20.1. ORIGEM E FUNDAÇÃO: Sidharta Gautama ("Buda" [o iluminado]). Fundado por volta do 6º séc. a.C., na Índia. Sidarta era filho de um príncipe indiano que decidiu romper com a opulência e o luxo palaciano, e viver de acordo com estritas regras de autodomínio.
20.2. TEXTOS NORMATIVOS: O Tripitaka (Os três cestos), Sutra de Lótus. O mais antigo escrito estruturado é o chamado Canon Pali, organizado por seguidores do Buda original.
20.3. DEUS: O budismo, diferentemente das religiões monoteístas, não acredita em um Deus pessoal, quando indagados sobre onde está deus, os budistas apontam para si mesmo dizendo que Deus está em todos os lugares, inclusive no próprio homem. Mas Buda não negou a existência dos deuses, e sim a sua imanência (contato interativo direto com a realidade física). Outros budistas acreditam em uma realidade transcendente, que é compreendida como a "natureza de Buda" que tudo permeia.
20.4. JESUS: Jesus Cristo é indiferente para o budismo como líder religioso; a posição ocupada por ele poderia ser ocupada por qualquer um de nós. Os budistas do Ocidente (budismo mahayana) geralmente veem Jesus como um homem que alcançou um estado de elevação espiritual (um "Bo-disatva", alguém que possuía um amor sacrificial tão elevado que abriu mão de sua própria autoiluminação para auxiliar outros, em sua existência terrena, a o alcançarem).
20.5. ESPÍRITO SANTO: Assim como no hinduísmo, não existe nenhuma concepção teológica do budismo que pareça com a doutrina do Espírito Santo no cristianismo. Por não existir nenhum tipo de imanência na criação, faz-se desnecessária a existência de um ser como o Espírito Santo.
20.6. SALVAÇÃO: O objetivo da vida é alcançar o estado de progresso e autoiluminação (estado de Buda), para eliminar todos os desejos perniciosos, evitando assim qualquer tipo de sofrimento. Temos que compreender as quatro grandes verdades e seguir, a partir dessa compreensão, o "óctuplo caminho" em busca de nossa autorrealização.
20.7. MORTE: As pessoas não possuem uma alma ou espírito pessoal, ou individual (atman, segundo o hinduísmo). Portanto, o que continua em uma próxima existência não é a própria pessoa que partiu, mas sua "consciência" que renasce (se houver uma necessidade cármica) em um ser híbrido, que não é completamente o ser que morreu, nem completamente um novo ser. Nossas tendências e processos mentais continuam (anatman), nosso "eu" individual não. Assim podemos habitar em qualquer um dos seis reinos de acordo com o nosso estado mental e desejos que fluem através de nossas existências.
20.8. OUTRAS CRENÇAS: Rezas repetidas (mantras) cuja finalidade é a união harmônica com o universo. Oferendas e rituais. É dividido assim como o islamismo em duas principais correntes de pensamento: Mahayana (grande veículo), ou o caminho de muitos, e Hinayana (pequeno veículo), ou o caminho de poucos.
(NMR=novos movimentos religiosos e DCNB=denominações cristãs não bíblicas)