Dispensações
2 Timóteo 2:15
A palavra grega usada para
dispensação significa literalmente “administração de uma
casa” ou “economia”. Na Bíblia tem o sentido de o modo
de Deus tratar com o homem de diferentes maneiras nas diferentes
épocas. No jardim do Éden Deus tratou com o homem em um estado de
inocência. De Adão e Eva exigia-se apenas obediência a uma única
ordem, havendo uma pena para o caso de falharem. E eles falharam ao
duvidarem de Deus e darem crédito a Satanás.
Com a queda o homem deixou de ser
inocente e se tornou responsável. Deus passou a tratá-lo com base
na consciência que o homem passou a ter do bem e do mal, muito
embora fosse incapaz de evitar o mal e não tivesse poder para
praticar o bem. Do mesmo modo como ocorreu com dispensação da
inocência, a dispensação da consciência terminou em ruína. A
degradação do ser humano chegou a tal ponto que Deus precisou
destruir o mundo com um dilúvio.
A única família salva foi a de Noé,
que inaugurou a dispensação do governo, por ter sido ele a primeira
pessoa a ser revestida por Deus de autoridade para julgar seus
semelhantes e aplicar a pena de morte quando necessário. Essa
dispensação terminou igualmente em ruína. A torre que os homens
construíram em Babel atraiu o juízo de Deus, que confundiu suas
línguas e os dispersou.
Veio então a dispensação da
promessa, quando Deus ordenou que Abraão saísse da terra dos
caldeus e fosse para uma terra que lhe seria dada por herança.
Abraão saiu tão somente por fé, sem saber qual seria o seu destino.
Aquela dispensação da promessa terminou em ruína, com seus
descendentes escravizados no Egito.
Após libertos da escravidão os
israelitas receberam a dispensação da Lei, que era na base da causa
e efeito: faça isso e viverá; faça aquilo e morrerá; obedeça e será
abençoado; desobedeça e será amaldiçoado. Mais uma vez o homem
fracassou e Deus inaugurou a dispensação da graça enviando o seu
Filho. Com a vinda de Jesus “Deus estava em Cristo reconciliando
consigo o mundo, não imputando aos homens as suas
transgressões” (2 Co 5:19).
A história do homem na terra
termina com a dispensação do Reino de Cristo durante o milênio. Ela
é também chamada de “dispensação da plenitude dos tempos”
(Ef 1:10). Se os profetas do Antigo Testamento olhassem para a
história da humanidade como uma linha numa folha de papel, eles não
conseguiriam ver uma parte que estaria escondida deles. Seria como
se a folha tivesse sido dobrada na dispensação da graça de Deus. O
que ficou escondido dos profetas do Antigo Testamento é o que
veremos nos próximos 3 minutos.
tic-tac-tic-tac...