ser guardada para sempre. Mas antes de trazer a lei do sábado para os dias de hoje, vamos considerar alguns fatos: (1) A lei do sábado foi dada aos filhos de Israel, descendentes físicos de Abraão, Isaque e Jacó. Leia de novo a citação acima e considere trechos como Êxodo 35:1-3 e Neemias 9:7-15 que mostram, também, que a lei do sábado foi dada aos israelitas. (2) “Perpétua” nem sempre significa eterna. Uma pesquisa sobre o uso da palavra perpétua no Antigo Testamento mostra que ela, muitas vezes, descreve coisas que iam permanecer por muito tempo, mas não para todas as épocas. Israel ia possuir perpetuamente a terra prometida (Gênesis 17:8; 1 Crônicas 16:15-18), mas a perdeu por causa da rebeldia. A circuncisão foi dada como aliança perpétua (Gênesis 17:13), mas ela foi anulada por Deus posteriormente (Gálatas 5:1-6). Vários sacrifícios, ofertas e cerimônias foram obrigações perpétuas (Êxodo 25:30; 29:28; Levítico 24:8-9; 2 Crônicas 2:4), mas não têm lugar no Novo Testamento (Hebreus 10:1). Ofertas foram dadas aos descendentes de Arão como direito perpétuo (Números 18:19), mas esse sacerdócio não existe mais. O sacerdócio da casa de Eli era perpétuo, mas foi interrompido por Deus (1 Samuel 2:30-31). Deus disse que seu nome estaria perpetuamente no templo em Jerusalém (2 Crônicas 7:16), mas este templo foi destruído por decisão divina! (3) As festas anuais, mensais e semanais (os sábados) dos israelitas foram sombras que perderam seu valor quando Jesus morreu na cruz e deu sua nova aliança (Colossenses 2:13-17).  (4) No Novo Testamento, os cristãos se reuniam no primeiro dia da semana para participar da Ceia do Senhor (Atos 20:7) e para servir a Deus (cf. 1 Coríntios 16:1-2). Domingo não é o sábado e não é governado pelas mesmas regras que Deus deu aos israelitas em relação ao sábado. Não é pecado andar, trabalhar, cozinhar, etc. no primeiro dia da semana, mas é um dia em que os servos de Deus separam tempo para se congregarem. Não devemos ser negligentes nesta prática (Hebreus 10:24-25). Nos cristãos não somos obrigados a guardar nem um dia específico, mas somente cristo. separamos o domingo não como mandamento mais como costume. O sábado e o domingo não é mandamentos no novo testamento e nem um outro dia específico, mas cristo tem quer ser guardado todos os dias pois ele é o nosso descanso físico e eterno.

A Revelação de Deus: Uma Vista Panorâmica da Bíblia

Deus criou o homem como um ser inteligente para ter comunhão com ele. De todas as criaturas, o homem é o único feito à imagem de Deus (Gênesis 1:27). Desde a criação, Deus tem desejado que escolhamos imitá-lo e estar com ele. Para fazer isso, precisamos saber quem ele é e o que ele deseja de nós. É por isso que Deus nos deu a Bíblia. Ela é a revelação de Deus para nos equipar para toda a boa obra (2 Timóteo 3:16-17). Ela começa com a história da criação, para nos mostrar o quanto Deus nos ama e o quanto ele quer que estejamos com ele. Ela também nos mostra o quanto ele odeia o pecado e a desobediência, as barreiras que nos separam de nosso Criador. Duas Grandes Divisões: O Velho E O Novo Testamentos A Bíblia é dividida em duas partes maiores, conhecidas como o Velho Testamento e o Novo Testamento. O Velho Testamento fala sobre a criação do homem e de suas lutas sem sucesso contra o pecado. Ele nos ajuda a ver o que é o pecado e a entender suas conseqüências, mas não revela completamente a solução (Romanos 3:19-23). O Novo Testamento dá a resposta ao problema do homem na pessoa de Jesus Cristo (Romanos 1:16-17). Apesar de que algumas pessoas ainda o rejeitem, ele é o único meio de salvação (Atos 4:11-12). Referimo-nos a essas partes da Bíblia como testamentos ou alianças, porque elas mostram como Deus revelou sua vontade a diversas pessoas em diferentes épocas. O Velho Testamento é principalmente sobre o povo de Israel, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Deus os escolheu como nação especial e fez um pacto com eles. Ele comunicou-lhes a lei no Monte Sinai e a entregou por intermédio de Moisés, seu servo fiel. Essa aliança foi dada para proteger o povo do mal enquanto ilustrava, muito claramente, a conseqüência mortal do pecado. Sem a informação que nos é dada no Velho Testamento, seria difícil entender as palavras de Paulo: "... porque o salário do pecado é a morte..." (Romanos 6:23). Hoje, entendemos muitas coisas importantes no Velho Testamento. Aprendemos sobre a natureza do Deus verdadeiro que governa o futuro e nunca quebra suas promessas (Romanos 15:1-4). Observamos os perigos da desobediência (1 Coríntios 10:1-13). Encontramos alguns detalhes do plano perfeito de Deus quando ele prepara o envio de seu Filho para nos salvar (João 5:39). Mas o Velho Testamento não foi destinado a ser a palavra final. Deus enviou mensageiros para entregá-lo, mas já estava preparado para enviar seu próprio Filho para dar a revelação completa e final de sua vontade para todos os homens (Hebreus 1:1-2). Jesus prometeu aos apóstolos que eles seriam guiados pelo Espírito Santo "... a toda a verdade..." (João 16:13). Eles serviram como "vasos de barro" para comunicar a verdade a todos os homens (2 Coríntios 4:7; Colossenses 1:23). Eles a escreveram nos livros que agora temos, denominado como Novo Testamento, e declararam que a fé havia sido entregue "... uma vez por todas... aos santos" (Judas 3). Ninguém tem o direito de acrescentar a esta revelação ou pregar qualquer outra doutrina (Gálatas 1:6-9). É errado ir além do que nos foi revelado na palavra de Cristo (1 Coríntios 4:6; 2 João 9). Para nos ajudar a entender e apreciar a mensagem da Bíblia, consideremos brevemente o conteúdo dos 66 livros dos quais ela se compõe. Se você é um estudante novo, estas notas o ajudarão a saber um pouco sobre o contexto de cada livro. Se você já estudou cuidadosamente toda a Bíblia, estas observações o ajudarão a relembrar a beleza e a unidade de sua mensagem. O Velho Testamento: 39 Livros Apontando para o Cristo Podemos dividir o Velho Testamento em quatro categorias de livros.

Cinco Livros da Lei, Também Conhecidos como o Pentateuco Gênesis fala da criação do universo e de sua corrupção pelo pecado. Esse livro começa a contar como Deus enviaria um descendente de Abraão para salvar os homens de seus pecados. Êxodo continua a história da família de Abraão, conhecida como o povo de Israel. Depois de quatro séculos no cativeiro egípcio, esse povo foi salvo por Deus e eleito como seu povo especial. Esse livro conta o começo de sua jornada em direção à terra prometida de Canaã, e registra os mandamentos que Deus deu a Moisés e aos israelitas no Monte Sinai. Os próximos três livros, Levítico, Números e Deuteronômio continuam a mesma história, terminando com a morte de Moisés pouco antes do povo entrar na terra prometida.

Doze Livros de História, Após a morte de Moisés, Josué conduziu o povo na conquista da terra que Deus tinha entregue a eles. Depois que Josué morreu, o Senhor usou uma série de Juízes para salvar os israelitas, repetidamente, das conseqüências de seu próprio pecado. O pequeno livro de Rute é uma linda história do amor e da lealdade ocorrida nesse período de tempo. 1 Samuel é um livro de transição no qual lemos sobre o fim do período dos juízes e sobre o começo da monarquia em Israel. 2 Samuel, 1 e 2 Reis e 1 e 2 Crônicas falam dos reis que reinaram sobre os descendentes de Abraão. Alguns foram muito bons e piedosos, mas alguns foram tiranos egoístas. O povo seguiu seus líderes ímpios e persistiu na idolatria. Deus foi paciente durante longo tempo, mas finalmente usou forças estrangeiras para derrotar e levar o povo em cativeiro. Esdras, Neemias e Ester falam desse cativeiro e também como Deus libertou o povo e permitiu-lhe voltar à sua própria terra.

Cinco Livros de Sabedoria "O temor do Senhor é o princípio do saber…" (Provérbios 1:7). Essa é a mensagem ressaltada através dos cinco livros que chamamos livros de sabedoria ou poesia. Jó é um livro sobre o sofrimento. Pessoas justas sofrem, sim, e nem sempre sabem o porquê. Mas, podemos sempre confiar em Deus quando enfrentamos dificuldades. Os Salmos são cânticos de louvor que foram usados freqüentemente no templo ou na adoração individual. Eles glorificam a grandeza e a misericórdia de Deus. Provérbios são breves afirmações de sabedoria prática. Aqui aprendemos como conviver com outras pessoas e a importância de se preparar para a eternidade. Eclesiastes fala da busca de um homem pelo significado da vida, e conclui que não há significado nenhum longe do Criador. Cântico dos Cânticos é uma história de amor. Uma mulher jovem precisa escolher entre o conforto com um homem rico e o amor completo de um pobre.

Dezessete Livros de Profecia, Os livros restantes do Velho Testamento são mensagens enviadas por vários pregadores inspirados, conhecidos como profetas. Eles estão relacionados no mesmo período de tempo coberto pelos livros de história, e a maioria deles fala sobre os descendentes de Abraão. Esses livros incluem referências ocasionais ao futuro, especialmente profecias sobre a primeira vinda de Jesus Cristo. Os primeiros cinco desses livros, por serem eles geralmente mais longos, são conhecidos como os profetas maiores. Isaías escreveu cerca de 700 anos antes de Cristo e usou a queda de Israel (a maioria dos descendentes de Abraão) para advertir Judá (as tribos restantes) que precisavam arrepender-se. Jeremias veio cerca de 100 anos mais tarde e deu as advertências finais de Deus ao povo rebelde de Judá antes de sua queda. Ele também escreveu Lamentações, um livro de luto por causa da destruição de Jerusalém. Ezequiel e Daniel estavam entre os cativos de Judá. Eles instaram o povo a arrepender-se e assegurou-o de que Deus o resgataria de seu cativeiro.

Os 12 livros restantes do Velho Testamento são chamados Profetas Menores, porque são mais breves. Sua mensagem não é menos significativa. Alguns deles foram escritos por volta do tempo das quedas de Israel (Amós, Oséias e Miquéias) e de Judá (Sofonias e Habacuque). Joel adverte o povo de Judá quanto à necessidade de arrependimento. Jonas e Naum falam das conseqüências dos pecados do povo de Nínive e Obadias adverte os edomitas sobre sua punição iminente. Os últimos três profetas do Velho Testamento (Ageu, Zacarias e Malaquias) encorajaram o povo que havia retornado do cativeiro a servir a Deus fielmente. O Novo Testamento: 27 Livros que Mostram como Seguir a Jesus Podemos dividir o Novo Testamento também em quatro categorias maiores, baseadas no conteúdo dos livros.

Quatro Livros Sobre a Vida de Cristo, Os primeiros quatro livros do Novo Testamento são relatos biográficos que registram a vida e o ensinamento de Jesus na terra. Cada livro (Mateus, Marcos, Lucas e João) salienta pormenores diferentes da vida do Senhor. Para melhor entendimento, eles devem ser estudados juntos.

Um Livro Sobre a Obra dos Cristãos Primitivos, O livro de Atos fala das obras dos cristãos primitivos (especialmente Pedro e Paulo) durante cerca de 30 anos depois da morte e ressurreição de Jesus.

Vinte E Uma Cartas aos Cristãos Paulo escreveu a maioria delas. Ele enviou diversas cartas a igrejas (Romanos, 1 e 2, Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses) e outras a alguns indivíduos cristãos (1 e 2 Timóteo, Tito e Filemom). Não sabemos quem escreveu Hebreus, um livro extremamente valioso mostrando a supremacia de Cristo. Quatro discípulos de Cristo escreveram as cartas restantes que foram identificadas pelos nomes de seus autores: Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João e Judas.

O livro de Apocalipse foi escrito para confortar os cristãos perseguidos com a convicção que Cristo seria vitorioso sobre todos os seus inimigos. Esse livro nos ajuda a ver Cristo como ele verdadeiramente é: poderoso e triunfante sobre Satanás e seus a

"A Letra Mata, mas o Espírito Vivifica"

"A Letra Mata, mas o Espírito Vivifica" No seu contexto, esta linha de 2 Coríntios 3:6 expressa um contraste importante entre a impropriedade do sistema do Velho Testamento e a suficiência de Cristo para nos salvar do pecado. A "letra" representa o "ministério da morte, gravado com letras em pedras" que foi dado aos israelitas através de Moisés (3:7,3). O “Espírito” representa a nova aliança de Cristo, revelada através do Espírito Santo e escrita em nossos corações (3:3,4,6,8). É uma trágica e triste ironia que alguns professores de hoje estejam arrancando este versículo de seu contexto e destorcendo seu significado tão completamente que eles negam o verda-deiro ponto que Paulo está dando no texto. Algumas pessoas, quando confrontadas com o fato que suas doutrinas e práticas humanas não são aprovadas no Novo Testamento, são tão orgulhosas ou tão cegas, que não admitem seu erro. Em vez disso, elas atiram este versículo na face daquele que está salientando a importância de obedecer Cristo e sugerem que o estudo cuidadoso da Bíblia é inútil e até perigoso, "porque a letra mata, mas o Espírito vivifica". Que blasfêmia contra a palavra de Deus! No mesmo contexto de 2 Coríntios 3, Paulo enfatiza a importância da palavra revelada por Cristo. Ele destaca o valor da palavra de Deus (4:2), da verdade (4:2), do conhecimento da glória de Deus (4:6), da liberdade (3:17; veja João 8:32 para saber como encontramos esta liberdade), e de olhar no espelho que nos transforma (3:18; veja Tiago 1:23-25 para saber o que é este espelho). Há ainda mais uma triste ironia com este argumento, que não deveríamos estudar a Bíblia cuidadosamente porque "a letra mata". Em minha limitada experiência, as mesmas pessoas que mais freqüentemente usam 2 Coríntios 3:6 para fugir de suas responsabilidades de obedecer alguma instrução de Cristo são as mesmas que apelam para o Velho Testa-mento, para defender tais práticas o batismo infantil, ou a aspersão (em vez da imersão). Estas práticas não são autorizadas pelo Novo Testamento, como revelado pelo Espírito. Não temos nenhum direito para retornar à "letra" escrita em tábuas de pedra para fugir do ensinamento da nova aliança.

Precisamos estudar a Bíblia? Precisamos ser ensinados? 

Algumas igrejas e alguns líderes religiosos não incentivam o estudo da Bíblia, até dizem que a busca de conhecimento da palavra prejudica. Vamos considerar argumentos usados para desestimular o estudo das Escrituras, em contraste com as instruções da própria Bíblia.

1. Alguns afirmam que o crente não precisa de ensino, pois o Espírito o guia. Procuram apóio das Escrituras. Por exemplo, João diz “Não tendes necessidade de alguém que vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas...” (1 João 2:27). Olhando melhor o contexto, percebemos que João alerta os discípulos sobre o perigo de deixar a verdade que já aprenderam para seguir enganadores (1 João 2:26-28). Alguns aplicam às pessoas erradas as orientações que Jesus deu aos apóstolos: “O Espírito Santo ... vos ensinará todas as coisas” (João 14:26); “ele vos guiará a toda a verdade” (João 16:12); “não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque ... vos será concedido o que haveis de dizer, visto que não sois vós os que falais, mas o Espírito ... que fala em vós” (Mateus 10:19-20). O Espírito revelou o evangelho direta-mente aos apóstolos, mas eles deixaram esta mensagem escrita para as gerações posteriores (João 20:30-31; Hebreus 2:1-4; 2 Pedro 1:12-15). A pessoa que não estuda negligencia a palavra de Deus!

2. Alguns dizem que o estudo é perigoso, porque “a letra mata”. Uma tática para fugir do ensinamento da Bíblia é citar 2 Coríntios 3:6 – “a letra mata, mas o espírito vivifica”. Mas o contexto mostra que a “letra” representa a Antiga Aliança, e o “espírito”, a mensagem do Novo Testamento. Devemos estudar para ter a vida!

3. Muitos desestimulam o estudo para manter seu poder sobre os “leigos”. Os sacerdotes e fariseus, na época de Jesus, desprezaram as pessoas comuns (João 8:49), e muitos líderes hoje usam seus diplomas e títulos para manter suas posições de superioridade. E muitas ovelhas se contentam com a própria ignorância, exaltando seus líderes. Mas Jesus não quer seus seguidores ignorantes”! “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32); O evangelho “é o poder de Deus para a salvação” (Romanos 1:16); “a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 10:17); “tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine” (Hebreus 5:12); “acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma.... Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar” (Tiago 1:21-25). As Escrituras servem para nos ensinar e nos habilitar para toda boa obra (1 Timóteo 3:16-17). Devemos estudá-las com diligência.