O Salvador de Maria
Lucas1:46-56
Quando Isabel termina seu cântico
bendizendo a Maria e ao fruto de seu ventre, é a vez de Maria dar
início ao seu belíssimo cântico, que lembra em muitos aspectos o
cântico de Ana, mãe do profeta Samuel, no Antigo Testamento. O
cântico de Maria não é de exaltação própria, mas de reconhecimento
de sua origem humilde e da graça que sobre ela foi derramada por
Deus, dando a ela o privilégio de abrigar em seu ventre Jesus, o
Salvador.
Suas primeiras palavras apontam o
caminho para qualquer um que queira se aproximar de Deus: Primeiro,
reconhecer e engrandecer o Senhor e, segundo, confessar sua
condição de pecador e necessitado de um Salvador. É o que Maria faz
ao dizer “a minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se
alegra em Deus, meu Salvador” (Lc 1:46). Maria não teria
chamado a Deus de “meu Salvador” se não necessitasse de
salvação como qualquer pecador. Eu acredito no que Maria disse, e
espero que você não esteja entre os que duvidam dela.
No Antigo Testamento você encontra
pelo menos três vezes a frase “não há quem não peque” (1 Rs
8:46; 2 Cr 6:36; Ec 7:20). Paulo cita uma dessas passagens na carta
aos romanos ao dizer: “Não há nenhum justo, nem um sequer; não
há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se
desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça
o bem, não há nem um sequer” (Rm 3:10-12). Ele está falando de
mim, de você, de Maria e de todos os seres humanos, com exceção de
Jesus, que não teve pai humano. Todos igualmente pecadores e
necessitados de chamar ao Senhor de “meu Salvador”.
Ao reconhecer-se necessitada de um
Salvador, Maria não incorre no pecado da mentira, do qual João fala
em sua primeira epístola: “Se afirmarmos que estamos sem pecado,
enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os
nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. Se afirmarmos que
não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua
palavra não está em nós” (1 Jo 1:8-10).
A pior coisa que alguém pode
afirmar é que não é pecador. Os fariseus eram assim, e mais tarde
Jesus diria a eles que “não são os que têm saúde que precisam de
médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar justos, mas pecadores
ao arrependimento” (Lc 5:31-32). Os que dizem que Maria era sem
pecado podem ter boa intenção, mas não têm base bíblica. Jesus é o
único que nasceu sem pecado e nem poderia pecar, por ser Deus e
Homem.
Nos próximos 3 minutos Isabel tem
um filho.
tic-tac-tic-tac...