sábado, 7 de agosto de 2021

#20. BUDISMO: (NMR=novos movimentos religiosos e DCNB=denominações cristãs não bíblicas)...

20.1. ORIGEM E FUNDAÇÃO: Sidharta Gautama ("Buda" [o iluminado]). Fundado por volta do 6º séc. a.C., na Índia. Sidarta era filho de um príncipe indiano que decidiu romper com a opulência e o luxo palaciano, e viver de acordo com estritas regras de autodomínio.

20.2. TEXTOS NORMATIVOS: O Tripitaka (Os três cestos), Sutra de Lótus. O mais antigo escrito estruturado é o chamado Canon Pali, organizado por seguidores do Buda original. 

20.3. DEUS: O budismo, diferentemente das religiões monoteístas, não acredita em um Deus pessoal, quando indagados sobre onde está deus, os budistas apontam para si mesmo dizendo que Deus está em todos os lugares, inclusive no próprio homem. Mas Buda não negou a existência dos deuses, e sim a sua imanência (contato interativo direto com a realidade física). Outros budistas acreditam em uma realidade transcendente, que é compreendida como a "natureza de Buda" que tudo permeia.

20.4. JESUS: Jesus Cristo é indiferente para o budismo como líder religioso; a posição ocupada por ele poderia ser ocupada por qualquer um de nós. Os budistas do Ocidente (budismo mahayana) geralmente veem Jesus como um homem que alcançou um estado de elevação espiritual (um "Bo-disatva", alguém que possuía um amor sacrificial tão elevado que abriu mão de sua própria autoiluminação para auxiliar outros, em sua existência terrena, a o alcançarem). 

20.5. ESPÍRITO SANTO: Assim como no hinduísmo, não existe nenhuma concepção teológica do budismo que pareça com a doutrina do Espírito Santo no cristianismo. Por não existir nenhum tipo de imanência na criação, faz-se desnecessária a existência de um ser como o Espírito Santo.

20.6. SALVAÇÃO: O objetivo da vida é alcançar o estado de progresso e autoiluminação (estado de Buda), para eliminar todos os desejos perniciosos, evitando assim qualquer tipo de sofrimento. Temos que compreender as quatro grandes verdades e seguir, a partir dessa compreensão, o "óctuplo caminho" em busca de nossa autorrealização.

20.7. MORTE: As pessoas não possuem uma alma ou espírito pessoal, ou individual (atman, segundo o hinduísmo). Portanto, o que continua em uma próxima existência não é a própria pessoa que partiu, mas sua "consciência" que renasce (se houver uma necessidade cármica) em um ser híbrido, que não é completamente o ser que morreu, nem completamente um novo ser. Nossas tendências e processos mentais continuam (anatman), nosso "eu" individual não. Assim podemos habitar em qualquer um dos seis reinos de acordo com o nosso estado mental e desejos que fluem através de nossas existências.

20.8. OUTRAS CRENÇAS: Rezas repetidas (mantras) cuja finalidade é a união harmônica com o universo. Oferendas e rituais. É dividido assim como o islamismo em duas principais correntes de pensamento: Mahayana (grande veículo), ou o caminho de muitos, e Hinayana (pequeno veículo), ou o caminho de poucos.

(NMR=novos movimentos religiosos e DCNB=denominações cristãs não bíblicas) 

#19. HINDUÍSMO: (NMR=novos movimentos religiosos e DCNB=denominações cristãs não bíblicas)

19.1. Origem e fundação: Oriundo dos povos milenares indo-europeus (arianos) que se instalaram nas margens do rio Indo, a religião hindu não possui fundador. Seus fundamentos doutrinários abrangem um período que vai de 1800 a 1000 a.C.

19.2. Textos normativos: Os textos mais importantes são: O maha bharata ("A grande dinastia de Bárata"), os Vedas ("conhecimento"), Upa nishads ("Sentar-se próximo") e a obra mais popularizada no ocidente, o Bhagavad-Gita ("cântico do senhor [Krishna]"). Todas as obras contam os mitos, histórias, rituais, cânticos e liturgia da vasta religião hindu.

19.3. Deus: Panteísmo absoluto (Deus é a soma do todo). Todas as formas de vida possuen uma partícula da divindade (atman). Portanto, somos naturalmente divinos, necessitando, assim, não alcançar o perdão de nossos pecados, mas da eliminação da ignorância da existência de nosso estado divino, o qual não percebemos.

19.4. Jesus: O hinduísmo antigo não faz referência a Jesus Cristo, mas a tendência do moderno é vê-lo como um mestre, ou mesmo um avatar (reencarnação de um deus). A morte dele não possui nenhum significado soteriológico (salvífico). Ele é considerado por muitos hindus como um mahatman (grande alma).

19.5. Espírito Santo: Não existe nenhuma crença religiosa relacionada ao Espírito Santo dentro do sistema hinduista.

19.6. Salvação: Libertação do ciclo de múltiplas reencarnações ("Sam sara" [roda cíclica das existências]) alcançando a "Moksa" (cessação do ciclo de reencarnação), recebida por meio da prática contínua da Yoga e meditação. A salvação final é a união com o "Absoluto" (Brahman), ocasionando a libertação de qualquer tipo de existência pessoal.

19.7. Morte: Um período transicional entre nossas múltiplas reencarnações. A reencarnação a formas de vida superior ou inferior (metempsicose) está completamente interligada ao tipo de existência que tivemos na vida anterior. O equilíbrio dos carmas (débitos) definirá o tipo de forma que deveremos assumir no próximo estágio de nossa evolução espiritual até o fim do ciclo de existência, onde seremos definitivamente uma parte impessoal no todo.

19.8. Outras crenças: Períodos diferentes de vida devocional, incluindo obediência aos mestres e o uso de roupas com cores distintas para demonstrar o estágio em que se encontra o hindu. A cor da túnica definirá a sua função religiosa. A cada 12 anos ocorre o famoso festival Kumbh Mela, por meio do qual os participantes acreditam que podem se purificar de seus pecados com um banho no rio Ganges. Acreditam que todas as milhares de divindades hindus são expressões de uma única divindade absoluta (Brahman). Defendem uma visão cíclica da existência universal dividida em quatro eras (yugas).


(NMR=novos movimentos religiosos e DCNB=denominações cristãs não bíblicas) 

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

#18. JUDAÍSMO (NMR=novos movimentos religiosos e DCNB=denominações cristãs não bíblicas)

18.1. Origem e fundação: Moisés, cerca de 1500-1450 a.C., no Sinai. Apesar da maioria das pessoas pensar no judaísmo como uma religião única, a maior parte da fé judaica atualmente está dividida em vários ramos discordantes entre si: 
1.1 Ortodoxo, 
1.2 Conservador, 
1.3 Reformado, 
1.4 Reconstrucionista, 
1.5 Chassidico e Secular, cada um com várias práticas e crenças distintas.

18.2. Textos normativos: O Tanach (Primeiro Testamento), o Talmude (explicação do Tanach) e as interpretações baseadas na hermenêutica dos pensadores do judaísmo medieval (Maimônides, Rashi, Ibn Ezra etc.).

18.3. Deus: Encontra-se no judaísmo desde o conceito ortodoxo de Deus que o apresenta como um ser pessoal, espiritual, eterno, virtuoso etc., até um conceito humanista e liberal de um deus impessoal, incognoscivel, universal nos moldes panteístas. Não existe Trindade de nenhuma maneira.

18.4. Jesus: Jesus é visto como um falso mestre pelos judeus ortodoxos, um embuste gerador de ódio e perseguição ao longo dos anos que decorreram a sua morte. Alguns judeus mais liberais o consideram um grande mestre, mas não o Messias no sentido bíblico. Os únicos judeus inclinados à aceitação de Jesus como o Messias são os "messiânicos" (que, na verdade. na sua grande maioria, não são judeus [pois aceitam a sua messianidade] e nem são cristãos [pois negam sua divindade]). Os judeus ortodoxos ainda aguardam a implantação da era messiânica, quando YHVH enviará o seu representante, o Messias.

18.5. Espírito Santo: A vasta tendência é interpretar o Espírito Santo como sendo apenas um tipo de influência impessoal de YHVH (Deus) na terra, ou algum tipo de virtude. Nunca é interpretado como um ser pessoal que compõe algum tipo de Trindade.

18.6. Salvação: Baseada completamente nos rituais e crenças judaicos. tornando, portanto, a ideia da graça, como apresentada no cristianismo inexistente. As boas ações são importantes para a salvação. Outros possuem uma visão de salvação mais global, mais voltada para um tipo de universalismo, ou a evolução social.

18.7. Morte: O judaísmo, por rejeitar o NT, é muito pobre de conceitos acerca da vida após a morte ou do período de transição entre a morte e a ressurreição, cabendo não às Escrituras a resposta, mas às conjecturas dos rabinos. Alguns acreditam na inconsciência após a morte, e muitos outros são reencarnacionistas. Mas uma crença comum é de que o estado inter mediário se dá em um período de aproximadamente 12 meses, nos moldes de algo como o purgatório católico.

18.8. Outras crenças: Seguem as festividades religiosas anuais: Rosh Roshaná, Páscoa, Sukot, Yom Kippur, Purim etc. Há uma enorme tendência à aceitação de doutrinas místicas (cabalísticas) e esotéricas, sujeitando o Tanach a tais interpretações. Muitos reconhecem o Messias não como uma pessoa, mas como um período de paz e progresso global. Usam aparatos como talit (xale de orações), tefilin (caixinhas pequenas com textos bíblicos) na mão, e sobre a testa, o kipá (pequeno tipo de chapéu sem abas que simboliza a posição elevada de YHVH sobre nós).

Como o judaísmo não é uma religião que expressa uma crença periférica rígida, podemos encontrar grupos judaicos que não seguem rituais específicos encontrados em alguns dos outros grupos participantes do judaísmo. Por isso que muitos pesquisadores não se referem à religião Judaica como judaísmo, mas "judaismos", por causa de suas múltiplas expressões ritualísticas e doutrinárias.

(NMR=novos movimentos religiosos e DCNB=denominaçãos não bíblicas

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

CCB... CULTURA E ESTUDOS SÃO IGNORADO!

Os adeptos da Congregação Cristã no Brasil defendem a idéia de que o ancião, que é o líder da igreja local, não precisa de nenhum tipo de estudo para pregar o evangelho. Dizem que todo o conhecimento necessário é dado diretamente pelo Espírito Santo. Afirmam que estudar é adquirir a sabedoria do mundo e não a divina. 
O texto básico deles é Mateus 10.19,20, mas quando se analisa essa passagem com cuidado, dentro de seu contexto, verifica-se que não há nenhuma idéia ou sugestão para que o crente relaxe em seu estudo e em seu conhecimento da verdade. Essa passagem se refere à maneira como o cristão deve se comportar no momento da provação, no caso de vir a ser entregue aos tribunais e à presença de autoridades governamentais.

Citam o exemplo dos apóstolos, querendo afirmar com isso que eram leigos, indoutos e iletrados. Isso, entretanto, não é verdade. Pedro, um dos mais simples, não só conhecia textos do Antigo Testamento como também ouviu de Jesus Cristo, o Mestre dos Mestres, todos os ensinamentos necessários antes de iniciar o seu ministério terreno. Paulo, era um dos maiores eruditos e intérpretes da lei em sua época; depois de ser batizado ele ficou por três anos em meditação e reflexão no deserto da Arábia, para depois iniciar o seu ministério (Gl 1.16- 18). Quando estava preso em Roma, pediu ao seu amigo Timóteo que lhe trouxesse os livros, especialmente os pergaminhos (2 Tm 4.13). Paulo de forma alguma rejeitava consultar, além da “Bíblia” de sua época, os livros disponíveis que estavam ao seu dispor. Em 2Timóteo 3.8 cita dois nomes que não se acham no Antigo Testamento. Onde Paulo os teria encontrado, senão na literatura extra-bíblica? Há inúmeros outros versículos bíblicos que enfatizam que o cristão deve buscar maior conhecimento através da leitura, do estudo e de outras formas de aprendizagem (Pv 9.9; Mt 13.52; 2 Tm 2.15).

Além de tudo isso, os adeptos da Congregação se esquecem que se eles possuem a Bíblia em mãos hoje, é porque um grupo de homens se dedicou ao estudo, às letras, à cultura, para traduzir a Bíblia para o nosso idioma. Para traduzir a Bíblia é necessário estudar Grego, Hebraico e Português com muita profundidade. O próprio Hinário que eles usam em seus cultos contém hinos escritos por grandes estudiosos que não pertenciam a Congregação Cristã no Brasil, é claro; pertenciam a igrejas como a Metodista, Batista, Presbiteriana e Luterana, por exemplo.
É claro que Deus pode chamar uma pessoa sem estudo e sem muita cultura para pregar o evangelho; isso, entretanto, não impede que ela estude e se prepare para proclamar a boa nova de salvação. Deus nos usa em nossas fraquezas e limitações, mas nunca a mente preguiçosa. A sabedoria, ungida e usada pelo Espírito Santo de Deus é uma bênção; a ignorância, ao contrário, leva a erros e afirmações ridículas, rebaixando a obra do Criador e criando absurdos e heresias.

Fonte: seitas e heresias do nosso tempo. 

domingo, 1 de agosto de 2021

#16, 17. Resumo das Crenças fundamentais das mais populares religiões e "Seitas" (NOVOS MOVIMENTOS RELIGIOSOS E DENOMINAÇÕES CRISTÃS NÃO BÍBLICAS)...

17. ISLAMISMO 

17.1. Origem e fundação: Mohamed (Maomé), o profeta (579-632 d.C.). Surgiu por volta de 610 d.C., em Meca e Medina. A sede se encontra na Arábia Saudita. As divisões principais são: sunitas (aqueles que creem tanto nos ensinos do Corão como nas Sunas-tradições da vida do profeta) e xiitas (aqueles que creem apenas nos ensinamentos do Corão).

17.2. Textos normativos: Alcorão, Hadith ou Sunas (as palavras e obras de Maomé [tradições da vida do profeta]). A Lei de Moisés (Pentateuco), os Salmos e o "Evangelho" (não os quatro evangelhos bíblicos, mas, sim, o evangelho apócrifo de Barnabé e trechos dos evangelhos canônicos que pareçam defender suas crenças). Acreditam que os Evangelhos foram adulterados pelos cristãos, tornando os, portanto, incapazes de apresentar uma figura autêntica do profeta Jesus.

17.3. Divindade: Alá é o único Deus e não se manifesta por meio de nenhum tipo de Trindade. Ele revelou o Corão a Maomé por intermédio do anjo Gabriel. Alá trata com severidade seus seguidores, e entre os "melhores nomes" (noventa e nove atributos de Alá) não se encontra o de Pai amoroso.

17.4. Jesus: Jesus é apenas mais um entre os aproximadamente 124 mil profetas enviados por Alá (Deus) a todos os povos. Adão, Abraão e Moisés são alguns dos principais profetas. Jesus nasceu de uma virgem, mas não é o Filho de Deus como pensam os cristãos. Não possui nenhum nível de divindade, e considerá-lo divino é um grande agravo a Alá. A crucificação foi um simulacro, portanto quem foi crucificado no lugar de Jesus foi Judas. Jesus, o Messias, foi levado aos céus sem provar a morte.

17.5. Espírito Santo: A tendência tanto entre leigos como entre eruditos é relacionar a ideia do "Espírito Santo" com o anjo Gabriel, que, além de trazer a mensagem da parte de Alá para Maria, também revelou o Corão ao profeta.

17.6. Salvação: A condição humana não é de total estado de pecaminosidade, pois os homens conseguem realizar ações morais de grande valor. Como não existe o "pecado original", depende do homem aproximar-se de Alá para, por sua submissão à doutrina do islā, obter a salvação de sua alma e o paraíso.

17.7. Morte: No período entre a morte e a ressurreição, os fiéis (muçulmanos) e os infiéis (descrentes) no túmulo (local intermediário segundo o islä) deverão responder às três perguntas feitas pelos anjos (Munkar e Nakir): Quem é o teu Senhor? Qual a tua religião? O que tens a dizer sobre esse homem (Mohamed)? Se as respostas forem satisfatórias, o fiel desfrutará de uma janela para sentir o "ar" e gozar das beatitudes do paraíso até a ressurreição final. Se as respostas não forem satisfatórias, o infiel sofrerá até o dia de sua ressurreição para depois ser julgado diante de Alá.

17.8. Outras crenças: Possui cinco pilares de fé (arkan), que devem ser mantidos por todos os adeptos do Islã. Os pilares são: Shahada (professar o credo de que existe um único Deus e que Mohamed é o seu mensageiro); Salat (orar cinco vezes ao dia); Zakat (contribuir anualmente com 2,5 de seus rendimentos para auxiliar os necessitados); Saum (jejum anual no mês de Ramada [mês mais importante do calendário islâmico por ter sido nesse mês que, segundo o Islã, Mohamed recebeu o Corão]); e Hajj (peregrinação pelo menos uma vez na vida, se houver condições físicas e financeiras, à cidade sagrada de Meca). Outra doutrina é a do Jihad, que implica qualquer ato de esforço para a expansão do islã, mesmo que dentro desse ato de "esforço" esteja o conceito de "guerra santa",