terça-feira, 8 de janeiro de 2019

O Parêntese

O Parêntese

1 Tessalonicenses 4:16-17

O apóstolo João diz no primeiro
capítulo de seu evangelho que “a lei foi dada por Moisés; a
graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1:17). Ele
revela assim um novo modo de Deus tratar com o homem, e dentro
desse período vemos algo que não existia no Antigo Testamento e nem
nos evangelhos: a igreja.
Jesus revelou em Mateus 16 que iria
edificar a igreja em um tempo ainda futuro. Portanto a igreja não
existia no tempo dos evangelhos, quando ainda vigorava o judaísmo.
Se você fosse um discípulo de Jesus iria participar de todas as
atividades, festas e costumes do judaísmo. Se fosse homem seria
circuncidado, iria ao templo de Jerusalém, ofereceria sacrifícios
de animais, daria o dízimo, não comeria carne de porco, não
trabalharia no sábado, etc. Você não seria cristão; você seria
judeu.
Porém no capítulo 2 de Atos tudo
muda: o Espírito Santo vem habitar na terra — na igreja,
coletivamente, e em cada crente individualmente. Se o Filho de Deus
nunca tinha habitado na terra antes, o mesmo aconteceu com o
Espírito Santo. Com a morte, ressurreição e ascensão de Jesus, o
Consolador pôde descer conforme havia sido prometido para habitar
na terra, algo inédito até então. Deus colocava de lado a nação de
Israel para tratar com um povo novo: a igreja, formada por judeus e
gentios convertidos a Cristo. No passado Deus reconhecia a
existência de dois tipos de pessoas: judeus e gentios. Agora ele
reconhece três: judeus, gentios e igreja de Deus (1 Co 10:32).
O apóstolo Paulo, a quem foi
confiado esse segredo que nenhum dos profetas do Antigo Testamento
tinha previsto, também recebeu de Deus a revelação de que Israel
seria deixado de lado por um tempo. É o parêntese, o período em que
o relógio profético parou de bater até que termine o tempo da
igreja na terra. Paulo fala disso aos romanos: “Irmãos, não
quero que ignorem este mistério, para que não se tornem
presunçosos: Israel experimentou um endurecimento em parte, até que
chegasse a plenitude dos gentios” (Rm 11:25).
Quando o último membro for
acrescentado ao corpo, que é a igreja, terá sido atingido a
“plenitude dos gentios” e Cristo levará sua igreja para o
céu. “Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da
trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os mortos em
Cristo ressuscitarão primeiro. Depois disso, os que estivermos
vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o
encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para
sempre” (1 Ts 4:16-17).
Mas o que acontecerá aos que forem
deixados para trás nesse arrebatamento? É o que veremos nos
próximos 3 minutos.
tic-tac-tic-tac...