sexta-feira, 6 de agosto de 2021

#18. JUDAÍSMO (NMR=novos movimentos religiosos e DCNB=denominações cristãs não bíblicas)

18.1. Origem e fundação: Moisés, cerca de 1500-1450 a.C., no Sinai. Apesar da maioria das pessoas pensar no judaísmo como uma religião única, a maior parte da fé judaica atualmente está dividida em vários ramos discordantes entre si: 
1.1 Ortodoxo, 
1.2 Conservador, 
1.3 Reformado, 
1.4 Reconstrucionista, 
1.5 Chassidico e Secular, cada um com várias práticas e crenças distintas.

18.2. Textos normativos: O Tanach (Primeiro Testamento), o Talmude (explicação do Tanach) e as interpretações baseadas na hermenêutica dos pensadores do judaísmo medieval (Maimônides, Rashi, Ibn Ezra etc.).

18.3. Deus: Encontra-se no judaísmo desde o conceito ortodoxo de Deus que o apresenta como um ser pessoal, espiritual, eterno, virtuoso etc., até um conceito humanista e liberal de um deus impessoal, incognoscivel, universal nos moldes panteístas. Não existe Trindade de nenhuma maneira.

18.4. Jesus: Jesus é visto como um falso mestre pelos judeus ortodoxos, um embuste gerador de ódio e perseguição ao longo dos anos que decorreram a sua morte. Alguns judeus mais liberais o consideram um grande mestre, mas não o Messias no sentido bíblico. Os únicos judeus inclinados à aceitação de Jesus como o Messias são os "messiânicos" (que, na verdade. na sua grande maioria, não são judeus [pois aceitam a sua messianidade] e nem são cristãos [pois negam sua divindade]). Os judeus ortodoxos ainda aguardam a implantação da era messiânica, quando YHVH enviará o seu representante, o Messias.

18.5. Espírito Santo: A vasta tendência é interpretar o Espírito Santo como sendo apenas um tipo de influência impessoal de YHVH (Deus) na terra, ou algum tipo de virtude. Nunca é interpretado como um ser pessoal que compõe algum tipo de Trindade.

18.6. Salvação: Baseada completamente nos rituais e crenças judaicos. tornando, portanto, a ideia da graça, como apresentada no cristianismo inexistente. As boas ações são importantes para a salvação. Outros possuem uma visão de salvação mais global, mais voltada para um tipo de universalismo, ou a evolução social.

18.7. Morte: O judaísmo, por rejeitar o NT, é muito pobre de conceitos acerca da vida após a morte ou do período de transição entre a morte e a ressurreição, cabendo não às Escrituras a resposta, mas às conjecturas dos rabinos. Alguns acreditam na inconsciência após a morte, e muitos outros são reencarnacionistas. Mas uma crença comum é de que o estado inter mediário se dá em um período de aproximadamente 12 meses, nos moldes de algo como o purgatório católico.

18.8. Outras crenças: Seguem as festividades religiosas anuais: Rosh Roshaná, Páscoa, Sukot, Yom Kippur, Purim etc. Há uma enorme tendência à aceitação de doutrinas místicas (cabalísticas) e esotéricas, sujeitando o Tanach a tais interpretações. Muitos reconhecem o Messias não como uma pessoa, mas como um período de paz e progresso global. Usam aparatos como talit (xale de orações), tefilin (caixinhas pequenas com textos bíblicos) na mão, e sobre a testa, o kipá (pequeno tipo de chapéu sem abas que simboliza a posição elevada de YHVH sobre nós).

Como o judaísmo não é uma religião que expressa uma crença periférica rígida, podemos encontrar grupos judaicos que não seguem rituais específicos encontrados em alguns dos outros grupos participantes do judaísmo. Por isso que muitos pesquisadores não se referem à religião Judaica como judaísmo, mas "judaismos", por causa de suas múltiplas expressões ritualísticas e doutrinárias.

(NMR=novos movimentos religiosos e DCNB=denominaçãos não bíblicas