quarta-feira, 18 de agosto de 2021

O sábado no livro de Atos dos apóstolos...

Introdução 
Quero analisar em amiúde todas as referencias no livro de Atos dos apóstolos onde a palavra sábado se encontra. Quero mostrar e de mostrar que em nem um lugar do livro de atos dos apóstolos o sábado não é norma para a igreja dos gentios, e que todos os textos que falam do sábado são descritivos e, portanto não podem ser usados para justificar a guarda do sábado pelas muitas referencias que se encontram no livro de Atos dos apóstolos. Vou analisar cada texto dentro do seu contexto imediato quando aparecer a palavra sábado. Quero evitar transformar um texto histórico e descritivo em normatividade para a igreja gentílica no livro de Atos dos apóstolos, pois os apóstolos de cristo no capitulo 15 de Atos evitaram isso em todas as suas cartas. Mas antes de comentar cada versículo que fala do sábado é importante verificar os grupos e pessoas que fazem parte da realidade de cada texto do livro de Atos, pois não podemos trocar as pessoas e grupos, pois cada texto foi escrito para grupos e pessoa especifica. No geral a bíblia classifica os povos em duas classes: 

1.1 - Os gentios, 
1.2 e depois os hebreus que saíram dentre os gentios quando Deus escolheu a família de Abrão.

1. Segui se os grupos

1.1 Os judeus – dentre os judeus temos vários grupos:

1.2 Os fariseus - Grupo ativo na política que se consolidou como partido sob João Hircano I (135—104 a.C.). Era um grupo leigo, não sacerdotal, rígido e legalista. Preservavam sua pureza pela observância rigorosa da lei. Procuravam difundir sua adesão à lei dando aulas nas sinagogas e nas escolas, e às vezes por meio do poder político. Aceitavam a tradição oral da interpretação da lei. 

Entre os hasidins mencionados em 1 Macabeus 2.42; 7.13 e 2Macabeus 14.6 provavelmente esta­vam os antecessores dos fariseus. Contudo, não sabemos praticamente nada sobre a diversidade ou homogeneidade dos hasidins ou sobre sua história posterior.
Tudo o que sabemos sobre os fariseus devemos a Josefo, ao Novo Testamento e a fontes rabínicas poste­riores, De acordo com Josefo, os fariseus eram um grupo ativo na política que se consolidou como par­tido sob João Hircano i (135— 104 a.C.). De acordo com os evangelhos, eles eram um grupo rígido e legalista, que Jesus rotulou de hipócrita. O livro de Atos mostra os fariseus como simpáticos ao testemunho cristão da ressurreição (5.34-39; 23.6-9) . De acordo com a Mishná e o Talmude, os fariseus foram os estudiosos e sábios do judaísmo, que tinham dedicado toda a sua vida a seguir os preceitos da Torá. Todavia, é difícil determinar quanto da tradição oral reunida na Mishná veio realmente do começo do primeiro século. 
O problema, por isso, está em decidir como usar esses vários recursos para construir nossa visão dos fariseus.
Pelo menos algumas coisas parecem claras. Os fariseus eram um grupo leigo, não sacerdotal. Preser­vavam sua pureza pela observância rigorosa da lei. 
Procuravam difundir sua adesão à lei dando aulas nas sinagogas e nas escolas, e às vezes por meio do poder político.
Os fariseus aceitavam a tradição oral da interpretação da lei (veja Mt 5 .21; Mc 7.3-13). A tradição oral preservava a jurisprudência dos sábios sobre como a lei devia ser aplicada a cada aspecto da vida diária. Os sábios diziam três coisas: “Seja incisivo no julgamento, faça muitos discípulos e levante uma cerca em tomo da lei”. A tradição oral servia, assim, como “cerca em torno da lei”, para que ninguém a transgredisse por ignorância. Os fariseus também criam em anjos e na ressurreição (veja At 23-6-8).
Durante o período dos asmoneus os fariseus eram politicamente ativos, mas parece que eles dirigiram sua atenção das questões políticas cada vez mais para assuntos como comunhão à mesa, detalhes do dízimo, leis agrícolas e aspectos de pureza, sob a influência de Hilel (por volta da época do nascimento de Jesus). Hilel, favorável a uma interpretação das Escrituras mais tolerante e livre, sofria a frequente oposição de seu contemporâneo Shamai, que defendia uma inter­pretação mais rígida, menos tolerante. De acordo com a tradição rabínica, certa vez alguém que não era judeu pediu a Hilel que lhe ensinasse toda a lei enquanto ouvia apoiado apenas sobre um pé. Hilel respondeu: “O que você detesta, não faça ao seu próximo; isso é toda a Torá; 
o resto é comentário”. Os primeiros fariseus também ensinavam que “o mundo é sustentado por três coisas: 
a lei, o culto [no templo] e atos de caridade”.
O coração do farisaísmo estava nas chaburot, asso­ciações religiosas que preservavam a pureza ritual, obedeciam às tradições orais, atendiam às necessidades da sinagoga e provavelmente tinham interesse em obras sociais. A escola de Shamai exigia do candidato um período de experiência de um ano, enquanto a escola de Hilel requeria que quem quisesse filiar se provasse que podia manter-se ritualmente puro por trinta dias. 
Depois desse tempo de experiência, o novo membro prestava juramento perante um líder da chaburã, geralmente um escriba, prometendo manter-se puro em todas as questões e dar o dízimo.
Além da sua organização interna e das suas regras de conduta, que previam a expulsão sob certas circuns­tâncias, as chaburot tinham assembléias e refeições comunitárias, que provavelmente se realizavam na sexta- feira à noite, quando começava o sábado. Os fariseus também se destacavam por seguir horas determinadas de oração e por recitar o Shemá (a confissão de fé básica do judaísmo, que consistia em Dt 6.4-9; 11.13- 21; Nm 15.37-41) pela manhã e à noite.
Depois da destruição do templo em 70 d.C., o farisaísmo destacou-se como o partido dominante no judaísmo e, entre as suas escolas, a de Hilel é a mais proeminente. Por isso, é um anacronismo avaliar o judaísmo do começo do primeiro século apenas consi­derando o ensino dos rabinos posteriores. O judaísmo do primeiro século era muito mais diversificado, contando com muitos grupos, costumes e ideais que com­petiam entre si por sobrevivência e influência. 

1.3 Os saduceus - O nome desse grupo remonta a Zadoque, sacerdote de Davi (2Sm 15.24-37). Os zadoqueus eram os sacerdotes que lideravam o culto em Jerusalém desde o tempo de Salomão. Estavam ligados a Simão II e Onias III, a linhagem sacerdotal legítima na época da revolta dos macabeus. Os zadoqueus opuseram-se aos reformadores que queriam a helenização de Jerusalém.

O nome desse grupo remonta a Zadoque, sacerdote de Davi (2Sm 15.24-37). Os zadoqueus eram os sacer­dotes que lideravam o culto em Jerusalém desde o tem­po de Salomão. Estavam ligados a Simão II e Onias III, a linhagem sacerdotal legítima na época da revolta dos “saduceus” podia ser aplicado a qualquer pessoa que se desviasse do padrão farisaico; por isso, é difícil determinar que princípios eles seguiam. Josefo menciona os saduceus pela primeira vez durante a época de João Hircano. Uma facção deles apoiou os asmoneus e retomou o controle do culto no templo. Os fariseus e os saduceus representavam duas maneiras diferentes de os judeus reagirem à pressão do helenismo — da adoção da cultura grega. Os saduceus, que geralmente eram aristocratas, tinham se adaptado até certo ponto à influência helenista. Protegiam com cuidado a prosperidade que obtinham do comércio com o mundo grego. Quanto à religião, eram conservadores, no sentido de sustentarem o templo e o sacerdócio e seguirem a fé tradicional das Escrituras hebraicas. Aceitavam apenas o Pentateuco como Escritura, e não os Profetas nem os Escritos. Diziam que a jurisprudência mais recente dos fariseus relativa à Torá era sem base, repressora, contrária à autoridade da lei escrita assim como aos melhores interesses do povo e da nação. Tam­bém não acreditavam em anjos nem na ressurreição. De acordo com josefo, fariseus e saduceus também divergiam quanto à providência divina e ao livre arbítrio humano. Os fariseus reuniam várias ênfases das Escrituras para afirmar que tudo acontecia dentro da providência divina, mas que o ser humano é livre. 
Portanto, Deus coopera com a raça humana no bem e no mal. Sem negar a liberdade e a responsabilidade humanas, os essênios foram além e afirmavam que a providência de Deus controlava e determinava tudo: o destino da pessoa e sua participação no espírito da verdade e da perversidade eram previamente ordenados. Os saduceus — de acordo com a apresentação que Josefo fez das crenças judaicas para um público romano. usando terminologia helenista— resolviam o problema da participação de Deus no mal tormando este uma gestão únicamente da escolha humana. pode ter havido alguma ligação entre os zadoqueus e os hasidins. Todavia, os zadoqueus provavelmente não devem ter tido relação direta com os sacerdotes poste­ riores que atuavam no templo, pois parece que nunca guardaram relações pacíficas com o sacerdócio de jeru- salém. No mínimo alguns sacerdotes zadoqueus saíram de Jerusalém e fundaram a comunidade dos essênios em Qumran.
A principal dificuldade para compreender os saduceus deve-se ao fato de que eles não deixaram literatura. Conhecemos os saduceus apenas pelo que nos dizem o Novo Testamento e as fontes rabínicas (dos fariseus). Ora, na literatura dos fariseus, o termo questão unicamente da escolha humana. Os saduceus “negam totalmente a existência do destino e colocam Deus além da possibilidade de fazer e planejar o mal. Eles dizem que o bem e o mal são escolhas humanas e que praticar um ou outro fica a critério do homem”.
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1.4 Os Zelotes - “Zelote” parece ter sido o rótulo de qualquer pessoa que defendia a luta armada contra a opressão romana. O partido zelote ativo durante a guerra de 66—70 d.C. era composto de sacerdotes de baixa posição hierárquica e de leigos de Jerusalém. Seu maior feito foi derrubar o governo provisório formado em Jerusalém. Josefo chamou os zelotes de “a quarta filosofia”. As primeiras três eram fariseus, saduceus e essênios. “Zelote” parece ter sido o rótulo de qualquer pessoa que defendia a luta armada contra a opressão romana. Judas, o Galileu, liderou uma revolta na Galiléia no ano 6 d.C. Muitos o consideram o fundador do partido dos zelotes, mas é discutível se realmente existiu um partido de zelotes entre 6 d.C. e os acontecimentos que levaram à Guerra dos Judeus. Entre 6 e 44 d.C., período de relativa tranquilidade, houve reações violentas apenas esporádicas aos excessos dos romanos.
Depois dessa data a resistência passiva acabou, e a lei e a ordem entraram em colapso no interior do país. Era grande o número de sicários e profetas da inter­venção dramática de Deus na luta dos judeus contra Roma. O “zelo” pela lei e pelas tradições de Israel carac­terizou muitos grupos. Por isso, durante a maior parte do primeiro século nem todos os zelotes eram revolucionários, e nem todos os revolucionários eram zelotes. Josefo menciona cinco grupos revolucionários e descreve seu papel durante a guerra: os sicários, João de Giscala e seus seguidores, Simão, filho de Giora, e seus adeptos, os idumeus e os zelotes. O partido zelote ativo durante a guerra de 66— 70 d.C. era composto de sacerdotes de baixa posição hierárquica e de leigos de Jerusalém. Seu maior feito foi derrubar o governo pro­visório formado em Jerusalém.

1.5 Os sacerdotes - Somente eles podiam realizar as cerimônias e os sacrifícios de que dependia o bem-estar do povo. Os sacerdotes espargiam sangue sobre o altar e faziam a expiação pelo pecado. O sacerdócio em Israel atingiu seu maior grau de importância durante o período helenista, quando o sumo sacerdote era não apenas o líder religioso, mas o príncipe, o líder político que falava pelo povo. Ele era o elo entre “o altar da nação e o trono dos invasores."

1.6 Os Essênios - Grupo sacerotal sectário. O centro comunitário de Qumran foi fundado em 130 a.C. puristas rituais, praticantes de oração e louvor, hierarquicamente divididos. Adotavam calendário solar, tinham refeição comunitária sagrada. Visão escatológica própria. Comentadores das escrituras. Destruído em 68 d.C.

Agora vou comentar apologética-mente os textos bíblicos que falam do sábado em Atos dos Apóstolos mostrando que Paulo e os apóstolos não guardavam o sábado e nem ensinaram os gentios a guardarem o sábado. 

O CAMINHA DE UM SÁBADO 

Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado. (At 1:12 [ACF])

No capítulo 1 de atos dos apóstolos os discípulos (apóstolos) eram todos judeus e naturalmente eles guardavam o sábado, pois Deus deu o decálogo para os hebreus nome este ligado a Abraão quando saiu da sua terra para peregrinar em Canaã a terra da promessa. Depois os hebreus foram chamados em Jacó de (Israel) quando lutou com um anjo e, além desse nome os hebreus foram chamados de judeus em 430 anos depois da entrega do decálogo no monte Sinai (habitantes da Judeia). Quando Lucas menciona o sábado no versículo 12 ele não está ensinando que os apóstolos guardavam o sábado, pois Lucas só está mostrando a distância que a entre o monte das oliveiras e Jerusalém, pois não era permitido andar mais de mil metros no dia de sábado. Lucas não nos diz que a volta de Jesus ao céus foi no dia de sábado. Lucas era muito detalista em suas narrativas se o dia que Jesus voltou ao céus fosse sábado ele teria nos dado essa informação, mas a única informação que ele nos dá é geográfica sobre o sábado. Portanto usar esse texto bíblico e o versículo 12 para justificar a guarda do sábado para os gentios é uma falácia e, portando não merece crédito na exegese, hermenêutica e nem na Homilética bíblica. Depois que Jesus foi assunto ao céus, os apóstolos voltaram do monte das oliveiras para Jerusalém onde se reunirão em oração aguardando a decida do Espírito Santo e, nesse tempo os gentios ainda não tinham sido reconhecidos como Igreja. Somente depois do Pentecostes em (Atos 2 e Atos capítulo 10 ao 15 que os gentios salvos foram oficialmente reconhecidos como povo de Deus, portanto toda tentativa de condicionar os gentios à guarda do sábado usando o capítulo um de atos dos apóstolos é uma falácia. Creio que ficou bem claro que à pericope analisada de atos capítulo 1 não pode ser usada para justificar a guarda do sábado para a igreja dos gentios. 

Agora vou analisar a pericope de atos dos apóstolos no capítulo 13 e versículo 14. 

ASSENTADOS NA SINAGOGA NO DIA DE SÁBADO E eles, saindo de Perge, chegaram a Antioquia, da Pisídia, e, entrando na sinagoga, num dia de sábado, assentaram-se; (At 13:14 [ACF])

"No versículo 14  de atos dos apóstolos Lucas só nos diz que Paulo e Barnabé entraram na Sinagoga e assentaram - se." Lucas não nos dá detalhes sobre o sábado se Paulo está ou não guardando o sábado, mas sabemos que Paulo era judeu e guardava esse mandamento(sábado) entre os judeus e não entre os gentios. Paulo usava os dias de sábado para evangelizar os seus irmãos judeus, mas isto não durou por muito tempo, pois os Judeus não aceitavam Paulo e Barnabé em suas sinagogas. Por essa e outras razões Paulo dedicou o seu ministério aos gentios levando Jesus Cristo aos seus corações. Não podemos esquecer que Paulo foi um escudo para a igreja dos gentios contra os judeus radicais que perseguiram os novos convertidos para convertê-los ao judaísmo, mas Paulo em todas as suas epístolas e cartas ele defendia os gentios contra o legalismo do judaísmo. 
O que Paulo ensinava e pregava nas sinagogas? Não era sobre o sábado! Mas era sobre a morte, ressurreição, exaltação de Jesus Cristo e, Paulo fazia isto usando textos bíblicos da antiga aliança para provar que Jesus é rei e Salvador não só dos judeus, mas dos gentios. 

CEGOS LEITORES E SURDOS DO SÁBADO 
Por não terem conhecido a este, os que habitavam em Jerusalém, e os seus príncipes, condenaram-no, cumprindo assim as vozes dos profetas que se leem todos os sábados. (At 13:27 [ACF])

Os textos que falam do Messias (Jesus Cristo) nos livros dos profetas eram lidos nos sábados nas sinagogas no vasto império romano, mas Paulo deixou bem claro no versículo 27 de atos dos apóstolos que os príncipes que liam e estudavam as profecias messiânicas não conheceram a Jesus Cristo o Messias das profecias e, por não conhecerem a messianidade de Jesus Cristo o condenaram a morte de cruz através dos romanos. Vejamos que a guarda do sábado não abriu os olhos dos judeus e nem a leitura da lei e dos profetas, mesmo diante de provas irrefutáveis os judeus legalistas continuaram ignorando as profecias cumpridas em Jesus Cristo. Hoje em dia não é diferente! Pois temos muitos que pregam sobre Jesus Cristo, mas ainda não entenderam as profecias da nova aliança realizada por Jesus o Messias, estes são inimigos da cruz e amigos das obras da lei da antiga aliança que não justifica os que estão debaixo da escravidão da lei. Paulo mostra que não tem como ser justificado pelas ABRAS DA LEI e, ao mesmo tempo ser salvo pela fé na graça de Deus em Jesus Cristo. Pra Paulo a graça de Jesus Cristo é suficiente para salvar o pecador, pois a lei nunca justificou e salvou alguém dos seus pecados, pelo contrário a lei matava o pecador e nem perdoava as  transgressões. 

OS GENTIOS PROSELITOS E O SÁBADO 
"E, saídos os judeus da sinagoga, os gentios rogaram que no sábado seguinte lhes fossem ditas as mesmas coisas.(At 13:42 [ACF])

Temos um contraste no versículo 42 de atos dos apóstolos, pois os gentios mostraram mais interesse em aprender a palavra da graça no dia de sábado na Sinagoga dos judeus que os próprios judeus. Os gentios proselitos se mostraram muito mais fiéis e perseverantes na buscar de entender as palavras da antiga aliança no contexto do novo testamento na pregação de Paulo. Os judeus não ensivam plenamente as profecias cumpridas em Jesus Cristo, por que não ensivam a plena verdade de Deus em Jesus Cristo? Por que eram incrédulos e tinham inveja dos apóstolos, pois viam Paulo pregar e fazer milagres e maravilhas no nome de Jesus Cristo, pois os judeus só criam no legalismo que só produzia palavras vazias que não operava milagres e transformações nas pessoas oprimidas pelas doenças e por espíritos malignos. 

O SÁBADO E UMA REUNIÃO 
E no sábado seguinte ajuntou-se quase toda a cidade para ouvir a palavra de DEUS. (At 13:44 [ACF])

UMA NOVA LEITURA NOS DIAS DE SÁBADO 
Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e cada sábado é lido nas sinagogas.(At 15:21 [ACF])

(At 16:13 [ACF])
E no dia de sábado saímos fora das portas, para a beira do rio, onde se costumava fazer oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que [ali] se ajuntaram.
(At 17:2 [ACF])
E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três sábados disputou com eles sobre as Escrituras,
(At 18:4 [ACF])
E todos os sábados disputava na sinagoga, e convencia a judeus e gregos.
 
 
 

sábado, 14 de agosto de 2021

#21. MOVIMENTO HARE KRISHNA (ISKCON)

21.1. ORIGEM E FUNDAÇÃO: 
Bhaktivedanta Swami Prabhupada (1896 - 1977). Movimento de origem hinduista fundado nos EUA cujo princípio é o da autorrealização a partir da entoação do "Maha Mantra Hare Krishna". Esse mantra foi introduzido por volta de 1.500 a.C. por Chaytanya Mahaprabhu. 

21.2. TEXTOS NORMATIVOS: O Bhagavad-Gita, a revista De Volta à Divindade, as traduções e os comentários das escrituras hindus por Prabhupada e os diversos títulos escritos por ele. 

21.3. DEUS: O movimento é fundamentalmente panteísta (Deus é tudo). A manifestação divina com a qual devemos nos relacionar é o senhor Krishna. Ele é um criador pessoal. Krishna é considerado o oitavo "avatar" (encarnação de uma divindade) de Vishnu, a divindade que compõe a conhecida tríade hindu.

21.4. JESUS: Jesus não é figura central no pensamento Hare Krishna. Jesus é mencionado apenas como um guru vegetariano que ensinou a meditação e a autorrealização. Em alguns momentos, é mencionado como a própria encarnação de Krishna. Existe uma tentativa de relacioná-lo com uma manifestação ou um representante do senhor Krishna.

21.5. ESPÍRITO SANTO: Não existe nenhum conceito ou ideia de uma figura como o Espírito Santo na teologia Hare Krishna.

21.6. SALVAÇÃO: Não existe nenhum conceito de graça salvadora Na teologia Hare Krishna. O sistema soteriológico é completamente baseado em uma relação de devoção e obediência às doutrinas da ISKCON (sociedade internacional para consciência de Krishna). Atos de adoração, cânticos e rezas elevam a espiritualidade, minimizando o carma ruim. O adepto é seu próprio autossalvador por meio de suas múltiplas reencarnações.

21.7. MORTE: Como todo sistema reencarnacionista hindu, os hare
krishnas creem que são necessários inúmeros renascimentos para evolução
espiritual. Entre a morte e a próxima reencarnação, a alma continua mantendo a sua individualidade (atman), que continuará a reencarnar (também em nosso mundo), inclusive em formas inferiores de existência Até que retorne ao absoluto.

21.8. OUTRAS CRENÇAS: Reuniões devocionais muito alegres com cânticos tributados ao senhor Krishna na forma de mantras hindus. A cada reunião pública, oferece-se uma refeição aos visitantes e a todos os participantes, chamada de prasada, que é dedicada a Krishna diante do seu altar. Atraem adeptos por meio de práticas de encontros culturais hinduístas, bem como o incentivo a técnicas de relaxamento buscando o desenvolvimento da consciência da divindade inata do homem. Venda de livros e contribuições dos adeptos são necessárias para manutenção financeira do grupo. Proíbem qualquer tipo de tóxico e o estilo de vida desregrada baseada no prazer e satisfação pessoal. A relação sexual é destinada apenas para a procriação. São lactovegetarianos que, com receitas saudáveis de alimentação, atraem muitos seguidores de um estilo de vida mais saudável e natural.

sábado, 7 de agosto de 2021

#20. BUDISMO: (NMR=novos movimentos religiosos e DCNB=denominações cristãs não bíblicas)...

20.1. ORIGEM E FUNDAÇÃO: Sidharta Gautama ("Buda" [o iluminado]). Fundado por volta do 6º séc. a.C., na Índia. Sidarta era filho de um príncipe indiano que decidiu romper com a opulência e o luxo palaciano, e viver de acordo com estritas regras de autodomínio.

20.2. TEXTOS NORMATIVOS: O Tripitaka (Os três cestos), Sutra de Lótus. O mais antigo escrito estruturado é o chamado Canon Pali, organizado por seguidores do Buda original. 

20.3. DEUS: O budismo, diferentemente das religiões monoteístas, não acredita em um Deus pessoal, quando indagados sobre onde está deus, os budistas apontam para si mesmo dizendo que Deus está em todos os lugares, inclusive no próprio homem. Mas Buda não negou a existência dos deuses, e sim a sua imanência (contato interativo direto com a realidade física). Outros budistas acreditam em uma realidade transcendente, que é compreendida como a "natureza de Buda" que tudo permeia.

20.4. JESUS: Jesus Cristo é indiferente para o budismo como líder religioso; a posição ocupada por ele poderia ser ocupada por qualquer um de nós. Os budistas do Ocidente (budismo mahayana) geralmente veem Jesus como um homem que alcançou um estado de elevação espiritual (um "Bo-disatva", alguém que possuía um amor sacrificial tão elevado que abriu mão de sua própria autoiluminação para auxiliar outros, em sua existência terrena, a o alcançarem). 

20.5. ESPÍRITO SANTO: Assim como no hinduísmo, não existe nenhuma concepção teológica do budismo que pareça com a doutrina do Espírito Santo no cristianismo. Por não existir nenhum tipo de imanência na criação, faz-se desnecessária a existência de um ser como o Espírito Santo.

20.6. SALVAÇÃO: O objetivo da vida é alcançar o estado de progresso e autoiluminação (estado de Buda), para eliminar todos os desejos perniciosos, evitando assim qualquer tipo de sofrimento. Temos que compreender as quatro grandes verdades e seguir, a partir dessa compreensão, o "óctuplo caminho" em busca de nossa autorrealização.

20.7. MORTE: As pessoas não possuem uma alma ou espírito pessoal, ou individual (atman, segundo o hinduísmo). Portanto, o que continua em uma próxima existência não é a própria pessoa que partiu, mas sua "consciência" que renasce (se houver uma necessidade cármica) em um ser híbrido, que não é completamente o ser que morreu, nem completamente um novo ser. Nossas tendências e processos mentais continuam (anatman), nosso "eu" individual não. Assim podemos habitar em qualquer um dos seis reinos de acordo com o nosso estado mental e desejos que fluem através de nossas existências.

20.8. OUTRAS CRENÇAS: Rezas repetidas (mantras) cuja finalidade é a união harmônica com o universo. Oferendas e rituais. É dividido assim como o islamismo em duas principais correntes de pensamento: Mahayana (grande veículo), ou o caminho de muitos, e Hinayana (pequeno veículo), ou o caminho de poucos.

(NMR=novos movimentos religiosos e DCNB=denominações cristãs não bíblicas) 

#19. HINDUÍSMO: (NMR=novos movimentos religiosos e DCNB=denominações cristãs não bíblicas)

19.1. Origem e fundação: Oriundo dos povos milenares indo-europeus (arianos) que se instalaram nas margens do rio Indo, a religião hindu não possui fundador. Seus fundamentos doutrinários abrangem um período que vai de 1800 a 1000 a.C.

19.2. Textos normativos: Os textos mais importantes são: O maha bharata ("A grande dinastia de Bárata"), os Vedas ("conhecimento"), Upa nishads ("Sentar-se próximo") e a obra mais popularizada no ocidente, o Bhagavad-Gita ("cântico do senhor [Krishna]"). Todas as obras contam os mitos, histórias, rituais, cânticos e liturgia da vasta religião hindu.

19.3. Deus: Panteísmo absoluto (Deus é a soma do todo). Todas as formas de vida possuen uma partícula da divindade (atman). Portanto, somos naturalmente divinos, necessitando, assim, não alcançar o perdão de nossos pecados, mas da eliminação da ignorância da existência de nosso estado divino, o qual não percebemos.

19.4. Jesus: O hinduísmo antigo não faz referência a Jesus Cristo, mas a tendência do moderno é vê-lo como um mestre, ou mesmo um avatar (reencarnação de um deus). A morte dele não possui nenhum significado soteriológico (salvífico). Ele é considerado por muitos hindus como um mahatman (grande alma).

19.5. Espírito Santo: Não existe nenhuma crença religiosa relacionada ao Espírito Santo dentro do sistema hinduista.

19.6. Salvação: Libertação do ciclo de múltiplas reencarnações ("Sam sara" [roda cíclica das existências]) alcançando a "Moksa" (cessação do ciclo de reencarnação), recebida por meio da prática contínua da Yoga e meditação. A salvação final é a união com o "Absoluto" (Brahman), ocasionando a libertação de qualquer tipo de existência pessoal.

19.7. Morte: Um período transicional entre nossas múltiplas reencarnações. A reencarnação a formas de vida superior ou inferior (metempsicose) está completamente interligada ao tipo de existência que tivemos na vida anterior. O equilíbrio dos carmas (débitos) definirá o tipo de forma que deveremos assumir no próximo estágio de nossa evolução espiritual até o fim do ciclo de existência, onde seremos definitivamente uma parte impessoal no todo.

19.8. Outras crenças: Períodos diferentes de vida devocional, incluindo obediência aos mestres e o uso de roupas com cores distintas para demonstrar o estágio em que se encontra o hindu. A cor da túnica definirá a sua função religiosa. A cada 12 anos ocorre o famoso festival Kumbh Mela, por meio do qual os participantes acreditam que podem se purificar de seus pecados com um banho no rio Ganges. Acreditam que todas as milhares de divindades hindus são expressões de uma única divindade absoluta (Brahman). Defendem uma visão cíclica da existência universal dividida em quatro eras (yugas).


(NMR=novos movimentos religiosos e DCNB=denominações cristãs não bíblicas) 

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

#18. JUDAÍSMO (NMR=novos movimentos religiosos e DCNB=denominações cristãs não bíblicas)

18.1. Origem e fundação: Moisés, cerca de 1500-1450 a.C., no Sinai. Apesar da maioria das pessoas pensar no judaísmo como uma religião única, a maior parte da fé judaica atualmente está dividida em vários ramos discordantes entre si: 
1.1 Ortodoxo, 
1.2 Conservador, 
1.3 Reformado, 
1.4 Reconstrucionista, 
1.5 Chassidico e Secular, cada um com várias práticas e crenças distintas.

18.2. Textos normativos: O Tanach (Primeiro Testamento), o Talmude (explicação do Tanach) e as interpretações baseadas na hermenêutica dos pensadores do judaísmo medieval (Maimônides, Rashi, Ibn Ezra etc.).

18.3. Deus: Encontra-se no judaísmo desde o conceito ortodoxo de Deus que o apresenta como um ser pessoal, espiritual, eterno, virtuoso etc., até um conceito humanista e liberal de um deus impessoal, incognoscivel, universal nos moldes panteístas. Não existe Trindade de nenhuma maneira.

18.4. Jesus: Jesus é visto como um falso mestre pelos judeus ortodoxos, um embuste gerador de ódio e perseguição ao longo dos anos que decorreram a sua morte. Alguns judeus mais liberais o consideram um grande mestre, mas não o Messias no sentido bíblico. Os únicos judeus inclinados à aceitação de Jesus como o Messias são os "messiânicos" (que, na verdade. na sua grande maioria, não são judeus [pois aceitam a sua messianidade] e nem são cristãos [pois negam sua divindade]). Os judeus ortodoxos ainda aguardam a implantação da era messiânica, quando YHVH enviará o seu representante, o Messias.

18.5. Espírito Santo: A vasta tendência é interpretar o Espírito Santo como sendo apenas um tipo de influência impessoal de YHVH (Deus) na terra, ou algum tipo de virtude. Nunca é interpretado como um ser pessoal que compõe algum tipo de Trindade.

18.6. Salvação: Baseada completamente nos rituais e crenças judaicos. tornando, portanto, a ideia da graça, como apresentada no cristianismo inexistente. As boas ações são importantes para a salvação. Outros possuem uma visão de salvação mais global, mais voltada para um tipo de universalismo, ou a evolução social.

18.7. Morte: O judaísmo, por rejeitar o NT, é muito pobre de conceitos acerca da vida após a morte ou do período de transição entre a morte e a ressurreição, cabendo não às Escrituras a resposta, mas às conjecturas dos rabinos. Alguns acreditam na inconsciência após a morte, e muitos outros são reencarnacionistas. Mas uma crença comum é de que o estado inter mediário se dá em um período de aproximadamente 12 meses, nos moldes de algo como o purgatório católico.

18.8. Outras crenças: Seguem as festividades religiosas anuais: Rosh Roshaná, Páscoa, Sukot, Yom Kippur, Purim etc. Há uma enorme tendência à aceitação de doutrinas místicas (cabalísticas) e esotéricas, sujeitando o Tanach a tais interpretações. Muitos reconhecem o Messias não como uma pessoa, mas como um período de paz e progresso global. Usam aparatos como talit (xale de orações), tefilin (caixinhas pequenas com textos bíblicos) na mão, e sobre a testa, o kipá (pequeno tipo de chapéu sem abas que simboliza a posição elevada de YHVH sobre nós).

Como o judaísmo não é uma religião que expressa uma crença periférica rígida, podemos encontrar grupos judaicos que não seguem rituais específicos encontrados em alguns dos outros grupos participantes do judaísmo. Por isso que muitos pesquisadores não se referem à religião Judaica como judaísmo, mas "judaismos", por causa de suas múltiplas expressões ritualísticas e doutrinárias.

(NMR=novos movimentos religiosos e DCNB=denominaçãos não bíblicas

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

CCB... CULTURA E ESTUDOS SÃO IGNORADO!

Os adeptos da Congregação Cristã no Brasil defendem a idéia de que o ancião, que é o líder da igreja local, não precisa de nenhum tipo de estudo para pregar o evangelho. Dizem que todo o conhecimento necessário é dado diretamente pelo Espírito Santo. Afirmam que estudar é adquirir a sabedoria do mundo e não a divina. 
O texto básico deles é Mateus 10.19,20, mas quando se analisa essa passagem com cuidado, dentro de seu contexto, verifica-se que não há nenhuma idéia ou sugestão para que o crente relaxe em seu estudo e em seu conhecimento da verdade. Essa passagem se refere à maneira como o cristão deve se comportar no momento da provação, no caso de vir a ser entregue aos tribunais e à presença de autoridades governamentais.

Citam o exemplo dos apóstolos, querendo afirmar com isso que eram leigos, indoutos e iletrados. Isso, entretanto, não é verdade. Pedro, um dos mais simples, não só conhecia textos do Antigo Testamento como também ouviu de Jesus Cristo, o Mestre dos Mestres, todos os ensinamentos necessários antes de iniciar o seu ministério terreno. Paulo, era um dos maiores eruditos e intérpretes da lei em sua época; depois de ser batizado ele ficou por três anos em meditação e reflexão no deserto da Arábia, para depois iniciar o seu ministério (Gl 1.16- 18). Quando estava preso em Roma, pediu ao seu amigo Timóteo que lhe trouxesse os livros, especialmente os pergaminhos (2 Tm 4.13). Paulo de forma alguma rejeitava consultar, além da “Bíblia” de sua época, os livros disponíveis que estavam ao seu dispor. Em 2Timóteo 3.8 cita dois nomes que não se acham no Antigo Testamento. Onde Paulo os teria encontrado, senão na literatura extra-bíblica? Há inúmeros outros versículos bíblicos que enfatizam que o cristão deve buscar maior conhecimento através da leitura, do estudo e de outras formas de aprendizagem (Pv 9.9; Mt 13.52; 2 Tm 2.15).

Além de tudo isso, os adeptos da Congregação se esquecem que se eles possuem a Bíblia em mãos hoje, é porque um grupo de homens se dedicou ao estudo, às letras, à cultura, para traduzir a Bíblia para o nosso idioma. Para traduzir a Bíblia é necessário estudar Grego, Hebraico e Português com muita profundidade. O próprio Hinário que eles usam em seus cultos contém hinos escritos por grandes estudiosos que não pertenciam a Congregação Cristã no Brasil, é claro; pertenciam a igrejas como a Metodista, Batista, Presbiteriana e Luterana, por exemplo.
É claro que Deus pode chamar uma pessoa sem estudo e sem muita cultura para pregar o evangelho; isso, entretanto, não impede que ela estude e se prepare para proclamar a boa nova de salvação. Deus nos usa em nossas fraquezas e limitações, mas nunca a mente preguiçosa. A sabedoria, ungida e usada pelo Espírito Santo de Deus é uma bênção; a ignorância, ao contrário, leva a erros e afirmações ridículas, rebaixando a obra do Criador e criando absurdos e heresias.

Fonte: seitas e heresias do nosso tempo. 

domingo, 1 de agosto de 2021

#16, 17. Resumo das Crenças fundamentais das mais populares religiões e "Seitas" (NOVOS MOVIMENTOS RELIGIOSOS E DENOMINAÇÕES CRISTÃS NÃO BÍBLICAS)...

17. ISLAMISMO 

17.1. Origem e fundação: Mohamed (Maomé), o profeta (579-632 d.C.). Surgiu por volta de 610 d.C., em Meca e Medina. A sede se encontra na Arábia Saudita. As divisões principais são: sunitas (aqueles que creem tanto nos ensinos do Corão como nas Sunas-tradições da vida do profeta) e xiitas (aqueles que creem apenas nos ensinamentos do Corão).

17.2. Textos normativos: Alcorão, Hadith ou Sunas (as palavras e obras de Maomé [tradições da vida do profeta]). A Lei de Moisés (Pentateuco), os Salmos e o "Evangelho" (não os quatro evangelhos bíblicos, mas, sim, o evangelho apócrifo de Barnabé e trechos dos evangelhos canônicos que pareçam defender suas crenças). Acreditam que os Evangelhos foram adulterados pelos cristãos, tornando os, portanto, incapazes de apresentar uma figura autêntica do profeta Jesus.

17.3. Divindade: Alá é o único Deus e não se manifesta por meio de nenhum tipo de Trindade. Ele revelou o Corão a Maomé por intermédio do anjo Gabriel. Alá trata com severidade seus seguidores, e entre os "melhores nomes" (noventa e nove atributos de Alá) não se encontra o de Pai amoroso.

17.4. Jesus: Jesus é apenas mais um entre os aproximadamente 124 mil profetas enviados por Alá (Deus) a todos os povos. Adão, Abraão e Moisés são alguns dos principais profetas. Jesus nasceu de uma virgem, mas não é o Filho de Deus como pensam os cristãos. Não possui nenhum nível de divindade, e considerá-lo divino é um grande agravo a Alá. A crucificação foi um simulacro, portanto quem foi crucificado no lugar de Jesus foi Judas. Jesus, o Messias, foi levado aos céus sem provar a morte.

17.5. Espírito Santo: A tendência tanto entre leigos como entre eruditos é relacionar a ideia do "Espírito Santo" com o anjo Gabriel, que, além de trazer a mensagem da parte de Alá para Maria, também revelou o Corão ao profeta.

17.6. Salvação: A condição humana não é de total estado de pecaminosidade, pois os homens conseguem realizar ações morais de grande valor. Como não existe o "pecado original", depende do homem aproximar-se de Alá para, por sua submissão à doutrina do islā, obter a salvação de sua alma e o paraíso.

17.7. Morte: No período entre a morte e a ressurreição, os fiéis (muçulmanos) e os infiéis (descrentes) no túmulo (local intermediário segundo o islä) deverão responder às três perguntas feitas pelos anjos (Munkar e Nakir): Quem é o teu Senhor? Qual a tua religião? O que tens a dizer sobre esse homem (Mohamed)? Se as respostas forem satisfatórias, o fiel desfrutará de uma janela para sentir o "ar" e gozar das beatitudes do paraíso até a ressurreição final. Se as respostas não forem satisfatórias, o infiel sofrerá até o dia de sua ressurreição para depois ser julgado diante de Alá.

17.8. Outras crenças: Possui cinco pilares de fé (arkan), que devem ser mantidos por todos os adeptos do Islã. Os pilares são: Shahada (professar o credo de que existe um único Deus e que Mohamed é o seu mensageiro); Salat (orar cinco vezes ao dia); Zakat (contribuir anualmente com 2,5 de seus rendimentos para auxiliar os necessitados); Saum (jejum anual no mês de Ramada [mês mais importante do calendário islâmico por ter sido nesse mês que, segundo o Islã, Mohamed recebeu o Corão]); e Hajj (peregrinação pelo menos uma vez na vida, se houver condições físicas e financeiras, à cidade sagrada de Meca). Outra doutrina é a do Jihad, que implica qualquer ato de esforço para a expansão do islã, mesmo que dentro desse ato de "esforço" esteja o conceito de "guerra santa",