segunda-feira, 3 de abril de 2023
Por que excluíram os apócrifos da Bíblia evangélica, se até mesmo a Septuaginta (tradução bíblica produzida no 3º século a.C.) os possui?
O fato de a tradução do AT em grego (LXX – Septuaginta) trazer os “apócrifos” em seu texto não é prova suciente de que eles eram aceitos como escritura inspirada, como são considerados os demais textos, pois a versão mais antiga disponível dessa tradução grega é datada do 4º século d.C., e não sabemos, portanto, se os “apócrifos” já faziam parte do texto original (e mesmo que fizessem, ainda deveríamos ter certeza de que eram considerados canônicos, o que não temos como saber com toda certeza). Além disso, o mesmo texto da LXX que traz alguns apócrifos agregados à Bíblia Católica possui alguns livros e trechos que não foram acrescentados a essa mesma versão (3 e 4 Macabeus, Odes de Salomão). Se a LXX é o único padrão para aceitação dos livros a serem introduzidos na versão católica, por que excluir alguns livros e trechos dessa mesma versão? Muitos judeus habitantes de Israel nunca aceitaram esses livros como inspirados, mesmo os conhecendo e usando como históricos (a comunidade “Yahad” do Mar Morto os traduziu). Somente os judeus helenistas que habitavam em Alexandria, no Egito, os admitiam com mais facilidade, pois eram judeus que frequentemente não liam as Escrituras em hebraico e possuíam grande influência helenística. Até mesmo o mais famoso tradutor do 4º século, Jerônimo, que traduziu a versão oficial da Igreja católica, que perdurou por mais de mil anos como texto oficial católico (a Vulgata Latina), criticou duramente a aceitação desses livros e a sua canonicidade. Além disso, nem Jesus nem qualquer um dos outros escritores bíblicos do NT os citou diretamente em alguma de suas várias (cerca de 350) referências aos textos do AT. E, se o tivessem feito, não seria prova suciente de sua canonicidade (Paulo fez uso de citações de escritores pagãos, mesmo não considerando tais textos como “Escritura”, ou mesmo os seus escritores como “inspirados” [At 17.28; Tt 1.12, 13]).
Falar de si mesmo é uma tarefa difícil, pois temos que fazer jus as nossas palavras com a vida. Tenho mais de 25 anos que sou crente em Jesus Cristo, e logo dediquei aos estudos Teológicos... O meu primeiro curso em Teologia foi a EETAD - Curso Básico, e depois fiz alguns Cursos de Bacharel em Teologia: Pelo SEIFA, Mundo Bíblico, SETAT, Universidade da Bíblia Etc. Depois destes cursos nunca parei de ''estudar e ser estudioso.'' Hoje sou um Pastor e passei por todas as etapas de Consagração Ministerial... Auxiliar local, Auxiliar Oficial, Diácono, Presbítero, Evangelista local, Evangelista Convencional, Pastor e Missionário etc. Atualmente me dedico a escrever, Ensinar e Pregar a palavra de Deus.