terça-feira, 8 de janeiro de 2019

A inspiração divina

A inspiração divina

Lucas 1:1-4

A Bíblia não diz quem era Teófilo,
mas é fácil imaginar que pode ser qualquer um, inclusive eu e você.
O nome grego é composto por duas palavras, “Teo”, que
significa “Deus”, e “filo”, que é “amigo”. Se
você é amigo de Deus, então Teófilo é você. No livro de Atos, Lucas
continua escrevendo a Teófilo, portanto aquele livro é a
continuação deste evangelho.
A Bíblia é um conjunto de
livros, cada um trazendo o estilo característico de seu autor
humano e da inspiração divina. Deus não suprimiu as características
individuais dos instrumentos que inspirou, assim como o músico não
suprime as características do instrumento que toca — e todo músico
sabe que mesmo dois instrumentos idênticos emitem, cada um, o seu
som característico.
Como um jornalista em um trabalho
investigativo, Lucas fez uma pesquisa minuciosa, entrevistando
pessoas que conviveram com Jesus. Seu evangelho, o mais detalhado
dos quatro, foi escrito uns 30 anos após a morte e ressurreição de
Jesus, quando muitas testemunhas dos fatos ainda viviam. A hora era
perfeita para evitar a distorção causada pela tradição oral. Mas
será que isto quer dizer que o texto não é inspirado? Ao contrário,
isto mostra que Lucas não escreveu uma lenda, mas baseou-se em
fatos.
A prova da inspiração você descobre
nos detalhes impossíveis de serem conhecidos por Lucas ou seus
entrevistados. É o caso das impressões, sentimentos e eventos
reservados. Por exemplo, como Lucas iria saber que Zacarias e
Isabel “eram justos aos olhos de Deus”, se o próprio Deus não
tivesse lhe revelado esta impressão? Ou como poderia escrever da
angústia de Jesus em sua oração no Monte das Oliveiras? Ou de seu
suor, como gotas de sangue e do anjo que o confortava, se os
discípulos estavam dormindo e ninguém mais viu aquilo?
Veja que interessantes estas duas
citações de 1 Timóteo 5:18: “A Escritura diz: ‘Não amordace o
boi enquanto está debulhando o cereal’, e ‘o trabalhador merece o
seu salário’”. Paulo cita uma passagem do Antigo Testamento e
outra de Lucas 10, chamando ambas de “A Escritura”, termo
sempre usado para a Palavra de Deus. Paulo, que escreveu pouco
depois de Lucas, já atribuía ao seu texto o status de Sagradas
Escrituras. E Pedro, no capítulo 3 de sua segunda carta, chama de
“escrituras” também as cartas de Paulo.
Crer em Jesus implica crer também
na Bíblia como a Palavra de Deus. Afinal, como você teria conhecido
Jesus se não fosse pela revelação feita aos quatro evangelistas e
confirmada pelas epístolas dos apóstolos? Nos próximos 3 minutos
vamos conhecer Zacarias.
tic-tac-tic-tac...